quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Sangue e água se misturam


 
  Depois de um longo e tenebroso inverno, finalmente este blog volta a ativa de forma temporária para comentar a última temporada de Survivor como um todo. Obviamente serão abordadas com destaque a Finale, a Reunion e minhas impressões sobre a nova temporada: Survivor: Brawns vs Brains vs Beauty. Devo desculpas pelo longo tempo de ausência de textos, mas um negócio bobo chamado vida pessoal me tirou um bocado de tempo e me impossibilitou de escrever posts. 
  Mas vamos falar primeiramente da Finale, que pra mim foi bem chata e previsível, como era de se esperar. Ao longo dos últimos episódios, especialmente o penúltimo, a edição tentou alguma expectativa de mudança na situação, com Ciera e Hayden praticando bullying contra Monica para forçá-la a mudar de lado. Porém Monica dificilmente mudaria de lado por uma razão muito lógica: ela sabia que não iria ganhar no momento em que ela traísse Tyson e Gervase. É muito mais fácil confiar em pessoas nas quais você joga desde o início do jogo do que em dois novatos. Pensem nisso em uma situação na vida real: é muito mais fácil confiar em um amigo que você conhece há anos do que numa pessoa na qual você acabou de conhecer. O que foi chato pra mim na Finale foi o fato desse episódio ter sido uma repetição do anterior, trocando apenas Hayden por Tina. Tivemos os Desafios, o blablabla, Monica fazendo 1934 confessionários sobre a perspectiva de mudar de lado ou não e, por fim, as eliminações de Ciera e Tina finalizaram o F3, composto por Tyson, Monica e Gervase. 
  Antes do Júri, porém, o momento mais legal do episódio ocorreu na RI, com a vitória da Super Tina. Ela provou o porquê dela ser considerada uma forte atleta em desafios de resistência e bateu Hayden e a favorita Laura Morett. Foi muito legal ver uma das vencedoras mais importantes da história do show com quase sessenta anos dando um show de boa forma. Sim, eu sou suspeito pra falar de Tina e sou um grande fã dela. Acho que a sua importância é subestimada em parte pelos fãs novatos que não se recordam ou não fazem questão de conhecer a história do show e em parte pela participação fracassada em All Stars. Fiquei bastante feliz por ela e um bocado triste por Hayden e Laura, duas boas figuras dessa temporada. Mas esse desafio todo em si só prova pra mim como a RI, apesar de tê-la elogiado, é uma péssima ideia: se gasta um tempo enorme em um Desafio ao invés de se fazer algo que eu continuarei reclamando, mas que pra mim faz falta: o Fallen Comrades. Ainda mais nessa temporada, seria interessante ver um balanço da temporada pelos jogadores. Ao invés disso, a produção optou pela edição focada em desafios e estratégia, algo muito pobre e que acaba sendo chato para o espectador, pois a estratégia é previsível e os desafios embora sejam legais de se ver, não mudam significativamente nada no jogo.
  Chegamos ao Conselho Tribal Final, que ao fim das contas foi bom, mas não teve nenhum momento espetacular. Caramoan, por exemplo, entre a briga Dawn-Brenda e o bar de cachorro de Eddie, teve um CTF bem mais legal. Nesse tivemos pessoas que já jogaram e com uma visão mais madura sobre o jogo e, portanto, não houve tantos ressentimentos quanto na temporada anterior. Sim, tivemos mais uma sessão de bullying contra Monica, mas confesso que nem achei tão pesada. Dentro das circunstâncias do jogo, acho que as reclamações são perfeitamente razoáveis. Acho que, de certa forma, a edição resolveu investir em mostrar mais Monica no CTF para dar prosseguimento a história que começamos a ver há alguns episódios: Como Monica irá (ou não) dar o seu grito de independência de Tyson e Gervase? Além de Monica (vale lembrar da cena em que Laura arrancou lágrimas da esposa de Brad Culpepper perguntando quem era a dona de casa), tivemos Vytas dando um showzinho particular dizendo que não votaria em Tyson porque havia jurado que não votaria no loiro cabeludo, Tyson se defendendo bem do comentário desdenhoso em relação a Katie no famigerado conselho tribal da PURPLE ROCK (em que Tyson diz que a cadeira do Júri estava reservada para ela, comentário bem Tyson, a bem da verdade) e Gervase sendo um bocado ignorado e detonado durante todo o CTF. 
  Tivemos então, o surpreendente (ou não) anúncio de Tyson Apostol como vencedor, com Monica em segundo lugar com um surpreendente (esse sim!) voto de Vytas, cumprindo a sua promessa e Gervase em terceiro com zero votos. Fiquei surpreso por não ter sido um 8-0-0, mas um 7-1-0 também está de ótimo tamanho para o assistente técnico (que provavelmente deve ter sido promovido) de Coach. Por fim, tivemos a Reunion, a temida Reunion. E tenho de dizer que eu gostei bastante, bem mais do que da Finale. Vimos todo mundo no palco, como deveria ser sempre.
  Todos tiveram voz na Reunion, com a infeliz exceção de Marissa. As duplas ficaram juntas, desordenando a ordem de colocação em que normalmente os jogadores ficam sentados no evento. Gostei de ver o depoimento de Tyson sobre o jogo, Monica mais uma vez falando sobre os problemas que ela teve ao longo de sua estada nas Filipinas, Gervase sendo elogiado por sua evolução desde Borneo... Brad quase não falou e quem diria, até Colton, o desistente teve direito a fala. Ele voltou a negar que teria desistido do jogo em One World e elogiou Caleb como jogador de Survivor. Algo me diz que a Chefia fez as pazes com o Sr. Cumbie e eu não ficaria surpreso (embora ache difícil) de vê-lo de novo em alguma temporada pela proa. Depois tivemos Rupert sendo mais uma vez lembrado pelo gesto de sacrifício pela esposa, o casal Woodcock sendo reverenciado pela sua atuação na RI, Ciera e Laura, Vytas e Aras sendo comentados por suas relações, sem dúvida as mais expostas na temporada e tivemos um belo e digno final, com Tina e Katie falando um pouco da morte do filho de Tina em um acidente de carro e um pouco de sua experiência no programa. Do jeito que eu descrevi, parece que foi uma coisa chata e sem graça, mas adorei a simplicidade desse evento. A Reunion, como ela foi concebida e desenvolvida ao longo do show, serve como uma experiência de encerramento para TODOS os jogadores envolvidos no programa. E acho que ela foi muito boa nesse sentido: ela encerrou a experiência e não foi um talk-show idiota, a não ser no único momento do qual eu não gostei (eu pulei inclusive essa parte quando vi em casa), quando Cochran apareceu a là Boston Rob e Malcolm na Reunion de Caramoan para promover a sua participação como roteirista de um seriado. Não precisava disso, Jeff Probst. A gente tem diferentes maneiras de saber como Cochran vai e o que ele anda fazendo. Mas tirando isso e o fato da diva Marissa não ter tido voz, gostei bastante da Reunião.
  Tivemos, como sempre, o anúncio tradicional da próxima temporada (juro quando vi três B's aparecendo na tela eu pensei por um momento que era Big Brother Brasil), com o tema Brains vs Brawns vs Beauty (ou Cérebros vs Músculos vs Beleza), que pra mim tem um nome de uma fanfic maluca, assim como Blood vs Water. Fico pensando qual vai ser o critério para escolher as pessoas para cada tribo. A melhor notícia entretanto é a ausência de retornantes, algo que não ocorre desde a temporada 24 (One World). Eu sei que muita gente odeia OW, mas apesar de eu não amar a temporada como outras, acho que OW teve muitos méritos em ao menos tentar twists novas (eu gosto muito da ideia de duas tribos na mesma praia, por exemplo) e alguns bons personagens para a franquia. Por mais que Philippines e B vs W sejam boas, confesso que senti muita falta de uma temporada só com novatos, por que no fundo é muito mais interessante ver pessoas descobrindo o jogo do que pessoas que já sabem jogar o jogo e em sua maior parte só pensam em estratégias e blindsides. Apesar do nome escroto, eu gosto do fato de voltarmos a ver novatos e possivelmente o retorno do interessante formato de 18 pessoas divididas em 3 tribos, que deu tão certo em Philippines. Espero que, no entanto, eles tenham acertado na escolha de elenco tão bem quanto na temporada 25. 
  Meu balanço sobre a temporada é positivo. Ao contrário de 99,999999% da internet, eu não acho essa temporada alto nível e excelente. Eu gostei da temporada e acredito que ela me surpreendeu positivamente em alguns aspectos. Acho que a RI na pré-Fusão foi legal, gerando alguns conflitos interessantes (principalmente os Woodcock e Marissa contra Brad Culpepper), mas honestamente viveria mais feliz sem ela tomando tempo da edição. Acho que ela também não atrapalhou tanto porque a edição na verdade teve um trabalho bastante reduzido nesta temporada: ela tinha que apenas apresentar dez novos jogadores para o público, diferente de RI e SP, em que a maioria esmagadora dos jogadores era composta por novatos. Portanto, a galera da edição não teve tanta preocupação de, por exemplo, mostrar a Galang e seu dia-a-dia, pois além deles estarem ganhando direto, a maior parte deles era retornantes razoavelmente conhecidos pelo grande público: Tina, Tyson, Colton... O truque funcionou bem, pois com a falta de interesse na Galang e com a série de derrotas da Tadhana, ficou mais fácil para a edição mostrar apenas uma tribo e a RI. Acho que devido a alguns dos fatores citados anteriormente (série de derrotas da Tadhana, loved ones carismáticos, uma RI com dramas interessantes), o pré-fusão foi mais interessante que o pós-fusão. Dentre os barracos na RI, o blindside de Caleb em Brad, o clima de total desgraça com as derrotas seguidas da Tadhana pré-twist e da Galang pós-twist, e assim por diante, tivemos um pré-fusão mais interessante. Alguns irão argumentar, no entanto, que o pós-fusão, com o blindside em Aras e com a PURPLE ROCK, fora o drama entre as Morett fizeram essa etapa da temporada interessante. Mas o blindside em Aras estava sendo mostrado pela edição há muito tempo, bem antes do episódio de sua eliminação, eu confesso que não me comovi tanto com Ciera e Laura (não sou muito fã das tentativas de manipulação emocional forçada pela produção executiva) e a PURPLE ROCK foi legal sim, mas acredito que apenas um momento não salva um pós-fusão fraco. Depois da eliminação de Aras, tudo ocorreu de uma forma razoavelmente previsível até a Finale. O momento que poderia ter mudado o jogo foi no F7, quando Ciera teve a chance de garantir um F3 com Hayden e Caleb (podendo contar eventualmente com Katie e a pessoa que voltasse da RI) e, ao invés disso, preferiu votar com Tyson para eliminar Caleb. Esse CT, juntamente com a PURPLE ROCK foram os dois melhores CT's da segunda metade da temporada. Mas eu honestamente não consigo me lembrar de momentos interessantes, além dos citados anteriormente. Apesar de Blood vs Water ter alguns personagens interessantes, ainda que alguns não sejam do meu agrado (Ciera, Hayden, Monica, Vytas, Tyson, Laura, Tina), eu acho que faltou um melhor desenvolvimento deles ao longo da temporada. Até o drama das Morett era muito focado no jogo: "Eu tenho que eliminar a minha mãe", etc. Falta (acho que infelizmente isso será difícil de ser visto isso nas próximas temporadas) melhor desenvolvimento de personagens. Mesmo com os problemas os quais eu apontei, eu gostei da temporada. Tivemos um bom show, mas honestamente não sei se eu gostaria de ver esse modelo se repetir por diversas edições. Por fim, acho que essa temporada teve bons momentos, eu me diverti assistindo alguns deles, mas não me diverti tanto quando vi Philippines, por exemplo.
  Chegamos finalmente a um momento que mais uma vez foi ignorado, mas que aqui no blog é tradição:

FALLEN COMRADES:

20 - Rupert Boneham - Muitos chiaram e se irritaram com a quarta vez do barbudo mais amado em terras estadunidenses. Porém a estadia de Rupert foi curta, pois ele acabou se sacrificando pela mulher Laura, algo que era de se esperar. Quem acompanha Rupert desde PI sabe que ele é apaixonado pela mulher de forma intensa. Além disso, esse "sacrifício" combina com o personagem que ele tentou montar. Muita gente achou um fim triste para o "pirata", mas honestamente não tive problemas com Rupert em B vs W. A não ser, é claro, que você não goste dele, opinião predominante em terras tupiniquins.
19 - Colton Cumbie - De certa forma, tirando os comentários racistas, Colton não demonstrou nenhuma mudança desde OW. Pelo contrário, ele parecia um novato inexperiente na Galang, forçando desesperadamente formar alianças (se desse, acho até que ele formaria uma com o câmera) a torto e a direito. Não à toa, embora ele tenha dito que a desistência ocorreu para manter o noivo Caleb a salvo, pra mim me pareceu que ele sucumbiu a pressão de viver em um ambiente tão estressante para ele. Eu, se fosse ele, não voltaria mais. Porém, conhecendo a Chefia e sabendo como os Survivors adoram umas férias grátis nas Filipinas, não me surpreenderia de vê-lo de novo a Survivor.
18 - Rachel Foulger - O palpite de Rob e Nicole Cesternino para vencer a temporada e uma das primeiras paixões do público brasileiro, a namorada de Tyson acabou se dando mal pois ficou muito na sombra dos homens da Tadhana e em nenhum momento tomou alguma atitude para mudar a situação.
17 - Marissa Peterson - Ela poderia ter sido uma boa figura da temporada, se não fosse a bobagem cometida por seu tio Gervase ao final da primeira Imunidade. O pouco que eu vi de Marissa me deixou interessado: além da força física que ela demonstrou no primeiro Desafio de Imunidade e nos duelos da RI, a personalidade forte, algo que foi especialmente observado em primeira mão por Brad Culppepper.


