sábado, 30 de março de 2013

O que Survivor pode aprender com o The Amazing Race

E no placar dos Emmys: TAR 9, Survivor 0.
  Nesta semana quero tentar uma experiência, falar de um tema batido de forma diferente. O episódio dessa semana foi bem fraquinho e acho que vou acabar me repetindo com algumas coisas que eu já falei no orkut e em posts aqui do blog sobre essa temporada de Survivor. Já apontei alguns dos problemas que eu venho observando nas temporadas atuais (pós-RI, exceto Philippines) e agora lanço a pergunta: o que Survivor pode aprender com o seu irmão de emissora, The Amazing Race? O que o programa comandado por Jeff Probst pode usar de modelo a partir do show comandado por Jerry Bruckheimer (um dos caras principais por trás de CSI), Elise Doganieri e outros? 
  Pra começo de conversa, essa pergunta parece ser descabida. Consultando a velha fonte dos ignorantes como eu, a Wikipédia, vi que Survivor até hoje nunca foi batido pelo TAR na audiência. Enquanto o TAR no máximo atingiu 13,05 milhões de espectadores em média em sua sétima edição (curiosamente uma na qual dois ex-Survivors foram as grandes estrelas da temporada), Survivor já chegou ao extraordinário número de 29,80 milhões de espectadores em sua segunda edição. Como Jerri e Tina já disseram em alguns podcasts que eu ouvi, The Australian Outback bateu Friends na audiência e foi o show número 1 nos EUA no início dos anos 2000. Comparando os dois índices das duas últimas temporadas não All-Stars, Samoa atingiu um público médio de 12,34 milhões de espectadores contra 11,13 milhões do TAR 19 (que também curiosamente contou com um casal de Survivors). 
  Nas premiações, porém, o TAR ganha em relação ao Survivor. No Emmy, The Amazing Race faturou 13 prêmios (desses 9 como o melhor programa) contra apenas oito vencidos por Survivor (curiosamente quatro dos últimos cinco prêmios ganhos no período de 2008 a 2012 foram faturados por Jeff Probst). Dado entre parênteses curioso, mostrando o quão Jeff Probst virou a grande estrela do show em detrimento dos participantes para os especialistas da academia. Da mesma forma que para os mesmos especialistas, o TAR é um programa de boa qualidade, possuindo um conteúdo superior a todos os reality shows.
  Minha pretensão aqui com esta coluna, esclarecendo desde já, não é fazer comparações entre Survivor e The Amazing Race. Acho que são dois realities com propostas diferentes e igualmente bons em suas execuções. Acho que o Amazing Race é a melhor ideia já pensada para o reality show, mas não o acho necessariamente melhor que o Survivor. Tem coisas que eu amo no TAR (a ideia de uma gincana ao redor do mundo) e tem coisas que eu gosto em Survivor (a interação social entre diversas personalidades). Porém eu observo algumas coisas do TAR que me fazem pensar que poderiam ser adotadas em Survivor. Não é a toa que ele é um programa bem aceito pela crítica. E parando pra pensar, fazendo um balanço geral, as últimas seis temporadas do TAR foram melhores que as últimas seis de Survivor (pra mim). Listo aqui, então, o que a produção executiva de Survivor poderia aprender o The Amazing Race:

1 - Respeite mais as suas tradições: Quando digo isso, é saber equilibrar os aspectos de modernidade do seu programa com os aspectos antigos. É manter coisas que deram certo ao longo dos anos, mas também acrescentar boas novidades. E na maior parte das temporadas, o TAR soube fazer isso melhor que Survivor. Até hoje o TAR tem a sua abertura mostrando o nome dos participantes, por exemplo, ao passo que Survivor não exibe a abertura completa sempre, infelizmente. É também fazer boas twists que não interfiram profundamente na essência do programa. Sim, o TAR fez isso uma vez (com o infeliz TAR 8), mas a insistência de Survivor com RI's, Medalhões do Poder, retornantes, Hantzs...
2 - Não deixe o seu apresentador virar dono do programa: Sim, Phil pode não ter levado tantos prêmios quanto Probst (nenhum individual na verdade), mas ele não interfere decisivamente no jogo. Ele até pode conversar com os produtores executivos, mas vemos que no TAR Phil é só um bom apresentador, ao contrário de Probst, que me parece que a cada edição vem acumulando mais e mais poder. O recado claro que a crítica vem dando a Survivor é: seu apresentador vem aparecendo mais que o programa nos últimos anos. Survivor precisa voltar a ser protagonista.
3 - Faça uma edição bem distribuída: Nisso, na minha opinião, o TAR dá uma surra de cinta em Survivor atualmente. Sim, é claro que a produção tem os seus favoritos (Dave e Connor nessa temporada, até encheram um pouco o saco). Mas dentro da proposta do programa, nós entendemos perfeitamente quem é quem no show e o porquê de cada time ter o desempenho que tem.
4 - Mesmo chamando subcelebridades para o seu reality show, tenha cuidado com a seleção de seu elenco: Sim, Survivor fez isso bem em Philippines (Lisa e Jeff Kent não comprometeram a temporada). Mas nas outras temporadas com sobrinho de Russell, treinadores e ex-jogadores de futebol americano, dentre outros, a coisa não foi bem. O TAR também chama subcelebridades (ex-Survivors e BB´s, malas que fazem sucesso no Youtube, etc.), mas as mesmas não comprometem por que a seleção das duplas dentro dos padrões arquetípicos do programa ao redor dessas estrelas é mais bem feita. A integração das pessoas comuns com as estrelas é mais competente em parte pela qualidade dos participantes e também em parte pela boa edição. No TAR 20, por exemplo, Mike e Bopper foram tão importantes quanto Brandon e Rachel (ex-BB's).
5 - Não desgaste as suas estrelas: Sabem quantas temporadas Survivor teve com retornantes? Sete. E com 22 temporadas, o TAR só teve duas temporadas com retornantes! E detalhe: não houve mistura com novatos! E não tivemos duplas que voltaram mais de duas vezes. O TAR não desgasta as suas estrelas de forma desnecessária. Sim, adoraria ver duplas como Ken e Gerard (TAR 3), Frank e Marguerita (TAR 1), Azaria e Handekea (TAR 12), dentre outras, mas eles não voltam todas as temporadas. Quando o TAR tiver uma temporada com retornantes, ela vai ser especial, como foram as duas que aconteceram até hoje. O TAR entende que não é preciso só ter retornantes ou subcelebridades para salvar a sua audiência, e sim também um bom show. 

  Eu não acho o TAR perfeito. Não gostei da última temporada e acho que o TAR vem tendo os seus problemas, mas isso é tema pra outro post. Mas acho que com essas simples cinco dicas Survivor poderia virar um show bem melhor e mais interessante. Espero que a temporada anterior seja a referência de como Survivor deve ser daqui pra frente. Tenho medo que a recepção do público pós-Fusão possa iludir os produtores e que todos esqueçam que metade da temporada atual de Survivor, com alguns poucos bons momentos, foi jogada no lixo. E pelo que eu vejo, não tenho esperança por essa temporada. E mesmo com a audiência menor que a de Survivor, a audiência do TAR se mantém fiel, sem grandes quedas desde seu início, tanto que eu vejo mais inserções de marcas famosas no TAR (carros dados pela Ford na última edição, por exemplo) que em Survivor (Outback já não pinta desde HvsV). Sejam humildes, Probst e Cia., e aprendam um pouquinho com os seus colegas de emissora.