  

16 - Candice Woodcock (fuck you, Cody!) - Candice foi vítima de sua fama criada ao longo de duas temporadas e de ser a última escolhida para o elenco, juntamente com o seu marido John. Ela demonstrou ser boa atleta, como vimos em Cook Islands e H vs V. Obviamente, aqui no Brasil, ela tem uma legião de fãs que até hoje lamentam a sua eliminação precoce. Valeu a pena vê-la nos barracos com Brad e seu ressentimento com os Galang, algo que conquistou ainda mais a audiência tupiniquim, pois quem não ama um underdog? Eu, entretanto, não consigo conceber o porquê dela ter voltado TRÊS vezes ao programa. Se alguém me der uma boa justificativa (mas tem de ser boa, não uma de fanboy) AQUI NOS COMENTÁRIOS, eu tiro o meu chapéu e acrescento aqui no texto.
15 - Brad Culpepper - O grande vilão da primeira metade do show nem é um cara tão babaca assim. Bem que a edição tentou com confessionários nos fazer odiá-lo (algo que ficou mais fácil com a eliminação de John), mas acho que o problema com ele é que nós odiamos um alpha male no poder. Acho que além de ser ruim em matemática, ele cometeu alguns erros que o fizeram ser eliminado em um dos melhores conselhos tribais da temporada. O principal deles foi ter deixado Caleb saber que ele poderia ser eliminado, sem pensar que Ciera e Katie poderiam trazê-lo para o seu lado e forçar um empate. Como todo bom alpha male, ele se deixou inebriar pelo poder e acabou sendo eliminado pela sua arrogância (e por Caleb).

Não são nove dedos, Culpepper, são dez!

14 - Kat Edorsson - "Ele não vai querer namorar com alguém que não chegou a Fusão!". Com uma declaração semelhante a essa, Kat marcou a sua segunda passagem por Survivor. Acabou sendo eliminada por um momento infeliz de paranoia. Dessa vez, foi só relevante como a "Namorada de Hayden", infelizmente.
13 - John Cody - O doutor John pecou por confiar demais em Brad Culpepper e lidar mal com a questão da pista do Ídolo de Imunidade. Ao invés de contar para todo mundo ou mentir melhor ou não falar com ninguém da pista, ele acabou contando para os homens, porém começou a procurar sozinho, despertando a desconfiança de Brad e do resto da aliança. O resto da história já conhecemos. John e Candice formaram o casal da RI que resistiu um bocado. No fim da RI pré-fusão, John foi derrotado.
12 - Laura Boneham - A esposa de Rupert foi uma das surpresas positivas da temporada, não como jogadora (como ficou claro no episódio de sua eliminação, em que ela falou com Vytas na frente de todo mundo da Galang que ele seria eliminado e que amava ele e no fim das contas Tina e suas bluecaps resolveram eliminá-la), mas como personagem, com a sua adorável falta de noção para lidar com uma tribo de retornantes de Survivor. De certa forma, a experiência de Laura foi única. Ela foi uma das poucas Survivors que viveu em uma tribo com a maioria absoluta de retornantes. E pra uma novata sem noção, ela foi um bocado bem, até ela fazer a cagada fatal.
11 - Aras Baskauskas - Foi legal ver a relação de Aras com o irmão, talvez um dos pontos altos da temporada. Achei que ele tentou fazer a mesma coisa que em Panamá, ser a voz da razão na Galang. O problema é que ao invés do hospício da Casaya, Aras encarou pela frente alguns jogadores com relativa experiência e bem mais preparados para o jogo. Ele cometeu alguns erros cruciais por conta disso e pela arrogância que ele desenvolveu ao longo da competição. Eu passei a gostar mais de Aras após rever Panama e mantenho a minha opinião: um bom jogador extremamente subestimado. Mas sua segunda passagem pelas Filipinas não foi tão brilhante como a primeira.
10 - Vytas Baskauskas - Ele foi uma das principais figuras da temporada pela visão de Probst e cia. Ao lado de Ciera (lembro da cena da premiere em que ele e Ciera estão conversando sobre as suas experiências de vida, momento aquele de vital importância pois nos apresentou os dois e indicou qual seria a storyline deles na temporada: a de redenção), um dos protagonistas da temporada. Ele esteve na maior parte dos meus power rankings da temporada por bons motivos, demonstrando em diversos momentos como ele era bom para manipular as pessoas a gostarem dele. Sim, ele acabou se dando mal por causa de Aras. Mas me pergunto se em outro cenário se ele não iria mais longe. Jeff Probst fez a famosa pergunta a ele: "Você aceitaria voltar?" e ele respondeu que sim, ou seja, teremos Vytas em mais uma temporada.
9 - Caleb Bankston - O noivo de Colton se revelou outra boa surpresa. Ele é um bom jogador e isso ficou demonstrado quando ele forçou o empate que eliminou Brad Culpepper. Ele foi esperto o suficiente para perceber que ele estava no fundo da aliança liderada pelo marido de Monica e que mais cedo ou mais tarde, se daria mal. Caleb demonstrou uma calma que é fundamental para um bom jogador de Survivor. Eu sei que a audiência quer um pacote completo: Rob Cesternino, Jonny Fairplay, grandes jogadores que são ótimos entertainers. Mas isso é extremamente raro. No fim das contas, paciência e capacidade de adaptação são duas das características mais importantes para um bom jogador de Survivor. E Caleb teve as duas. Infelizmente, ele acabou sendo vítima da escolha errada de Ciera.
8 - Katie Collins - A filha de Tina foi uma das figuras mais desinteressantes da temporada. De relevante para mim ela só teve a cena em que as unhas dos dedos do pé dela aparecem caindo, ainda na Tadhana pré-twist.
7 - Hayden Moss - Grata surpresa da temporada. Eu não vi a temporada dele no BB americano toda, mas não havia visto nada demais no homem. Porém achei que aqui em Blood vs Water ele foi muito bem. O mesmo discurso que eu fiz sobre Caleb vale para Hayden. Ele não é uma grande personalidade, mas ele é extremamente carismático a ponto dos jogadores dentro do jogo confiarem nele. Foi legal ver o espírito de luta dele depois do voto no F7. Muito da magnífica cena da PURPLE ROCK se deve a pressão que ele fez sobre Ciera, e a isto sou eternamente grato ao namorado da Kat. Fora a sacada ótima que ele teve quando Tyson descobre por Ciera que Hayden e Caleb o estão traindo e o sr. Moss tem a bela sacada de negar tudo e reverter a mesa contra a filha de Laura Morett. Uma pena que não adiantou. Só um grande jogador como ele teria essa sacada.
6 - Laura Morett - Ela merece um destaque pelo drama familiar que ela teve de lidar ao longo do jogo e pelo fato de ter ido tão bem na RI. Impressionante a quantidade de vitórias e o seu desempenho nos Desafios. Na derrota para Tina, ela já tinha se desequilibrado com o vaso com poucos minutos de Desafio e ainda assim resistiu um bocado. Destaque também para o corpo de Laura aos 43 anos. Que gostosa, hein?


          
       
5 - Ciera Eastin - Sem dúvida, Ciera deu ao público o que Probst esperava quando ele elogiou ela nas entrevistas pré-temporada. Não há como negar que a história dela dentro do jogo é interessante: ela começou como uma novata fracote e sem poder, foi salva por Caleb no blindside que mandou Brad para a RI, foi conquistando a confiança de Tyson e Gervase na Tadhana pós-twist, chegou a Fusão e ajudou a eliminar Aras num episódio em que ela poderia ter sido eliminada, eliminou a mãe em um dos momentos mais marcantes da temporada, traiu os seus companheiros de tribo originais, forçou uma PURPLE ROCK até ser eliminada no F5, fora vitória em Imunidade. Como diria Jonathan Penner, essa é uma grande história. Se eu acho ela uma grande jogadora? Não. Acho que ela cometeu alguns erros, como ter seguido com Tyson e recusado um F3 apalavrado e um cenário no qual ela teria muito mais chances de ir para o F3 (mesmo com Hayden e Caleb inseparáveis). Mas não há como negar uma coisa: ela é uma personagem interessante, por mais que ela não arranque suspiros de mim. 
4 - Tina Wesson - Ela me impressiona. A vitória final na RI é a prova da força que esta mulher tem. Quando digo força aqui não é a física (embora ela esteja em plena forma), mas a mental, a de personalidade (ou a espiritual, como queiram). O carisma que essa mãe de 52 anos exala ainda na tela é impressionante. Ela não mais a mesma de Australian (até porque o programa também mudou), mas me impressionou como ela ainda é boa nesse jogo. A eliminação de Laura Boneham e a manutenção de Vytas foram provas disso. Sim, ela cometeu pecados, como a ameaça vazia contra Tyson e sua aliança depois do blindside em Aras. Mas ela continua sendo uma força a ser reconhecida nesse jogo, ao finalmente conseguir apagar o fracasso em All Stars.
3 - Gervase Peterson - Sou suspeito para falar dele, pois eu gosto dele em Borneo. Acho que aqui, com tantos anos depois, em uma temporada e tribo que ninguém sabia jogar o jogo (a não ser, é claro, sacanear Jeff Probst em Conselhos Tribais), Gervase foi bem. Sim, ele não teve a coragem de se livrar de Tyson quando necessário. Além disso, faltou a ele tato e sensibilidade em diversos momentos, especialmente quando ele comemorou a vitória de forma ostensiva na primeira Imunidade, causando a eliminação da sobrinha, bem como os berros desnecessários contra oponentes em Conselhos Tribais. Mas pra um cara cuja a grande estratégia social era jogar cartas com a galera, Gervase foi bem. Infelizmente, seu personagem foi bem chato desta vez.
2 - Monica Culpepper - Eu estava discutindo com um velho amigo deste blog no orkut (Andrews) sobre o porquê de Monica ter sofrido tanto ao longo do jogo. Pra mim isso é fruto de baixa estima por ela própria. Monica deve ter sofrido (e provavelmente ainda sofre) para provar que é uma mulher de valor em uma família em que o parceiro é um grande jogador de futebol, o homem da casa, o esteio da família, enquanto ela cuidava das crianças. Monica fala disso inclusive em um depoimento pré-jogo: "Survivor é uma coisa minha. É o meu jogo, não o de Brad.", ela disse, ressaltando que o marido deveria ouví-la, pois ela era a jogadora de Survivor, não ele. Confesso que Monica não é uma das minhas personagens favoritas da temporada, mas a posição dela era complicada. No momento em que ela decidiu seguir com Tyson e Gervase, o jogo estava perdido para ela. Hayden e Ciera, especialmente, foram felizes ao explorarem essa fraqueza na personalidade dela.
1 - Tyson Apostol - O vencedor de Blood vs Water foi sem dúvida o melhor jogador dessa bagaça. Eu confesso que eu sou mais fã do Tyson babaca, que esculhambava Sierra porque queria, do bobalhão que fazia merda em Tocantins. Em H vs V, ele foi marcado por cometer uma das maiores burradas da história do show, se eliminando. Aqui ele conseguiu se superar e embora de vez em quando cometesse alguns erros (como mandar Katie se sentar no Júri após a sua eliminação), ele foi muito bem e esteve no controle do jogo pela maior parte do tempo. Venceu Desafios quando precisava e mesmo com um braço quebrado, conseguiu ser dominante em termos estratégicos, achando inclusive dois Ídolos de Imunidade. Muita gente não é fã do bobalhão loiro, mas sem dúvida é uma história digna do selo de aprovação de Jonathan Penner.

  Mais uma temporada termina e embora ela não seja totalmente do meu agrado, Blood vs Water foi um show divertido de assistir. Eu sei que um bocado de gente não irá concordar com muita coisa do que eu falei aqui. Eu ainda acho que apesar das muitas coisas que aconteceram ao longo da temporada, que felizmente contrariaram as espectativas negativas minhas e de muitos, acho que pode-se (e deve-se) criticar muito da postura da direção do programa (incluo aqui Jeff Probst), com atitudes ditatoriais e que demonstraram que eles não ouviam mais os fãs. A boa Reunion dessa edição (mesmo com Cochran) se deve muito a pressão realizada por nós fãs e até ex-Survivors (dos quais destaco Eric Reichenbach e Corinne Kaplan, de Caramoan) em reação a ridícula e triste Reunion da última edição. As críticas constantes ao programa não só nessa temporada, como nas últimas, são de alguém que ama este show, que gasta horas pesquisando, vendo episódios antigos, lendo textos de sites e facebooks e twitters e orkuts, e que dedica uma parte do seu tempo a um blog do qual tenho muito orgulho em manter. Quem discorda das opiniões proferidas aqui sabe que pode rebatê-las aqui no blog e lá no orkut. Survivor é o meu reality show favorito e é algo que eu adoro discutir e conversar. Espero que ano que vem, independente de Chefias, retornantes e outras coisas, tenhamos duas boas temporadas de Survivor e discussões produtivas e construtivas, como sempre temos neste espaço. Um abraço e até o ano que vem!

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O problema da paranoia excessiva

Só em Survivor uma gostosa leva um fora por fazer massagem...

 
  Um dos temas recorrentes de Survivor Blood vs Water vem sendo as já faladas por Jeff Probst "camadas" de complexidade envolvidas com a presença dos loved ones e da RI no jogo. Será que deve se eliminar uma determinada pessoa para não complicar a vida do meu familiar na RI? Ou vou eliminar outra pessoa da minha tribo, pois no futuro ela deve se unir a seu loved one, tornando-se, portanto, no futuro, mais forte? Ou será que o o jogador deve sentar no meio fio e chorar? A princípio, de fato, são muitos fatores que devem ser levados em conta? Entretanto, eu lanço a pergunta nesse post: será mesmo? Será que os jogadores devem considerar possibilidades remotas tal coisa acontecer no futuro e se esquecerem do presente?
  As últimas temporadas de Survivor, desde H vs V, vêm se focando mais e mais no aspecto da estratégia. Acredito que a complexidade estratégica ter aumentado nos últimos anos se deve a evolução do jogo, que é algo natural e necessário. Até os anos 60 não existia impedimento no futebol e hoje não conseguimos pensar o esporte bretão sem ele. Em relação a Survivor, não conseguimos imaginar o jogo hoje sem Ídolos de Imunidade. Os jogadores foram aprendendo com as inovações estratégicas trazidas por mentes como Rob Cesternino e Jonny Fairplay (e outros que os sucederam) coisas como trocar de alianças quando necessário, jogar de forma fria e calculista, usar a confiança das pessoas a seu favor. Hoje vemos figuras como Cochran, Colton e Malcolm ganharem destaque e fãs pelo universo Survivor graças a essa mentalidade. Acho que em determinados momentos, sim, é necessário trocar de alianças se você está no fundo. Mas como eu já tratei dessa tema em um post (clique aqui para ler), essa troca deve ser feita com critério, e não à torto e a direito. 
  Em um jogo como Survivor a commodity mais importante para os jogadores envolvidos é a confiança. Se uma pessoa confia em você, mais fácil será para ela acreditar e seguir um determinado jogador. Por isso o jogo social é tão importante, pois ele não ajuda só na hora de angariar votos em um Conselho Tribal Final, mas também para ganhar a confiança dos seus aliados em um primeiro momento. E até mesmo para armar um blindside é importante ganhar a confiança do lado para o qual o jogador se alia para trair os seus companheiros. Pois, no fim das contas, se você trai todo mundo à toda hora, perde-se confiança no jogador e duas coisas podem acontecer: ou ele é eliminado mais cedo (Candice aqui é um bom exemplo: em suas duas temporadas ela não foi muito longe, pois traiu a confiança de suas alianças originais) ou é derrotado de forma categórica na Final (perguntem a Russell). Daí os leitores que leem este texto até agora se perguntam: o que isso tem a ver com os dois últimos episódios de Survivor?
  As eliminações de John, Brad e Laura pra mim tem tudo a ver com o que na gringolândia eles chamam de overplaying ou em bom português, o problema da paranoia excessiva. Brad havia construído na Tadhana uma sólida aliança entre os cinco homens. Porém, além de ser um péssimo jogador no aspecto social (mandão demais, fora os problemas com Marissa e Candice), ele começou a ficar paranoico com a possibilidade de Candice voltar da RI. Mais do que isso: ele começou a pensar que talvez não conseguisse mais controlar o voto de John ainda com sabe-se lá quantos dias para a chegada da Fusão! Se ele parasse para pensar em algumas coisas, entretanto, a decisão mais sábia seria para ele manter John no jogo, devido aos seguintes motivos:

1 - Candice foi eliminada pela sua própria tribo com cinco minutos de jogo. Será que ela realmente consideraria jogar com alguém da Galang? E será que as pessoas da Galang considerariam jogar com uma pessoa que foi eliminada por eles antes do jogo começar? Será que Candice não seria mais fiel a um primeiro momento as pessoas que mantiveram o seu marido a salvo?
2 - Por mais que Candice estivesse com uma boa série de vitórias na RI, será que a mesma continuaria para sempre? Vimos que não essa semana. Apostar em resultados em duelos na RI em minha opinião é algo arriscado e burro.
3 - Como eu falei anteriormente, a commodity mais importante em Survivor é a confiança. Por mais que Candice seja a mulher de John, acho que ele pensaria duas vezes em trair a sua aliança inicial. Até mesmo Candice pensaria duas vezes, embora esteja no instinto da moça trocar de alianças a seu bel prazer. 
4 - Ainda deve ser considerar a possibilidade de uma mistura de tribos. Não seria importante nesse cenário manter a sua aliança forte e resistente a possíveis mudanças no jogo?

  Como se não bastasse, Brad, que já era odiado e xingado por meio mundo nos duelos na RI, resolveu insistir no overplaying e discutir com as meninas da Tadhana a possibilidade de eliminar Caleb. Com isso, Brad perdeu o resto de confiança que certos membros da aliança tinham nele, especialmente no caso do noivo de Colton. Não à toa vimos a loucura de CT no episódio 4 na Tadhana. Brad ainda quis seguir o plano de eliminar Ciera, mas foi tarde demais para o ex-jogador de futebol americano: Colton, Ciera e Katie forçaram o empate e no fim das contas, Vytas não quis se arriscar a tirar a purple rock por Brad e ele foi para a RI. Se Brad tivesse seguido a lógica e só eliminar Ciera ao invés de planejar a eliminação de Caleb, ele teria reforçado mais a confiança dos membros da aliança nele. Mas ao invés disso ele ficou com medo do que Caleb faria no futuro e acabou eliminado no presente.
  Outro que pode ser eliminado devido a paranoia excessiva é Aras. A decisão de eliminar Laura Morett pra o irmão de Vytas nesse momento foi errada, pois ele perdeu alguém que seria fiel a ele em um eventual momento futuro. Talvez a decisão mais certa para ele fosse eliminar Kat ou a Mulher do Rupert (que me parecem nesse momento sem aliados). Sem dúvida os vencedores dessa decisão foram Tyson e Gervásio, que segundo o preview da semana que vem (embora eu tenha como norma desconfiar sempre do que se passa nele) planejam eliminar Aras. Eles conseguiram eliminar uma aliada em potencial do vencedor de Exile Island e agora tem a chance de juntar os excluídos da tribo para eliminá-lo. E isso tudo aconteceu por que Aras teve a ideia de eliminar Laura Morett para derrotar Monica e torná-la um recurso para a aliança. Esse é o tipo de decisão infeliz tomada graças ao overplaying. Sim, eu acho importante num jogo como Survivor pensar alguns passos à frente. Mas para garantir um bom futuro, construir uma aliança sólida ou até mesmo armar um grande blindside que ninguém irá esperar, vale a pena manter pessoas que confiem em você por perto. A não ser, é claro, que esta pessoa lhe dê motivos para desconfiar dela. Enfim, o bom jogador de Survivor deve equilibrar o jogo à curto e a longo prazo.

Comentários aleatórios:

- Sobre o episódio 4 - Caleb mostrou a Colton como se deve tomar o poder em uma tribo: ao invés de provocar caos, você se aproveita do mesmo. O noivo de Colton fez isso lindamente no episódio 4, forçando um empate na primeira votação e, posteriormente, Vytas se juntar ao time adversário na segunda votação para finalmente eliminar o líder Brad. Sem dúvida, o grande CT da temporada. Além disso, tivemos a lua-de-mel filipina entre Candice e John, com Marissa incomodamente no meio e mais xingamentos a Brad, com Candice mostrando o dedo do meio pra ele e etc. Um dos bons episódios da temporada, mas confesso que pessoalmente gostei mais do...
- Episódio 5 - Eu gostei muito desse episódio de uma coisa que o Diego Arnone comentou na comunidade Survivor Downloads no orkut: finalmente vimos um episódio com uma edição old school: nem tão preocupado com somente a parte estratégica, mas também até com a parte de sobrevivência, coisa que há muito tempo vem sendo deixada de lado pelos editores. Além de serem máquinas programadas para discutirem estratégia 24 horas por dia, vimos que essas pessoas se machucam (vide a sequência em que as unhas dos dedos do pé de Katie estão caindo e todos os membros da Tadhana com lesões pelo corpo) e sofrem com as séries de derrotas. Por mais que tenha gente que defenda Survivor com veteranos em todas as temporadas (alguns que advogam por causa própria, inclusive), temporadas com novatos são mais interessantes por causa disso: vemos as pessoas aprendendo a sobreviver e entender o jogo ao longo dos 39 dias e isso é muito legal quando a montagem dessa temporada é bem feita. O episódio teve uma edição equilibrada em termos de divisão de confessionários e apresentação de relacionamentos nas tribos como não havíamos visto nesta temporada. Esse episódio é o meu favorito da temporada e ainda bem que o programa vem melhorando a cada episódio.
- Eu não gosto da mistura de tribos nesse momento do jogo. Acho que a manutenção da situação atual, ainda mais com a primeira derrota da Galang e com a Tadhana ganhando um fôlego, me parece que seria fundamental a manutenção dos times até a Fusão, quando em minha opinião a mistura de Sangue com Água seria mais intensa e impactante. Mas como esta temporada vem me queimando a língua seguidas vezes, quem sabe teremos bons episódios daqui em diante? Aguardemos.

Notas:

Marissa - Infelizmente eliminada no duelo contra John e Candice. A sobrinha de Gervásio se deu mal e foi a primeira vítima de Brad.
Candice - No Brasil, ela é amada desde sua temporada original. Acho que ela pagou com a primeira eliminação por dois fatores: 1 - Ter sido chamada mais tarde como substituta de RC e 2 - Ter o famoso histórico de trair alianças a seu bel prazer.
Aras - Segundo o preview do próximo episódio, corre risco. Porém, com a mistura das tribos, pode se dar muito bem, principalmente se Vytas parar na mesma tribo que ele.
Vytas - Um dos grandes destaques da tribo dos loved ones, ficou em situação delicada com a maluquice do CT no episódio 4 e a jogada de Caleb que eliminou Brad. Poderia ter ido para a RI na situação em que a Tadhana se encontrava antes da mistura de tribos. Assim como Aras, deve ser outro beneficiado pela twist.
Brad - Conseguiu, para a minha surpresa, derrotar Candice no duelo. Se conseguir retornar, mesmo com Monica no jogo, estará em situação delicada, pois será um alvo em qualquer situação.
Tyson - Sem Rachel, ele virou agente livre e está em uma boa posição. Uma coisa que me parece que vem sendo a tônica dessa temporada é a seguinte: quanto mais cedo o seu loved one é eliminado, melhor é para você, pois o alvo sai de suas costas. E é isso o que está acontecendo com Tyson, Gervásio, Mulher do Rupert, todos que perderam os seus loved ones no jogo. Além disso, apesar de termos perdido os grandes confessionários, ele vem jogando de forma mais quieta e inteligente. Não me surpreenderia hoje ver ele ganhando o jogo. A não que alguma combinação maluca após a mistura das tribos o deixe em uma situação ruim, Tyson deverá ir longe neste jogo.
Ciera - Escapou de uma possível eliminação no último episódio com a vitória da Tadhana na Imunidade. Porém, agora com a mãe Laura na RI, ela terá que decidir se irá trocar de lugar. Acho pouco provável disso acontecer. Se ela seguir no jogo, como eu falei em relação a Tyson, pode conseguir tirar o alvo das suas costas de ter um loved one consigo. Entretanto, o fraco desempenho em Desafios conta contra ela.
Monica - Precisa parar de se preocupar com o marido e jogar o jogo. A preocupação dela com Brad pode fazer dela um problema para os outros membros de sua aliança na Galang.
Mulher do Rupert - É igualzinha a seu marido jogando Survivor: sem noção, com péssimo jogo social e estratégico e não parece nunca saber o que está fazendo. Entretanto, ela tem uma importante vantagem sobre Rupert: me parece ser mais calma e centrada que o esposo, o que pode levá-la longe em jogo como este. Ela não é uma ameaça direta a ninguém, mas ela é tão inofensiva que acaba sendo perigosa... Como alguns vencedores em Survivor. Já vimos algumas pessoas jogando (ou não) Survivor assim e chegando no F3, por vezes até ganhando. Não vejo Laura Boneham ganhando este jogo, mas ela é uma agente livre inofensiva e existem muitas ameaças maiores que ela no jogo.
Gervásio - Como eu disse no preview desta temporada, ele vai indo tranquilo na Galang. Muita gente ficou com a impressão errada após o primeiro episódio sobre ele. Alguns até o compararam a Philip! Ao contrário do agente secreto (?????), o forte de Gervásio é o jogo social e esse poderá levá-lo a um ponto onde poucos imaginavam antes do início da temporada. Não o vejo sendo eliminado até a Fusão e agora com Marissa, ele também é um agente livre e pode ser importante na dinâmica de alianças dos Survivors restantes.
Katie - Ela vem perdendo as unhas, mas se mantendo firme no jogo. Em termos de personagem e jogadora, a filha de Tina não me anima muito. Mesmo com a mistura de tribos, acredito que ela corre um sério risco de ser enviada para a RI. Porém, nesta temporada, mais do que nunca, ser uma jogadora fraca pode te levar longe neste jogo.
Hayden - Outro grande derrotado pela disputa de poder na Tadhana no episódio 4. Mesmo assim, ele se manteve calmo e tranquilo, sem irritar ninguém. Eu gosto de como Hayden leva o jogo, mesmo não sendo grande coisa como personagem.
Kat - Finalmente teve o seu primeiro confessionário da temporada! Ela reclamou da Mulher de Rupert fazendo fofoca. Está de fora da aliança principal da Galang, porém pode se dar bem com a mistura de tribos, especialmente com Hayden a seu lado. Ela parece ter amadurecido desde OW, ao contrário de Colton, com uma estratégia under the radar. Assim como Tyson, perdemos uma boa personagem, mas podemos ter ganho uma boa jogadora.
Tina - Como não amar essa coroa? Gosto da racionalidade dela a cada pensamento e como ela não engoliu a justificativa de Monica do porque Brad seria bom aliado voltando da RI. Apesar do corpo parecer um bocado desgastado, a mente esperta ainda está lá.
John - Vem conseguindo sobreviver nos duelos na RI. Fica, entretanto, a dúvida: Como ele se comportará sem Candice a seu lado?
Laura - A recém-chegada a RI terá a difícil missão de derrotar Brad e John no próximo duelo. Acho que o grande erro dela no jogo que a fez ser eliminada foi o fato dela ter apostado as fichas dela em apenas uma pessoa. Ela poderia ter conseguido dar um jeito de entrar na aliança de cinco. Infelizmente pra ela, a Galang não é a Galu.
Caleb - O grande vencedor do movimento na semana retrasada, Caleb até hoje tinha o poder de decidir com que aliança iria votar na Tadhana. Com a twist, entretanto, ele deve ser o maior perdedor. Mesmo que ele não seja eliminado hoje, ele não terá mais o poder que tinha após eliminar Brad. Resta ver como ele irá adaptar o seu jogo a esta reviravolta.