Cenário pré-Fusão:

  Bom, eu acredito em apenas dois possíveis cenários de aliança para essa Fusão: um óbvio e chato e um outro inesperado e um pouco mais interessante. Começando pelo óbvio, em ordem decrescente de poder:

1 - Cochran/Dawn/Philip/Andrea;
2- Malcolm/Corinne;
3- Erik/Brenda;
4- Michael/Sherri;
5- Reynold/Eddie.

  Digo que esse cenário de alianças é o mais óbvio, pois honestamente não acredito no que a edição nos mostrou nesse episódio sobre a possibilidade da aliança dos alpha males encabeçada por Malcolm. Na história de Survivor, esse tipo de aliança nunca durou muito e sempre se deu mal. Acho até que essa aliança pode render bons frutos para Malcolm no futuro, mas numa eventual Final com Reynold e Eddie e num Júri com Veteranos em maioria, ele pode ser visto como traidor. Acredito que ele pode ter levantado essa bola da aliança de alpha males para ficar bem com Reynold e Eddie no Júri. Pelo o que eu vejo no show hoje, não consigo imaginar nada de diferente a não ser os Novatos indo um a um direto para o Júri. Acho que a possibilidade de mudança nesse cenário será de uma traição envolvendo os Veteranos, com as alianças 2 e 3 se unindo e  pegando algum membro da aliança 1 para obter a maioria. Aqui acho talvez Michael seja usado devido a sua amizade com Corinne para que os as alianças 2 e 3 tenham a maioria, derrubando a aliança 1, para depois ser eliminado. Mas não vejo esperança de mudança envolvendo os Novatos aqui. Mas acho que pelo fato dos Veteranos estarem preocupados em manter as suas boas posições por ora (a maior parte deles está jogando melhor que em sua temporada original), podemos ter esse cenário sem mudanças até a Final, o que seria péssimo para uma temporada decepcionante até agora.
  Podemos ter um segundo cenário, porém, um mais interessante (aqui sem ordem de poder definida) com a seguinte disposição de alianças:

- Malcolm/Reynold/Eddie/Erik;
- Corinne/Michael;
- Sherri?
Cochran/Dawn/Philip/Andrea;
- Brenda?
          
  Se o que Malcolm falou sobre a aliança dos alpha males for confirmado, acho que os votos decisivos aqui serão os de Sherri, Brenda e Corinne/Michael. Acho que esses três tem mais a ganhar votando contra a aliança RI/SP. Se os Novatos conseguirem se unir se mantendo nessa nova aliança (alpha males+Corinne/Michael+Sherri+Brenda), com o Ídolo de Reynold eles podem derrubar até os Veteranos, fazendo o que me parece impossível nesse momento. Esse seria um cenário pós-Fusão dos sonhos. Mas como me parece que Reynold e Sherri viraram inimigos mortais, acho pouco provável disso ocorrer, com a velha rodando junto com Brenda. Acho que nesse cenário me parece que os alpha males podem ir mais longe se conseguirem controlar essa situação. Aqui eu digo que eu não acredito que Malcolm vá mudar de lado devido ao fato desse provável cenário ser arriscado demais para o retornante de Philippines. De uma forma ou de outra, para o Júri, Malcolm vai ser o responsável pelas traições e por eventuais quedas de alianças. Acho que num Júri com Favoritos em maioria ele corre o risco de não vencer. Malcolm é o tipo de jogador que não assume um risco grande que esse cenário proporciona. Mas se ele assumir, acho que a temporada ganha demais com isso, principalmente em termos de imprevisibilidade.