Palpites:

Vencedor - Pra mim, depois do último episódio, Vytas teve uma cena e confessionário de vencedor quando ele estava fazendo os exercícios de ioga e comentando sobre a terrível situação da Tadhana. Outros que me parecem ter uma boa edição nesse sentido são Tyson, Caleb e Aras. E eu continuo achando que Tina tem boas chances, mesmo que a edição não a mostre tanto.
Próximo enviado (a) a RI - Com a mistura de tribos, é difícil de prever sem saber a configuração delas. Porém, de acordo com desempenho em Desafios, acredito que Ciera e Katie correm sério risco.
Eliminado (a) na RI - Pra mim este será o duelo de mais difícil previsão. Os três tem boas chances de passarem. Acredito que pelo ritmo de duelos, John e Brad devem vencer e Laura será a próxima eliminada. Porém, esse é um chute sem nenhuma convicção.

POWER RANKINGS:

1 - Vytas
2 - Tina
3 - Tyson
4 - Caleb
5 - Hayden
6 - Aras
7 - Gervásio
8 - Monica
9 - Kat
10 - Mulher do Rupert
11 - Ciera
12 - Katie
13 - John
14 - Brad
15 - Laura   

domingo, 6 de outubro de 2013

Total Drama Island



  Quando se colocou a RI em jogo pela primeira vez na temporada 22, muitos se perguntaram qual seria a utilidade dela, como ela seria usada estrategicamente pelos jogadores. Ficou óbvio para mim depois de alguns episódios que a Ilha servia para primeiramente salvar os retornantes (Rob e Russell, posteriormente Coach e Ozzy) e de certa forma as ameaças físicas (em sua maioria homens) que Jeff Probst tanto ama. Vale lembrar que os grandes personagens da Ilha foram Matt e Ozzy, com Christine de forma secundária se destacando com algumas vitórias. Porém, após alguns episódios, outra função dela ficou mais e mais evidente: criar caos e drama entre os jogadores. Vale lembrar que alguns momentos importantes aconteceram nas duas temporadas em que a RI esteve presente. Para citar apenas um para não estragar muito os amigos que leem este texto e que não viram as temporadas 22 e 23, a saída definitiva de Russell, com direito a choro ocorreu na Ilha. 
  A volta da RI como mais um elemento de drama em Blood vs Water é talvez o principal trunfo que os defensores da twist tem a seu favor. Muitos vem observando e comentando com alguma razão o óbvio: "Como são ótimos os barracos e discussões nessa ilha do barulho". E nesse sentido eu tenho de dar palmas a produção executiva, pois o uso da Ilha nesse sentido vem funcionando bem. Primeiro, porque o elemento familiar está em ação nessa temporada, tornando as coisas ainda mais dramáticas e pessoais. Segundo, porque o elenco dessa temporada, com algumas exceções (Colton... Já chego nele, aliás), foi muito bem escolhido, principalmente o de loved ones. Tirando algumas exceções como a pobre Rachel, a seleção de figuras como Vytas, Brad e Marissa foi algo muito bem feito e de se tirar o chapéu. Fora alguns retornantes e seus dramas familiares que vem sendo bem explorados pela edição (Aras e Vytas, por exemplo), a construção dessa temporada foi muito bem feita. Não dá pra saber se ela será boa até o final, mas depois de um trabalho preguiçoso em Caramoan, os produtores resolveram se esforçar para que, mesmo com todas as críticas que eles deviam imaginar receber, a temporada rendesse um bom show. E muito disso se deve a presença da RI como elemento para impulsionar e intensificar os conflitos entre os jogadores. Com esse elemento, temos algumas histórias interessantes como o surgimento de Brad Culpepper como o grande vilão da temporada (adorei a cena em que Rachel detona o ex-jogador de futebol americano e Marissa manda ele se f...) e obviamente a desistência de Colton do jogo. De fato, eu ainda não gosto da RI como elemento do jogo, por todos os motivos os quais já falei em centenas de posts. Entretanto, tenho de reconhecer que nesta temporada, ela está funcionando bem.
  Falando da desistência mais do que esperada de Colton... Eu já falei em outros posts o que eu particularmente penso sobre desistências. Eu não tenho problema nenhum com uma pessoa desistir. Acho que está no direito dela de não querer jogar Survivor. E no final das contas, os fãs xiitas/invejosos tem que entender que Survivor é apenas um game show. Já diria um comentarista esportivo famoso algo sobre futebol que eu adapto para esta situação: "Survivor é a coisa mais importante entre as menos importantes.". Não será pelo fato de eu não gostar do PERSONAGEM Colton é que minha opinião irá mudar sobre o que penso a respeito dos desistentes. Não sei até que ponto eu engulo a justificativa que ele vem dando em entrevistas, que desistiu porque não queria comprometer o namorado Caleb. Mas em minha opinião nada justifica o ataque de pelanca e a ceninha ridícula que Probst fez detonando Colton e afirmando que ele havia desistido em OW e que agora estava desistindo de novo. A acusação de desistência em OW é grave e é algo que deve ser provado, já que Probst leva tanto esta bodega a sério. Me pareceu uma desculpe covarde e vazia para escapar da responsabilidade que cabe a ele, Probst (e obviamente de toda a produção executiva, mas acho que aqui neste caso eu cito porque ele adora ter crédito por todas as ideias suas que dão certo), de ter selecionado Colton. Já que ele havia desistido na primeira vez, porque chamá-lo de volta? Rob Cesternino lembrou a Colton em entrevista muito bem o caso Brandon Hantz ano passado (leiam aqui para relembrar), dizendo que ao invés do que Aras o havia chamado no episódio anterior (Russell Hantz gay) a saída de Colton foi de certa forma parecida. Acho que a analogia serve para se chegar a uma conclusão óbvia: foi um risco selecionar Colton para jogar de novo. No fundo, os produtores sabiam que Colton poderia ser uma bomba pronta para explodir, depois de tudo o que havia acontecido com ele em sua primeira temporada. Muito pouco tempo se passou para digerir tamanha experiência. A responsabilidade maior foi de Probst e sua turma, que parece não aprenderam com Brandon. Eu se fosse Colton eu faria questão de a quilômetros da Chefia (obviamente eu não iria a Reunion). E mesmo se a acusação de desistência dele em OW fosse verdadeira, NADA, absolutamente, nada justificativa a forma covarde que o apresentador agiu.
  E com isso tudo ainda, tivemos um (bom!) episódio. Gostei muito da Imunidade, um desafio físico para finalmente botar loved ones e retornantes para caírem na porrada. Sem dúvida o ponto alto foi uma das histórias mais interessantes da temporada em uma disputa: Aras e Vytas fizeram uma luta bem legal. Com direito a Vytas dando uma de migué para tentar derrotar o irmão, Aras venceu e ambos relembram velhas rusgas de uma relação problemática. Destaque também para a vitória de Brad sobre Gervásio, Tina mesmo veterana e rindo derrotando a filha Katie e Ciera levando Laura as lágrimas, mesmo com a vitória para os retornantes. Ainda tivemos mais um momento de tensão no episódio, com Tyson deslocando o ombro e virando dúvida para o resto do jogo. Eu não vou me surpreender se daqui a pouco a Chefia resolver colocar 22 jogadores para a próxima temporada, graças a desistências e evacuações.
  Por fim, tivemos um interessante (esse sim!) blindside em John. E de certa forma, isso era mais do que esperado. Vimos em diversos momentos ao longo da história alianças masculinas caírem muito em parte por vaidades e medos de certos integrantes em relação aos outros. Brad ressaltou que John seria sem dúvida mais difícil de controlar se Candice retornar ao jogo. Aí reside o problema para os jogadores de se ter a RI: como não pensar em um eventual futuro? Como não imaginar que do jeito que as coisas estão, Candice retornará eventualmente? Acho que finalmente aconteceu a Brad algo que ocorre a maioria dos alpha males em Survivor e que os faz levarem a uma queda eventual: o poder subiu a cabeça. E mais: já que Brad, que é o líder da aliança, está ferindo um dos seus, isso libera os seus outros membros de aliança de seguirem com ele. Não à toa já vimos Vytas, Hayden e Ciera discutirem a possibilidade de eliminarem Brad. Com as seguidas derrotas, as coisas caminham mal para a Tadhana e eu não me surpreenderia de Brad ser o mais novo morador da RI ao fim do próximo episódio.
   Tivemos um bom episódio e por enquanto, estamos tendo uma boa temporada. Espero que meus temores não se confirmem, mas acho que essa temporada será salva por algo que não pode ser esquecido pela produção: um bom elenco. Embora eu tema que, infelizmente, a RI fará parte das próximas temporadas, parece que o carinho e o cuidado que esta temporada foi confeccionada pode ser sua salvação. Pergunto-me eu: por que não investir mais em seleção de elenco? Por que não aceitar aplicações, fazer testes e parar de pegar modelos à beira da praia em LA? O futuro do show pode ser garantido com isso.

Notas:

Colton - Bom, acho que falei o que tinha de ser falado sobre ele no texto. Acho que pro seu próprio bem, ele deveria deixar esse negócio de Survivor pra lá por um tempo. E falo aqui sem um pingo de ironia.
Rachel - Apareceu para apenas protagonizar mais um ataque contra Brad e perder em um fim de duelo emocionante contra Marissa.
Aras - Foi legal vê-lo protagonizando o duelo contra o irmão. Prejudicado nesse episódio (em termos de edição) devido aos acontecimentos na RI e as seguidas vitórias da Galang.
Vytas - Ao lado de Marissa, meu favorito da temporada até agora. Acho que ele espertamente esperou para eliminar Brad depois. Deixe que ele leve a culpa pela eliminação de John. Aí, sim, elimine-o.
Tyson - Como eu esperava, ele não trocou de lugar com a namorada e se juntou a turma que malhou Brad durante o Desafio na RI. Corre risco de eliminação graças a contusão durante a Imunidade.
Ciera - Embora ela não tenha sido decisiva em relação a eliminação de John, ela conseguiu sobreviver em uma Tadhana que me parece perdida e sem rumo em termos de Desafios. Por isso, ainda corre seríssimo risco de ser eliminada.
Katie - Pouco apareceu nesse episódio, mas me parece ser mais esperta do que a produção mostra.
Tina - Até no Desafio lutando contra a filha Tina parece está tomando um café com as amigas. É impressionante como Tina parece ter nascido pra este jogo. Tanto se falou da inteligência estratégica de Colton, mas Tina está dando show de que não se precisa de malabarismos para se ter uma aliança nas mãos.
Monica - Mais uma prejudicada com os eventos desse episódio.
Brad - Corre grande risco de ser eliminado em um épico blindside no próximo episódio. Ele precisa liderar a Tadhana a uma vitória, do contrário Brad pode viver infeliz e descontente ao lado de Candice.
Gervásio - Perdeu para Brad, vibrou com a vitória de Marissa e... Só.
Mulher do Rupert - Foi o homem sumir para que ela sumisse junto com ele.
Caleb - Apareceu no episódio somente graças a Colton. Está bastante under the radar. Espero ver mais dele agora sem Colton.
Kat - Candidata fortíssima ao troféu Purple Kelly da temporada.
Laura - Ficou triste por ter derrotado a filha.
Hayden - Ele vem aparecendo pouco, mas acho que vem fazendo bastante, assim como Caleb. Sem dúvida a sua estratégia no BB americano vem rendendo dividendos em Blood vs Water. Mas a Tadhana precisa vencer para ter chance. Perdendo, grande chance dele ir para a RI também em um futuro próximo.
Candice - Vem detonando na RI, com duas vitórias nos duelos. Acho que ela está fisicamente preparada para continuar rendendo bem para as próximas provas. Porém acho que a chegada de John na RI pode influenciar negativamente em sua performance.
Marissa - Ela continua, ainda bem! Porém acho que de certa forma a chegada de John pode afetá-la, para o bem ou para o mal.
John - Fisicamente, ele também me parece estar em forma e com a ajuda de Candice pode conseguir derrotar Marissa. Entretanto, o que foi dito sobre Candice, vale para ele: ele pode ser afetado pela presença da esposa.

Palpites:

Vencedor - Ninguém ainda me passa esta sensação. Acho que a coisa ainda está entre Vytas, Tina e Aras, com Hayden correndo por fora. Nenhuma das edições também me deu nenhuma informação para que eu possa tentar um palpite mais acurado.
Próximo enviado (a) pela RI - Pela Tadhana, três correm risco: Brad, por ter feito a sua cama como falei acima, Ciera e Katie por serem as duas mulheres e pelo fato da tribo possivelmente chegar a sua quarta derrota consecutiva. Na Galang, acho que a Mulher do Rupert, por motivos que eu já citei em outros posts e Tyson pela contusão no ombro correm mais risco.
Eliminado (a) na RI - Acho que, infelizmente, a dupla John-Candice será a responsável pela queda de Marissa. Sem dúvida será o duelo mais difícil para a sobrinha de Gervásio e acredito que dessa vez ela não escapa.

POWER RANKINGS:

1 - Vytas
2 - Tina
3 - Aras
4 - Hayden
5 - Monica
6 - Gervásio
7 - Caleb
8 - Laura
9 - Kat
10 - Tyson
11 - Mulher do Rupert
12 - Brad
13 - Ciera
14 - Katie
15 - Candice
16 - John
17 - Marissa

sábado, 28 de setembro de 2013

Caosando



  Diante das twists mirabolantes e da volta da RI, o retorno de Colton a Survivor foi algo que de certa forma me passou despercebido. Estava tão ocupado em destilar o meu ódio sobre outras coisas que eu não dei bola para passar precisos minutos de um episódio de Survivor vendo Colton ser Colton novamente. As pessoas que não gostaram de One World (eu incluso) reclamaram demais que a temporada caiu muito depois que o Sr. Cumbie deixou o programa por razões médicas. Independente dos meus sentimentos pessoais por Colton, eu sempre discordei dessa opinião. Acho que a temporada melhorou demais sem ele. Podemos ver outros personagens interessantes (Tarzan, Troyzan, Kat e até Alicia, para os que gostam) e uma das vencedoras mais dominantes da história em Kim Spradlin. A parte estratégica foi chata? Sim, de fato ótimos vencedores de Survivor em geral não são bons produtos de televisão. Só olharmos para ver algumas temporadas com eles para constatarmos isso: gostamos deles por serem ótimos jogadores, mas de fato na maior parte das vezes eles são tediosos. Mas ainda assim, OW conseguiu, em minha opinião, ter uma boa vida sem Colton. Porém, provavelmente com essa opinião em mente, Probst, Burnett e sua turma resolveram usar novamente o polêmico personagem mais uma vez nesta temporada, cujo o foco central é o melodrama. E de fato, por mais que eu não goste de Colton, fato é que em One World gerou um dramalhão excessivo. E mais uma vez vimos isso no episódio desta semana.
  O que eu acho mais hilário e ridículo é que eu vejo gente por aí citando Colton como um dos "grandes vilões de Survivor". Aras ainda de certa forma ratificou isso no episódio quando falou de forma incorreta pra mim que Colton é o Russell Hantz gay. O namorado de Caleb é um dos jogadores mais superestimados da história recente de Survivor. Ainda hoje vejo Survivors (ex.: Stephen Fishbach, outro jogador superestimado, aliás) falando que Colton é um grande jogador estratégico, que ele controlava a Manono com mãos de ferro, etc. Não necessariamente controlar uma tribo durante um certo momento e causar drama gratuito e pobre quer dizer que a pessoa é boa jogadora. Pra mim, isso revela exatamente o contrário: que você é um péssimo jogador. Ser um bully pode te levar até um certo ponto no jogo, mas pra começo de conversa você nunca irá ganhar, isso se o jogador em questão não ser eliminado em um épico blindside. E acredito que em One World, dominou um elenco masculino que em termos de estratégia foi muito fraco. Não à toa as mulheres naquela temporada dominaram o pós-Fusão com a saída de Jonas. Neste episódio, Colton só ratificou na minha opinião o que sempre foi: um péssimo jogador de Survivor e um rei do drama. O Sr. Cumbie reclamou o tempo inteiro do clima alegre e feliz da Galang e começou a tentar implementar a sua velha estratégia: criar confusão entre os integrantes da tribo. Só que obviamente, ele não estava jogando com os patetas da Manono. Vale lembrar que na tribo de Colton estão Tina, Aras, Gervase, Tyson e até Monica... Todos eles além de terem experiência de jogo ainda por cima tem mais experiência de vida, algo que muita gente subestima nesta competição, mas que é algo importantíssimo. Vimos poucos vencedores jovens em Survivor e acho que a experiência de vida e a maturidade que vem com ela é algo fundamental para se jogar este jogo. Colton me parece ser aquela criança mimada e pirracenta que não fica satisfeita enquanto não provoca alguma confusão. Enquanto ele não entender que de certa forma ele precisa ir ao sabor do vento e esperar que o jogo finalmente chegue até ele, não adianta: Colton continuará sendo só lembrado por ser um barraqueiro. E nessa fase inicial do jogo o mais importante é permanecer calmo e apenas quando for preciso agir de fato. As pessoas tentarão encontrar qualquer razão que seja para eliminar alguém e Colton, com sua reputação devia jogar da forma mais discreta possível. Ao invés disso, ele chamou ainda mais atenção para si e fez com que a aliança recém-formada entre Aras, Gervase, Tina, Monica e Tyson o mirassem como alvo para uma possível eliminação. Agora acho que até a Mulher do Rupert tem mais chance de permanecer na tribo que ele. Temos a ameaça de desistência de Colton no preview do próximo episódio, algo que eu acho que não vai acontecer. Mas o futuro do Sr. Cumbie no jogo, entre o péssimo jogo social na Galang e como a presença do namorado na outra tribo o está afetando psicologicamente, não vejo muito futuro para Colton em Blood vs Water. Mesmo indo para a RI, acho que ele terá pouca chance contra a competente Candice e a surpreendente Marissa, por exemplo.
  Sobre a aliança da Galang, eu gosto da união dos cinco. Além de gostar muito das pessoas que integram a aliança, acho que para os cinco é uma boa saída. Laura em Samoa apesar de ser uma personagem interessante sempre foi muito controladora demais para fazer parte deste grupo. Kat é avoada demais e Colton... é Colton. A princípio, os integrantes da aliança dominante tem muito à ganhar. Se esta aliança sobreviver a possíveis twists e trocas na RI e chegar até a Fusão, seus integrantes terão que lidar com certos problemas, como por exemplo a rivalidade entre Brad e Gervásio fora a possível chegada de outros loved ones que complicarão um pouco mais a dinâmica da aliança. Porém a princípio, para todos os envolvidos, me parece ser a decisão mais sábia.
  Na RI, vimos a vitória de Candice, a surpreendente permanência de Marissa (embora na minha opinião esse é um desafio no qual as mulheres se saem melhor) e o previsível último ato de Rupert na temporada. Ele disse que não se arrependia por ter se sacrificado pela mulher e blabla. Ironicamente, a estratégia do barbudo não funcionou e ele foi o primeiro eliminado da temporada. Porém o mais importante no segmento da Ilha da Redenção veio em seguida, com Candice entregando a pista que ganhou por direito ao vencer o duelo para a localização do Ídolo de Imunidade à John. Este fato gerou a outra subtrama importante do episódio, que foi a discussão em torno da eliminação de Rachel.
  Uma das coisas que eu particularmente gosto em relação a RI é o como o Ídolo aparece no jogo. Agora, com todo mundo sabendo quem tem a pista a pessoa que a recebe vira logo alvo de atenção, ou seja, não é mais tão fácil usar o Ídolo como antes, o que adiciona mais uma peça de estratégia interessante. John acabou chamando a atenção dos seus companheiros de tribo devido a esse fato. Porém, apesar dessa preocupação, o alvo da aliança masculina dominante da Tadhana foi a namorada de Tyson, Rachel. Vytas teve uma ideia boa de eliminar a moça, pois Tyson eventualmente poderia substituí-la na Ilha da Redenção e enfraquecer a Galang no processo. Sem dúvida a ideia é boa, mas o que eu acho mais interessante do que a ideia em si é o fato de que Vytas parece ser a liderança estratégica dessa tribo ao invés de Brad, por exemplo. Sem dúvida o irmão de Aras me parece ser a pessoa mais poderosa da tribo de loved ones, com o poder de encaminhar a dinâmica de alianças do jeito que ele quiser, o que é algo que definitivamente chama a atenção. Ao contrário de Colton, que já tem duas experiências de Survivor nas costas, o fator experiência de vida faz com que Vytas seja um jogador mais maduro que o Rei do Drama de One World, pois como eu falei anteriormente o irmão de Aras deixa o jogo ir até ele e fala o que é preciso. Com John demonstrando dúvidas em relação a eliminação de Rachel e uma pista de Ídolo em mãos, Ciera e Katie dispostas a tudo para mudarem a sua situação atual na tribo e a arrogância que Brad demonstra em muitos momentos, eu espero que essa dinâmica atual de alianças mude e que a aliança masculina aparentemente tão forte comece a desmoronar. Como Rachel disse com precisão em sua chegada na RI, os cinco parecem ser muito amigos e unidos, mas as brigas começarão a rachar esse grupo.

Notas:

Rupert - Fiquei surpreso com a eliminação dele no primeiro desafio, achei que a boa estratégia de se poupar para os Desafios lhe renderia frutos. Melancólica é a palavra que melhor descreve esta passagem de um dos mais populares Survivors da história. Pergunta: Se a Reunion for no formato de Caramoan, Rupert ficará sentado na plateia com cara de emburrado?
Aras - Discreto, como era de se esperar, apenas aparecendo quando chamou Colton de Russell gay e na foto que abre este post. Está em uma boa posição nessa aliança de cinco.
Vytas - Sem dúvida o grande destaque estratégico do episódio. Lembra muito Aras em sua primeira passagem em Survivor, na qual ele foi a voz da razão em sua tribo. Olho nele.
Tyson - Muito tímido ainda, sem nenhum dos grandes confessionários que ele em geral dá. Não acredito que ele trocará de lugar com Rachel na RI, mas esse novo Tyson sem sal de B vs W está me pondo dúvidas.
Ciera - Tentando botar John em evidência na tribo. É um bom plano, mas será que dará certo?
Katie - Ainda muito discreta, sobreviveu a mais uma votação.
Tina - Cada vez mais apaixonado por ela. É impressionante ver o quão ela é carismática. Ela simplesmente ignorou Colton e seus chiliques admiravelmente e foi uma das artífices da aliança de cinco da Galang.
Monica - Me parece menos neurótica do que no primeiro episódio (falando muito de Colton e como ele era um vilão). Com essa aliança formada e com uma eventual eliminação de Colton a frente Monica pode se focar finalmente no jogo.
Brad - Típico alpha male, porém menos idiota que muita gente pensa. Duas frases dele me chamaram a atenção até agora: a primeira no episódio falando sobre os Cochrans e "mulheres fracas" que vem vencendo o jogo ultimamente e a segunda sobre John e como o Ídolo é uma bênção e uma maldição ao mesmo tempo.
John - A preocupação com Candice pode tirá-lo do jogo nos próximos episódios, a não ser que ele consiga achar o Ídolo. Ainda assim, me parece estar numa posição arriscada.
Gervásio - Quem diria, de vilão à herói na segunda Imunidade. De fato, em terra, Gervásio sempre foi um bom atleta. Não me surpreendeu ele não trocando de lugar com Marissa. Gosto da rivalidade criada entre ele e Brad graças ao trash talk. Obviamente estou no lado do retornante de Borneo.
Mulher do Rupert - Só apareceu chorando pela saída de seu marido.
Caleb - Quase não apareceu neste episódio. Porém deve ser protagonista ao lado de seu namorado no próximo, segundo o que apareceu no "Next Time On... Survivor".
Colton - Será que ele irá desistir? Na boa, não me importo. Péssimo jogador, péssimo personagem. Por mim Colton nunca mais voltaria a Survivor, mas parabéns a Probst & Burnett por esta sábia decisão. Em algum lugar Osten sorri feliz.
Kat - ?
Laura - Gostaria de ver mais Laura Morett. Porém me parece que de fato ela foi mais selecionada pela filha com a dramática história de vida. Está em maus lençóis fora da aliança de cinco.
Hayden - Deu mostra de seu bom jogo social em uma cena muito rápida: Katie estava reclamando da qualidade do arroz que estavam comendo e o vencedor do Big Brother americano disse que o alimento estava delicioso e agradeceu as meninas pela comida. Se Vytas chama a atenção pela estratégia, Hayden é definitivamente mais esperto do que aparenta.
Candice - Ela é uma boa atleta e a prova do último episódio foi feita pra ela, já que envolvia muito mais capacidade de equilíbrio e destreza do que força. Por ora, está em boa posição na RI.
Marissa - A sobrinha de Gervásio soltou o verbo contra a Tadhana e seu tio antes do duelo na RI. Se deu bem com o Desafio configurado para que ela jogasse e se aproveitou bem do erro de Rupert.
Rachel - Mesmo em seu episódio de Ilha da Redenção, pouco apareceu. É impressionante as vezes como certas pessoas (e aqui eu digo em qualquer setor da sociedade, inclusive e principalmente na política) que não fazem nada viram mitos e deuses com algumas fotos por aí, uns GIFs ali, uns vídeos acolá... Sim, ela é bonita, mas precisa me mostrar mais para que eu possa falar dela. Pouco mostrou em seus vídeos pré-jogo que pode ser interessante e pouco mostrou no programa. Acho que ela leva desvantagem com Marissa e Candice na RI, mas pode ser salva por Tyson.