POWER RANKINGS:

12 - Eddie Fox
Sem Ídolo, a princípio é o que corre mais risco.
11 - Reynold Toepfer
Pode se salvar graças ao Ídolo, mas pode se ferrar e ser eliminado graças a ele também. Fez mais um idiotice ao contar a Malcolm que estava com o amuleto. Se nome do jogo fosse "Caça ao Tesouro" ou "Como falar bem de si mesmo", Reynold ganharia. Infelizmente pra ele, é Survivor, e nesse jogo ele é muito ruim.
10 - Sherri Biethman
Ponho ela atrás de Michael pelo fato dela demonstrar ser muito agressiva em seu discurso e atitudes. Não me parece que ela seja competente para fazer algum(ns) Veteranos a mudarem de lado e jogarem com ela. A insistência com Shamar está cobrando o seu preço.
9 - Michael Snow
O grande vencedor do último episódio. Conseguiu se salvar de uma eliminação que me parecia certa e se deu bem com o erro dos Veteranos ao manter o amigo de Corinne em detrimento a uma apática Julia. Dos quatros Novatos restantes é o que pode fazer algum estrago.
8 - Corinne Kaplan
Lembram de como eu falei que ela vinha jogando bem na semana passada? Começou a cometer alguns erros graves, como falar sobre a sua amizade com Michael (ainda no episódio anterior) e verbalizar e intensificar o seu desgaste com Philip e consequentemente chamando negativamente a atenção para os outros membros da aliança. Como personagem ela é interessante, pois ela é instável e pode causar problemas. Mas como jogadora caiu muito com este último episódio. E na boa, os confessionários dela começaram a me irritar.
7 - "Cheerleader" Brenda Lowe
Ao menos Brenda mostrou os seus dotes como profissional na Recompensa. A dancinha dela e o que ela falou durante esse desafio foi engraçado. Depois ela voltou a sua insignificância, ao menos nessa temporada. Lanço uma provocação aqui que pode ser respondida nos comentários: o que Brenda fez de relevante (como personagem e não como jogadora) em Nicarágua? Honestamente não me lembro de nada dela a não da musa se gabar como ela era uma grande estrategista nos confessionários da temporada 21.
6 - Erik Reichenbach
Voltou a zona invisível, sem confessionários nesse episódio. Só apareceu como possível integrante na aliança dos alpha males. Acho que ele deveria considerar essa proposta, ele pode ser dar bem nesse possível cenário, mais do que no cenário atual.
5 - Andrea Boekle
Se a Andrea do início da temporada dar as caras nessa Fusão, ela corre sério risco de ser eliminada mais cedo do que ela imagina, no início da Fusão. Acho que ela pode ir longe com o cenário atual, até ir para a Final, mas não vejo mais ela vencendo.
4 - Dawn Meehan
Forma a dupla mais forte da temporada em termos de jogo ao lado de Cochran. Tanto que eu não consigo imaginar um sem o outro em um eventual F3. Apesar do chororô, vem sendo mais agressiva e firme como jogadora nessa temporada. 
3 - Philip Sheppard
Jogando um jogo de finalista. Eu ri um pouco com algumas das coisas que ele fez, mas a edição está usando ele demais, desgastando-o. A insistência de mostrar um stand up protagonizado pelo Specialist ao invés de mostrar coisas outros Survivors convivendo é um dos principais problemas dessa temporada. Isso, porém, me parece não ser só um problema dele. Corinne e Cochran as vezes me parecem ser duas personagens artificiais, querendo mais atuar para as câmeras que qualquer coisa. Problemas de seleção de elenco do Survivor atual. Tema para um post no futuro. Mas quando quis dizer que Philip não é o único culpado pelos problemas nessa temporada foi isso: essa tribo de Veteranos é composta por personagens muito artificiais e ainda mais artificiais (aqui incluo Philip também nessa temporada) nesse retorno.
2 - Malcolm Freeberg
Está em uma posição limite: continuar ou não entre os seis da Stealth For Us? Como falei no post anterior, é a única pessoa que tem a capacidade de mudar a cara dessa temporada. Jogando com os Novatos alpha males, guardadas as devidas proporções, ele pode ser a Parvati dessa temporada. Em FvsF 1, Parvati fez algo parecido com Cirie e Amanda, se juntando com as Fãs Natalie e Alexis para formar a aliança feminina que dominou o pós-Fusão de Micro.
1 - John Cochran
Vale o que escrevi durante todos os Power Rankings até agora sobre ele e não há porque mudar meu discurso aqui ainda.

domingo, 24 de março de 2013

O jogo recomeçou

Brenda nessa temporada? Só em fotos aleatórias como essa...
 