Palpites:

Vencedor - Ainda é muito cedo, mas Vytas teve um bom episódio. Hayden com o comentário que eu citei acima pode ser um bom chute. Pelos retornantes, pra mim Tina e Aras tem boas chances de ganharem o seu segundo título.
Próximo enviado (a) a RI - Pela Galang, eu diria que Colton cavou a sua própria cova com os chiliques desse episódio. Correndo por fora, a Mulher do Rupert por ser uma estranha no ninho também corre risco. Já pela Tadhana, a coisa ficará entre Ciera ou Katie, com John correndo por fora graças a sua hesitação em votar com os companheiros de tribo.
Eliminado (a) na RI - Depende de Tyson. Se ele for trocar com a namorada de lugar, Marissa infelizmente deve ser a eliminada. Se Tyson não trocar, a disputa pela segunda vaga na RI ficará entre Marissa e Rachel. Pelo o que demonstrou em outros desafios, leve favoritismo para a sobrinha de Gervásio.

POWER RANKINGS:

1 - Vytas
2 - Tina
3 - Aras
4 - Hayden
5 - Monica
6 - Gervásio
7 - Tyson
8 - Brad
9 - Caleb
10 - John
11 - Laura
12 - Kat
13 - Mulher do Rupert
14 - Ciera
15 - Katie
16 - Colton
17 - Candice
18 - Marissa
19 - Rachel  

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

PQP, Gervásio!



   Survivor voltou cercado de expectativa nesta quarta-feira. Após o anúncio de mais retornantes e de uma infinita quantidade de twists, durante uma hora finalmente as vimos em prática. Confesso que ainda não consegui formar uma opinião definida. Gostei de algumas coisas e não gostei de outras. Digo que pra mim, a premiere foi morna (a de Caramoan, por exemplo, foi superior em qualidade), mas acho que podemos ter uma boa temporada sim.
  O episódio começa com uma apresentação diferente dos Survivors, que me lembrou muito o formato do Amazing Race. Probst foi falando do retornante e do seu loved one e depois aparecia um depoimento da dupla. Eu gostei desse formato. Já que de certa forma os jogadores jogarão em duplas, nada mais justo do que apresentá-los dessa maneira. Posteriormente tivemos o famigerado Dia Zero, tão alardeado pela produção. Na boa, pra mim esta foi a pior coisa do episódio, de longe. Probst anunciou que seria mostrado as duplas se preparando pro jogo, juntas na floresta e foi dada uma importância tão grande... Pra uma twist idiota que durou apenas alguns minutos. Eu não sentiria falta da existência do Dia Zero. Definitivamente esta foi a twist mais inútil da temporada e uma das mais sem nexo da história de Survivor.
  Vamos a apresentação das tribos e de cara as duplas descobrem que jogarão em tribos separadas de loved ones e retornantes. Curiosamente vemos Brad espertamente dizendo que pensaria em desistir de um Desafio por causa de sua esposa (modo irônico on). Depois Jeff anuncia (e aqui peço desculpas, eu não falei sobre essa twist na Futurologia) que as tribos tem que eliminar alguém imediatamente como feito em Palau. As eliminadas pelas tribos são a Mulher do Rupert (como o amigo da Survivor Downloads As Long chama Laura Boneham) e Candice, mantendo a sua fama de ser uma pessoa insulana. Confesso que pra mim a Mulher do Rupert era uma escolha previsível dos Novatos, pois ela era aparentemente a mais velha e menos em forma da tribo. Entretanto, fiquei surpreso com a escolha de Candice para eliminação. Achava que Colton e Rupert, o primeiro por ter sido tão problemático em sua temporada e o segundo por jogar pela quarta vez seriam alvos imediatos, mas o eterno amor de Billy Garcia, Laura Morett e até Gervásio receberam votos. Porém, devido ao fato de não ter laços e ser uma desconhecida para alguns, Candice foi mandada para a Ilha da Redenção. Então, Probst anunciou mais uma twist: os parceiros das respectivas duplas que acabaram de ser enviadas para a RI poderiam tomar o lugar da pessoa amada. Como de certa forma já era esperado (pra quem acompanhou Rupert em suas outras três vezes sabe como sua Mulher é importante pra ele), o barbudo tomou o lugar de Mulher na RI. Laura acabou se juntando a tribo dos retornantes. 
  Após esse bando de twists, finalmente vemos as tribos indo para o acampamento. Na Tadhana (a tribo dos entes queridos), Brad (ou Culpepper, como Probst fez questão de chamá-lo carinhosamente) assumiu o papel de líder e foi formar uma aliança com os homens da tribo. Vimos Vytas e Ciera contarem um pouco de suas interessantes histórias de vida. Vytas é um ex-viciado em heroína e já esteve preso por roubar pessoas para conseguir dinheiro e comprar as drogas. Ciera teve duas filhas ainda adolescente, sem que sua mãe, Laura, soubesse da existência deles inicialmente. Foi complicado para ela seguir a vida, mas ela conseguiu completar a escola e criar os filhos. E, claro, tivemos alguns confessionários de John prometendo vingança àqueles desgraçados que eliminaram a sua amanda. Aliás, uma coisa que me incomodou na edição desse episódio foi a insistência em todos falarem dos seus familiares em termos estratégicos. Não que não seja importante de falar sobre os entes queridos, mas a insistência em comentários do tipo "Acho que Monica vai fazer isso" ou "Ciera é boa em quebra-cabeças", quase irrelevantes para a história geral da temporada e que impossibilitaram a exibição de mais possíveis boas cenas de personagens, como a que eu citei anteriormente protagonizada por Ciera e Vytas.
  Na Galang (a tribo de retornantes), vemos a Mulher de Rupert preocupada em se mostrar para os retornantes, mas não convencendo Gervásio entretanto de que é digna de seguir na tribo. Porém, Colton acabou sendo de forma não surpreendente o protagonista do episódio entre os retornantes. Primeiro vimos Monica ponderando se poderia ou não jogar com Colton. A esposa de Culpepper passou boa parte do episódio falando de Colton nos confessionários (outra coisa que me irritou um pouco também). Depois o retornante de One World sentado no fogo e admitindo que foi horrível em sua temporada anterior com as pessoas e que se arrependia disso. De certa forma, foi como rever One World, onde Colton (enquanto esteve na temporada) era o centro das atenções. Curiosamente também vimos Tyson assumindo uma posição de líder da tribo fazendo fogo e sendo bem mais quieto e discreto que em suas duas passagens anteriores (e até demais pro meu gosto, saudades do Tyson que falava e fazia merda). Porém, pelo fato das twists terem ocupado boa parte do episódio e pela preocupação evidente em mostrar a dinâmica da Tadhana, não vimos nenhuma cena onde fica clara a balança do poder entre os retornantes. Gostaria de ver mais em relação a formação de alianças nessa tribo.
  Chegamos a primeira Imunidade da temporada e aí, na minha opinião, no ponto alto do episódio (ao lado do confessionário hilário da matemática de Brad). O desafio, como sempre, tem duas partes: uma mais física e outra com quebra-cabeças. A prova começou e... O show de Gervásio também. Quem viu Borneo sabe: o forte de Mr. Peterson não são os desafios aquáticos, pelo contrário: ele é um péssimo nadador. Pra mim foi um erro de estratégia da Galang essa escolha. Vimos Gervásio quase morto-vivo durante a parte inicial do Desafio, sendo literalmente carregado por Aras em suas costas (by Jeff ProbstTM). Nervosos graças a lerdeza de Gervásio, os retornantes também foram mal remando o barco, provocando inclusive a ira de Colton contra Kat. Ele gritou raivosamente para a sua companheira de temporada calar a boca. Enquanto isso, a Tadhana foi tranquilamente liderando o Desafio até que... As três coroas da Galang viraram o jogo. Tina, Monica e Laura deram show no quebra-cabeças e garantiram a vitória dos retornantes+Mulher do Rupert sobre o trio da Tadhana (Caleb, Ciera e Katie). Com a vitória, Gervásio completou o seu show particular com o que eu como fã de basquete chamo de trash talk: ele começou a provocar o time derrotado falando coisas do tipo: "Na sua cara!". Brad ficou irado e marcou Marissa para eliminação por causa disso.
  A Tadhana foi ao Conselho Tribal e acabamos por ver o inevitável. A edição tentou nos enrolar, botando Katie na berlinda, mas com Brad na liderança da tribo não tinha jeito: a sobrinha de Gervásio acabou sendo eliminada por culpa dele mesmo. Isso tudo me irrita? Sim, eu gostei de Marissa. Além de achá-la linda, ela parecia ser uma boa jogadora, bem tranquila e na dela. Mas o que vimos de Gervase é o que ele mostrou em Borneo: aquele cara que não está aí pra nada e que encara Survivor como uma viagem de férias. Eu acredito que sim, ele foi para a temporada para jogar o jogo de forma séria. Eu, entretanto, não acredito que ele tenha visto todas as temporadas de Survivor antes de ir jogar e não se preparou adequadamente para entender a dinâmica atual do jogo e o que se deve ou não fazer. A experiência que Gervase teve em Borneo não é válida, pois a Pagong não jogou Survivor. Todo mundo daquela tribo (Colleen, Ramona, Greg, Jenna Lewis, Joel, Gretchen) estava em uma viagem de férias. Se ele tivesse se preparado adequadamente, ele saberia que provocar uma tribo adversária com a sua sobrinha é algo que não se deve fazer. Isso era, entretanto, o que eu esperava de Gervásio. A cena dele provocando a Tadhana é tão ridícula e infantil (tanto quanto o seu desempenho aquático na Imunidade) que chega a ser hilária. Gervásio é a mesma figura hilária de Borneo. Que bom (pra mim). Fico triste por Marissa e eu sei que essa não é uma opinião popular, mas eu particularmente não me importo com Gervásio sendo imaturo.
  A sobrinha de Gervásio foi para a RI para se juntar com Rupert e Candice. Tivemos alguns minutos das pessoas da Ilha e eu imediatamente me lembrei que na matéria de Dalton Ross a Sra. Woodcock não estava contente ao ver que Rupert estava no elenco. Com grande expectativa conferi como era a vida dos dois juntos na RI. Assistimos, então, Candice fazer todo o trabalho duro, cuidando da fogueira e abrindo cocos enquanto Rupert passou a maior parte do tempo deitado, sem fazer nada para conservar energia. Em termos de estratégia de preparação de duelo, tenho que admitir que não é nada mal deixar Candice se desgastar cuidando do acampamento enquanto o barbudo conserva energia. Não sei se vai funcionar, mas o desgaste físico e mental de conviver com Rupert pode, de fato, ser a salvação dele nos duelos da RI. Será, hilário, entretanto, que mesmo com essa estratégia, Rupert ser derrotado por duas garotas. Será o fim tragicômico para a trajetória do Sr. Boneham em Survivor.
  Como todo mundo, fiquei animado por ver Survivor em minha tela após longos meses de hiato. Tenho plena consciência que boa parte dessa animação tem a ver com esse período que é o mais longo sem Survivor na TV. Porém eu confesso que eu gostei de parte das twists. Acho que a RI com as novas regras pode funcionar bem nessa temporada. Por mais que eu tenha achado a premiere de média pra fraca, tenho boas expectativas para o que ela pode trazer em termos de qualidade de show. Por vezes premieres medianas resultam em boas temporadas no geral. Para quem ficou irritado com as twists como eu, faça o seguinte: diminua as expectativas. De fato, não é mais Survivor como vimos anteriormente com a RI. Mas esse novo show pode ser divertido de assistir.

Comentários aleatórios:

- A minha cena favorita do episódio foi a matemática de Brad Culpepper tentando (e falhando miseravelmente) explicar como ficaria a dinâmica de alianças da Tadhana. Ele se atrapalhou todo fazendo contas (quanto é cinco mais quatro mesmo?). Muito bom.

Segundo Brad e sua matemática, ele tem nove dedos na mão.


- Quando Colton estava desabafando sobre como as pessoas o viram em One World e começou a chorar, aparece uma cena de Tyson olhando pra ele. Como torci para aparecer alguma cena de Tyson o confortando como ele fez com Coach em H vs V ou algum confessionário hilário (como alguns ótimos que só ele sabe dar) zoando Colton. Quero ver o Tyson babaca de H vs V e Tocantins!
- Totalmente não relacionado a B vs W, mas interessante de qualquer forma: já viram o comercial de soda protagonizado por Boston Rob? Como dito por Cesternino, é um dos vídeos mais "interessantes" protagonizados por um Survivor desde Tighty Whities, com Lisi de Fiji.

 

- Outra coisa que me irritou nesse episódio foi as insistentes e irritantes inserções do tipo: "Eu irei trair o meu ente querido". Eu duvido que isso vá acontecer, a não ser por um motivo do tipo: "Me elimine, posso ser útil a você no Júri". De resto, não acho que veremos traições entre loved ones no jogo.


Primeiras impressões:

Tina - Quanto mais a vejo, mais a amo. Impressionante como ela é simpática e carismática (e acima de tudo, boa jogadora).
Monica - Muito preocupada com Colton, porém pode ir longe.
Laura - Por ora, se falou mais de Ciera do que dela. Mas acho que ela é uma boa personagem subestimada de Samoa, veremos o que ela pode fazer.
Colton - Veio com aquele blabla de redenção, mas... Já gritou com Kat na Imunidade e já vimos no preview do próximo episódio que irá voltar a ser o velho Colton babaca de OW. Grandes chances de ser o primeiro a rodar da Galang.
Mulher do Rupert - A princípio, por ser uma estranha no ninho, estava em risco. Acho que graças ao patético desempenho de Gervásio na Imunidade e a Colton por ser Colton ela deve se salvar por ora. Acho que ela também pode se encaixar bem na aliança das mulheres mais velhas que parece estar se formando nessa tribo.
Gervásio - Se salvou de uma forte possibilidade de eliminação com a vitória da Galang no primeiro Desafio. Mas com o piti de Colton, deve ficar pelo menos mais pouco a salvo (a não ser que ele decida tomar o lugar da sobrinha na RI).
Aras - Pouco apareceu, mas ele em EI foi a figura mais discreta de sua aliança e venceu.
Tyson - Mesmo que em termos de personagem ele não tenha me agradado, acho que Tyson como jogador foi muito bem. Não irritou ninguém, não pegou nenhuma Sierra pra Cristo e até fez fogo para a tribo. Quem diria, Tyson um líder sensato. Acho que esse novo Tyson pode ir longe se continuar assim.
Kat - Só falou que queria vencer Hayden.
Hayden - Exatamente como eu me lembrava dele durante o curtíssimo período que eu o vi no BB 12: bland. Ainda estou esperando ver o jogo social forte. Porém, de fato, ele parece ser um cara discreto, o que é sempre bom e pessoas assim vão longe.
Brad - A nova paixão ardente de Probst teve um bom primeiro episódio. Por ora está em uma posição muito boa na Tadhana (mesmo sendo ruim em matemática) e foi a grande estrela do episódio pelos Novatos. Entretanto confesso que eu o achei meio mala e com uma mentalidade alpha male demais pro meu gosto e ele tem uma vibe muito Russell Hantz. A eliminação futura dele, entretanto, será deliciosa demais de se ver.
Vytas - Uma das surpresas agradáveis do episódio. Embora tenha dito em vários momentos que tem problemas com Aras (eu me pergunto se isso em parte não é estratégia para despistar seus companheiros de tribo) e mesmo com a sua história interessante de vida, Vytas é muito parecido com o irmão em muitas coisas, especialmente em termos de personalidade. É um cara tranquilo e que provavelmente não arranjará problemas com os outros por ser mandão. Pra mim, o grande destaque dessa tribo de novatos ao lado de Marissa. Aliás, gostaria de ver mais sobre essa relação conturbada de Aras e Vytas se possível.
Caleb - Parece ser bem mais racional e calculado que o seu namorado, o que é ótimo. Gostei do confessionário debochando de Brad e sua mentalidade mandona.
Katie - Pouco falou e apareceu. Quero ver mais para ter uma avaliação mais exata.
Ciera - Gostei dela. Também parece ser tranquilona. É uma das apostas de Probst para essa temporada. Por ora, tirando a sua história de vida, ainda não vi nada demais.
Marissa - Uma pena, acho que ela poderia ter sido uma figura interessante da temporada. Foi vítima da estupidez de seu tio.
Candice - Essa foi vítima, pra mim, da sua má reputação em temporadas anteriores. Ser fiel a alianças não é o seu forte. Eu achava que Candice era uma forte candidata a first boot por causa disso.
Rupert - Querendo e sendo o herói, como sempre. Não me surpreendeu nada a ida dele a RI. Mas acho que na Ilha da Redenção, longe do ambiente de estratégia, alianças e enganações ele pode se dar bem. Os fãs atuais do jogo tem essa opinião geral, da qual eu acho errada, que ele é um idiota que só sabe grunhir e urrar. Sim, ele não é um gênio, mas também não é um total imbecil. Não a toa ele esteve em três Júris.
John - Tirando o fato de querer vingança pelo o que fizeram com sua mulher, nada demais.
Rachel - Quem?

Palpites:

Vencedor - Ainda é um bocado complicado prever isso. Acho que há muita gente com boas possibilidades com esse episódio. Cito aqui Tina, Vytas, Ciera e até Monica com boa edição e em minha opinião, com chances razoáveis de vencerem. Mas ao contrário de Caramoan, por exemplo, onde pra mim ficou claro desde o início que Cochran era o maior favorito ao título, aqui em B vs W vale aguardar mais para fazer alguma previsão exata.
Próximo enviado (a) a RI - Pra mim, na Galang a coisa fica entre três nomes: a Mulher do Rupert, por ser uma estranha no ninho e fisicamente mais fraca, Gervásio por causa de sua péssima atuação na Imunidade (porém pode apagar essa má impressão se for bem na próxima Imunidade) e Colton, se voltar a ser o velho Colton. Na Tadhana, a coisa deve sobrar para as mulheres. Particularmente acho que a eliminação será decidida entre Katie e Rachel, mas acho que a filha de Tina, por já ter sido cogitada para eliminação corre mais risco.
Eliminado (a) na RI - Infelizmente, Marissa. Acho que a falta de experiência aqui pesará contra ela.

Torcidas:

  Sem dúvida, torço por Marissa, gostei demais dela. Apesar da cagada na Imunidade, ainda gosto do Gervásio. Mas ele precisa parar de ser um Pagong e jogar Survivor. Tina, por que ela é demais e maravilhosa. Gostei de Vytas também, mas quero ver mais dele para me animar a torcer. A torcida contra é obviamente para o Survivor que eu mais desgosto, Colton.

POWER RANKINGS:

1 - Tina
2 - Monica
3 - Laura
4 - Vytas
5 - Ciera
6 - Tyson
7 - Caleb
8 - Hayden
9 - Brad
10 - Aras
11 - Kat
12 - John
13 - Katie
14 - Rachel
15 - Colton 
16 - Gervásio
17 - Mulher do Rupert
18 - Candice
19 - Rupert
20 - Marissa
          

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Survivor Micronesia: Fans vs. Favorites - Xadrez e Viúvas Negras



   Talvez a temporada mais amada de forma unânime por fãs do Brasil e do mundo inteiro, Micronesia apresentou uma das alianças femininas mais carismáticas e estratégicas da história do show: a Brigada das Viúvas Negras. Nelson Rodrigues, entretanto, já diria: "Toda a unanimidade é burra". Será que este é o caso para Fans vs Favorites?

sábado, 24 de agosto de 2013

Futurologia 6 - Quanto mais idiota, melhor

- Hã, Pronst... Não entendi...

 Quando eu comecei a escrever neste blog sobre Survivor confesso que estava bastante animado para escrever e falar sobre este tema. Depois de ter visto uma temporada épica como H vs V eu queria mais. Antes de Nicarágua acho que eu vi algumas temporadas como Panamá, Cook Islands, Fiji e gostei ainda mais do que vi. E assim foi com boa parte das temporadas antigas, com algumas exceções. Eu pensava comigo: "Esse Survivor é muito legal!". E de fato eu me apaixonei pelo show. Não estaria escrevendo há tanto tempo se não fosse fã do programa, mesmo passando por temporadas as quais não me agradaram. Entretanto a minha decepção foi grande pelo fato de que apenas Philippines das últimas temporadas foi boa para mim. Infelizmente dei o azar de pegar um período de declínio do show. Temporadas com elencos fracos, twists a torto e a direito utilizadas sem um critério cuidadoso fizeram com que a qualidade do programa caísse muito.
  Eu entendo que Survivor já não é mais o hit da parada de sucesso do início dos anos 2000. Sem os índices absurdos de audiência do início, houve a necessidade de se adicionar novas twists para manter o interesse da audiência no programa. É fantástico constatar que um reality show como Survivor sobreviva há 13 anos com 26 temporadas e já estamos discutindo até a possibilidade de uma trigésima daqui a dois anos! Porém acho que deturpar a essência do programa com um número de twists sem fim que deixa todo mundo confuso (não duvido que até os jogadores, especialmente Gervase e Tina) não é a saída para manter as pessoas interessadas no show. Pelo contrário, esta é uma estratégia totalmente burra e sem propósito. O público já tinha odiado a RI em temporadas anteriores e com o sucesso que Philippines fez a audiência havia mandado um recado claro: VOLTEM AO BÁSICO. As twists não haviam sido bem recebidas. Porém Probst, em uma entrevista a Rob Cesternino já dava indicações que voltaria com a RI (clique aqui para ouví-la), elogiando a ideia. Após a audição, dá pra perceber que Probst já tinha intenção de retornar com a Ilha da Redenção. O que mais me incomoda nisso tudo é o fato de Jeff simplesmente com isso dizer: Fodam-se vocês, o show é meu. Depois de todas as reclamações e críticas, ele resolveu insistir e ainda inventar mais idiotices, como a possibilidade de um amado substituir o novo na Ilha. Quando algumas pessoas dizem coisas do tipo "Isto é o fim de Survivor" sempre acho que elas estão exagerando. Acho que finalmente posso concordar. Survivor, o reality show que conhecíamos pode defintivamente ter acabado com Blood vs Water. Sim, o programa continuará no ar, eu continuarei a escrever sobre as temporadas, a audiência continuará a repercutir o show, mesmo reclamando. Mas a essência do jogo morre com esta temporada. A temporada que começará em setembro deverá marcar uma nova era do show, para o bem ou para o mal. Eu fico triste, pois ao ver e rever algumas das temporadas antigas penso que Survivor era um bom show com este modelo. Sangue & Água pode ser uma boa temporada? Sim, mas não será o bom e velho Survivor que aprendemos a apreciar. Será agora a representação dos delírios de Jeff "Il Dulce" Probst e da necessidade por polêmicas e dinheiro de Burnett, Parsons e produção executiva. Perderemos os Desafios de Recompensa, a emoção de uma eliminação, minutos que poderiam ser gastos em desenvolvimento de personagens. Mas ganharemos duelos épicos na RI! Parabéns, Probst. Eu comentei lá na POS (Previously on Survivor, comunidade no Facebook) sobre Probst dizendo que eu achei incrível o fato de falar desse monte de baboseiras como se fossem a coisa mais séria e incrível do mundo. Fiz este desabafo antes de começar o post, pois não quero encher o saco dos leitores ao longo de mais uma temporada com isso o tempo inteiro.
   Falando da temporada em si, além da idiotice abordada no parágrafo anterior teremos algumas outras novidades, tais como o Dia Zero, em que os casais de jogadores irão para diferentes localidades para se prepararem juntos antes do jogo de fato começar. Vejo esta twist reforçando a ideia que a produção quer passar de jogo em dupla, algo que eu também definitivamente não gosto, pois acho que Survivor é um jogo individual. Mas ao menos acredito que pode ser uma novidade interessante em relação a dinâmica do show. Acho que muita gente quer saber como é a preparação das pessoas antes do jogo em si. As tribos serão divididas entre ex-Survivors e loved ones. Acho que as duplas em uma mesma tribo seria péssimo e esta, ao menos, foi uma boa escolha. Na RI, além da volta dos duelos (que parecem que dessa vez serão com três pessoas) teremos a pista para o famigerado Ídolo de Imunidade. Enfim, depois desse verdadeiro compêndio de twists, que eu ainda confesso que são um bocado confusas pra mim, vamos ao que interessa nesta coluna: brinquemos de adivinhar o futuro. Para essa temporada me baseei nas ótimas entrevistas de Dalton Ross da Entertaiment Weekly (cliquem aqui para ler a matéria e ver as entrevistas), bem melhores que as insossas que a CBS dispõe a cada temporada. Falando rapidamente um pouco do cast, diante de tantas e tamanhas cagadas da Chefia, acho que o cast talvez seja a novidade menos ruim. Não sei se fui influenciado pelas entrevistas, mas me surpreendi positivamente com parte do cast, incluindo os loved ones. Outros, porém, não me animaram nem um pouco. Vamos então as previsões. Seguirei o  modelo do texto da EW, analisando as duplas de loved ones. Logo abaixo, os outros textos de Futurologia desde RI:

Futurologia - RI
Futurologia - South Pacific
Futurologia - One World
Futurologia - Philippines
Futurologia - Caramoan

Mãe e filha - Tina e Katie:

Tina Wesson - Sem dúvida uma das vencedoras mais importantes da história do show, Tina retorna depois de uma experiência fracassada em All Stars. De cara digo que a escolha do pessoal old school me agradou muito (com a exceção de Rupert, mas chegaremos lá). Aqui talvez acho que foi uma das poucas reclamações dos fãs que foram ouvidas pela Chefia: retorno de grandes marcas/personagens ao show. O forte de Tina em Australian foi, sem dúvida, o jogo social e acho que isto poderá favorecê-la aqui. Se conseguir se encaixar como a mãe desse grupo, mais ou menos como em Australian, será uma adversária difícil de ser batida. Não sei se os vencedores serão alvo como em AS, mas acho que a sobrevivência nos primeiros Conselhos Tribais será fundamental para ela. Se passar por eles, pode ir longe. Pesa contra ela a idade e é claro o fato de ser uma vencedora.
Katie Collins - Achei ela interessante, mas nada demais. Me pareceu ser uma pessoa centrada e discreta, duas qualidades as quais eu acho importantíssimas para ir bem em Survivor. Provavelmente pode render uma boa jogadora, mas não acho que será uma boa personagem. Pelo fato de não parecer ser uma inepta na parte física do jogo, deve ao menos sobreviver aos primeiros conselhos tribais.

Namorados - Kat e Hayden

Kat Edorsson - A escolha desse casal no sentido de chamar audiência para o show é perfeita. Kat de Survivor e Hayden ex-BB dos EUA. Tanto que antes do anúncio oficial do elenco, Kat e Hayden foram spoileados por Probst um dia antes. Sem dúvida, eles são a grande aposta da produção executiva. Falando de Kat, acho que ela como jogadora deixou muito a desejar em One World. Como personagem foi apenas regular e definitivamente não a levaria de novo para o programa. Colton em seu vídeo falou uma coisa curiosa e que eu acho certa: ela provavelmente tentará jogar como Kim em One World. Mas obviamente, fracassará, pois ela não tem essa personalidade. Acredito que ela pode até conseguir avançar no jogo pelo fato de One World ser a temporada com a maioria de retornantes (três). Vimos como isso deu certo em Caramoan e acho que pode dar certo novamente em B vs W. Pra mim Kat deverá ir até a Fusão para ser eliminada num F6 ou F7, pelo simples fato de apesar de não ser grande coisa como jogadora, ela é leal e isso leva gente longe neste jogo.
Hayden Moss - O BB começa a invadir Survivor. Hayden é o vencedor da décima segunda edição, se juntando ao clube de Tina e Aras. As únicas temporadas do BB americano que eu vi foram a sétima (All-Stars) e a décima segunda. Já falei lá na comunidade Survivor Downloads algumas vezes que eu definitivamente não sou mais fã desse formato de reality show com pessoas confinadas em uma casa sem fazer nada. Apesar de achar o formato do BB americano bem mais interessante que o brasileiro, não vi as temporadas completamente pois realmente BB não dá mais pra mim. Pelo pouco que eu me lembro do Hayden nesse BB, achei ele nada demais. Na entrevista, porém, pareceu ser um cara bastante animado com a possibilidade de participar do show. Ressaltou muito a qualidade de seu jogo social e sem dúvida isso será importante. Acho que pelo fato de ser um alpha male, deverá ao menos durar um bocado na tribo dos loved ones. Será, entretanto, um grande alvo na Fusão.

Mãe e filha - Laura e Ciera

Laura Morett - Mais uma mãe, porém, com um perfil diferente de Tina. Em Samoa, Laura era a comandante em chefe ao lado de Russell Swan da vitoriosa Galu. Ela foi uma das vítimas de Russell e seus Ídolos de Imunidade. Assim como Tina, dependerá dos primeiros três dias, com o arranjo de alianças para sobreviver pois acredito que ela não tenha laços prévios com ninguém desse elenco. Por outro lado, ela parece estar mais inteira fisicamente do que Tina. Acho que será mais difícil de alguém dizer "Vamos eliminar essa velha porque ela não aguenta o tranco". Acredito que ela terá muitas dificuldades para seguir em uma aliança a longo prazo. Aposto que ela será eliminada um pouco antes da Fusão.
Ciera Eastin - Problema! Ela chorou na entrevista do Dalton Ross já reclamando que sentia falta da família antes do jogo! Ciera pra mim será um dos dois arquétipos de Survivor: da mulher que morrerá de saudades da família, não aguentará o tranco e pedirá o boné em poucos dias ou vai ser aquela mulher que ficará no dilema manjado dos valores morais versus o jogo de Survivor. Fora o fato de que com esse comportamento ela será certamente visada para eliminação. Alguém pode discutir isso dizendo que aquilo foi só na hora da entrevista e eu até posso concordar. Mas acho que isso também revela muita coisa.

Tio e sobrinha - Gervase e Marissa

Gervase Peterson - Desde All Stars, os participantes da primeira edição do show não retornam ao programa. Eu diria que de todas as idiotices que os produtores jogaram na cara da audiência, o retorno de Gervase foi o que me deixou mais feliz. Eu acho que ele é um dos jogadores mais subestimados de Borneo. Ele tinha um fantástico jogo social e se a Pagong não estivesse no lado perdedor da história, ele poderia ir mais longe do que foi. Além disso, ele era um personagem fantástico, daqueles que a gente não vê mais em Survivor. Quem não se lembra de Borneo ou quem viu e acha que a temporada é insignificante e que é um saco por causa da edição lenta discute a participação do cara lá. Eu respondo dizendo que ele era uma das estrelas da temporada e talvez um dos personagens mais reconhecidos de Borneo. E quem não acredita no poder de jogo social que Gervase tem, em dois dos vídeos ele é citado como um cara legal por Rupert e Tina. Ele será a minha torcida para a temporada, sem dúvida. Acho que ele vai longe, porém não ganha, infelizmente.
Marissa Peterson - Confesso que apesar de querer gostar de Marissa acho que ela pouco. Não acho que ela irá se encaixar bem com o grupo da sua tribo e em um dos vídeos (o da Candice ou de Rupert) inclusive se fala de Marissa reclamar de estar na natureza. Grande chance dela ser uma das primeiras eliminadas de sua tribo.

Namorados - Colton e Caleb

Colton Cumbie - Ah, Colton... Não serei hipócrita aqui e direi que definitivamente não gostaria revê-lo em minha TV... Mas era de se imaginar que ele retornaria, ele foi uma das grandes figuras de One World. A Chefia resolveu esperar a poeira baixar para voltar com ele. Enfim, todos sabem que definitivamente ele é o Survivor que eu menos gosto, então vamos ao jogo. Acho que ele terá problemas se voltar a ser agressivo como foi em OW, ainda mais num elenco com cobras criadas como Tina, Aras e até ,mesmo Gervase, Laura e Tyson em menor grau. Acho que ele precisará solidificar uma aliança dos OW e tentar agir a partir daí, mas precisa ser bem mais discreto. Não sei se ele conseguirá, mas em entrevistas ele vem tentando apagar a imagem de OW. Para Colton, essa será uma temporada de redenção.
Caleb Bankston - Ele parece ter uma química com Colton, mas mostrou pouco na entrevista. Parece ser, entretanto, mais sério e menos pretensioso que seu parceiro. Eu não duvido que Caleb terminará ao fim do jogo na frente do namorado Survivor.

Casados - Monica e Brad

Monica Culpepper - Ela foi uma personagem bastante irrelevante em One World. Foi eliminada por Colton um pouco antes da Fusão e fora os peitos e fato de Tarzan se esquecer do nome dela a cada cinco segundos (relembre aqui) Monica foi bastante irrelevante. Acredito que por isso ela pode ir longe dessa vez, pois jogadores como Rupert, Tina, Tyson e até mesmo Aras estarão com alvos maiores inicialmente.
Brad Culpepper - O sonho molhado de Probst além do casal Survivor/Big Brother era trazer Brad juntamente com Monica. Sei lá porquê Jeff adora o cara e queria vê-lo no show. Finalmente ele está em Survivor e eu gostei dele, surpreendentemente. Achei que ele tem um bom potencial para personagem e embora um pouco confusa, a tese dele dizendo que caras como Cochran são a ameaça é razoavelmente interessante. Mas me parece ser um bocado convencido demais pro meu gosto (inclusive fisicamente ele me lembra um pouco o Russell). Se chegar a Fusão, deve ser um dos primeiros alvos. Poderá ser um dos beneficiados com a volta da RI, assim como todas as ameaças físicas.

Casados - Rupert e Laura

Rupert Boneham - RRRRRRRR! Ele está de volta... Pela quarta vez, Rupert irá encher o saco de muitos (Candice já reclamou dele em sua entrevista). Eu defintivamente não o odeio como a maioria atualmente, mas de fato entendo as pessoas que não o aguentam mais. De fato, todos sabemos que ele será um personagem irritante, mas não há como negar o fato que ele é mais competente estrategicamente do que muitos acham. Três Júris nas três vezes nas quais ele jogou falam por si. Mas acho que ele tem um grande problema com esse elenco: muitos jogadores jovens e os poucos old school que estão neste elenco não são muito próximos dele (talvez Gervase, mas ele é apenas um). Problemas para o pirata e...
Laura Boneham - ...para Laura também. Me parece que o jogo social não é o forte dela e acho que pelo fato de Rupert ser o seu marido, deve virar um alvo imediato. Não demonstrou também ser um personagem interessante, mas será legal vê-la longe da sombra de Rupert na outra tribo.

Irmãos - Aras e Vytas

Aras Baskauskas - Confesso que Aras ganhou o meu respeito após reassistir Survivor Exile Island. O fato dele ter conseguido sobreviver a uma instável Casaya fez com que ele ganhasse muitos créditos. Acho que ele é um jogador perigosíssimo pois ele não é um alpha male mandão e tradicional, ninguém se lembra muito dele em Panamá (Cirie, Terry e Shane são as estrelas) e fisicamente ele será importante para a tribo dos retornantes. Conta contra ele o fato dele ter sido um vencedor, mas não acho que estaremos em Survivor All Stars onde os vencedores serão alvo. Dependendo da aliança, Aras pode ir bem longe no jogo, mas acho que ele para antes do F3.
Vytas Baskauskas - Acho que de todas as duplas de loved ones, Aras e Vytas aparentam ser os mais parecidos principalmente em termos de personalidade. Vytas parece ser um cara mais na dele, como Aras e que definitivamente também não será um alvo imediato.

Casados - Candice e John

Candice Woodcock Garcia Cody - Sem dúvida a escolha mais WTF desse elenco. Pode-se falar de Monica, mas ela foi escolhida por causa do marido. Candice ficou famosa pelo Motim e por se atracar com Adam em Cook Islands e só. Ela não é um personagem que eu acho interessante e tampouco é uma jogadora fantástica (basta ver suas outras temporadas para comprovar). Dificil dizer se ela irá durar, vejo ela como a maior incógnita desse elenco de retornantes. O que me chamou a atenção ao ver o seu vídeo foi a ojeriza dela a Rupert. Não a vejo se aliando a ele.
Billy Garcia John Cody - Engraçado que de personalidade ele me lembra um pouco o Adam (Cook Islands): alpha male que parece ser melhor no jogo social que aparenta, mas como personagem...

Namorados - Tyson e Rachel

Tyson Apostol - Há duas maneiras de se enxergar Tyson. Uma delas é uma abordagem mais séria é o fato ele parece sempre ser um babaca convencido, arrogante e pronto para sair em algum blindside épico. Outro jeito é encará-lo como personagem bizarro e engraçado, que sempre deixa o jogo de uma maneira ainda mais hilária. Eu encaro Tyson do segundo jeito: de fato, como jogador ele é um bocado fraco, embora fisicamente seja um grande atleta. Vale lembrar que Tyson é um ciclista e acho que além de Boston Rob, o começo das derrotas dos Villains nos desafios foi quando ele saiu. Seu jogo social não é lá grande coisa, mas também não é terrível. Nos vídeos ele aparece conversando bastante com Tina, por exemplo. Como personagem, um dos melhores de sua temporada e sem dúvida, o melhor confessionarista dos retornantes.
Rachel Foulger - Gostei dela, embora tenha falado pouco no vídeo. Parece ser mais esperta que o namorado em termos de jogo e parece que não terá problemas com a parte física do jogo.

Dinâmica de alianças:

RETORNANTES:

1- Tina/Aras/Tyson/Gervase;
2- Colton/Kat/Monica;
3- Candice?
4- Rupert?

  Analisando esse elenco de retornantes juntos, de cara duas figuras não se encaixam: Candice e Rupert. Candice pelo fato de ser um elemento estranho nesse elenco. Apesar de ter jogado H vs V não me parece ser próxima a ninguém fora do jogo e não tem nenhuma ligação ou fator em comum com os outros jogadores dessa tribo. Já Rupert, pelo fato de ser uma superestrela, milionário e não ter laços com ninguém dessa tribo além de Tina e Gervase. Não me surpreenderei, porém, se Rupert se juntar ao grupo 1. Acho que o grupo de One World pelo fato de estar em maioria em relação a outras temporadas e depois do que foi visto em Caramoan (com os retornantes de RI e SP se juntando para dominar o jogo) pode estar em risco, a não ser que consigam duas pessoas do grupo 1 e eventualmente Candice para obter a maioria. Mas acredito que o grupo 1 dominará os votos durante os primeiros CT's.

LOVED ONES:

1- Hayden/Brad/John/Rachel;
2- Ciera/Katie/Laura;
3- Vytas?
4- Marissa?
5- Caleb?

  Aqui eu segui mais a lógica. Acho que os alpha males dessa tribo vão se unir de início por causa dos desafios. Botei Rachel pelo fato dela namorar com Tyson e não parecer que irá se juntar ao grupo das casadas (grupo 2) e tampouco se isolar com outros grupos ou sozinha. O grupo 2 é composto pelas mulheres mais velhas e casadas que em geral tendem a se unir em Survivor. A tarefa delas será trazer quem eu penso que são os flutuantes dessa tribo. Vytas, pelo fato de não me parecer um alpha male do tipo do grupo 1 e tampouco ser relacionável com as mulheres casadas, Marissa e Caleb pelo fato de não se encaixarem em nenhum dos grupos majoritários. Marissa parece estar em risco pois em um dos vídeos alguém nota que Marissa parece estar assustada com tudo. Acho que Caleb talvez se junte ao grupo 2. Porém o grupo 1 deve predominar no início pela falta de experiência desta tribo em relação a dos retornantes.

Nesse ano, devido ao elevado número de twists inseridas, eu prefiro não fazer palpites pelo simples fato de ainda não saber como elas modificarão o jogo. Aguardemos o dia 18 e espero que ao menos tenhamos uma temporada divertida.