  Após o evento infeliz da semana passada, o programa de quinta categoria de semana passada deu lugar a volta do jogo Survivor. Vimos um episódio com mais foco na estratégia e uma edição mais bem distribuída do que todos os anteriores (exceto a première). Fica a pergunta, porém: isso resulta numa boa temporada?
  Ao menos achei que a edição desse episódio foi muito melhor do que a dos quatro últimos. Quase todo mundo teve voz (até Brenda falou um pouquinho na twist) e o quadro está bem claro: os Veteranos tem o jogo na mão. Além de serem fracos como tribos nos Desafios, já que a twist nesse formato que acabou "convenientemente" acontecendo com quatro Veteranos e três Novatos em cada tribo, os Novatos acabaram ficando enfraquecidos em relação a números e como unidade de alianças. Na nova Gota, por exemplo, Reynold e Eddie imediatamente entregaram o jogo do que estava acontecendo na tribo dos Novatos para Malcolm e Eric, assim como Sherri para Andrea. Já seria difícil manter os Novatos intactos como aliança unidos contra os Veteranos. Com divisões, então... Me parece que, a não ser algo muito maluco aconteça, os Novatos sejam eliminados um a um.
  E como se já não bastasse, a twist gerou uma dicotomia entre tribos bastante comum (e manjada) em algumas temporadas anteriores: uma tribo muito mais forte contra uma tribo bem mais fraca. Os músculos acabaram ficando com a Gota, que venceu com tranquilidade o desafio de H vs V reeditado, para a alegria de James e Stephenie. Definitivamente não há muita coisa a se falar sobre a nova formação da tribo laranja, a não ser uma coisa: Eles devem ganhar todos os desafios até a Fusão (que eu espero que seja com 12). De resto, nada de muito relevante, a não ser um bom confessionário de Eric sobre Reynold e o que eu já falei acima. Já a tribo roxa acabou ficando com os jogadores mais fracos fisicamente e deve ser a que mais irá ao CT.
  Sem dúvida a grande estrela do episódio foi Corinne. Ela dominou com bons confessionários (aquele comparando Philip com o bebê com diarreía no avião é muito bom) e foi a que mais vocalizou sua insatisfação com o Specialist. Ela é uma excelente personagem e como jogadora vem muito bem. Ela reclamou de Philip nos confessionários mas deixou bem claro que não iria externar a sua birra com ele e Corinne afirmou que apesar de tudo isso Philip é um cara leal. Ela vem, por ora, jogando de maneira esperta e se conseguir se manter com o temperamento sob controle, pode ir longe. Sobre Philip, aliás, acho que o agente secreto vem jogando um ótimo jogo de finalista. Ninguém o leva a sério, ele fala um bando de besteiras e também comete muitos erros como jogador. O mais incrível é que ele faz bons movimentos as vezes e logo em seguida ele faz uma besteira. Nesse episódio, por exemplo, ele fez uma aliança com Julia. Ótimo. Isso garantiria mais um voto a disposição ao longo do jogo a sua disposição. Mas ele faz a burrada de no momento seguinte contar isso à Corinne. Acho que a única esperança que Philip tem de ganhar esse jogo é que os finalistas que irão com ele consigam ser mais odiados que ele, o que é bem difícil a essa altura. 
  O tão falado conflito das previews do episódio entre Corinne e Philip acabou de fato ocorrendo entre Michael/Matt vs Julia. Esta, que por sua vez, finalmente teve um confessionário e tempo em cena! Em tese, o movimento dela de investir em Dawn faz sentido. De longe a senhora loira é o membro aparentemente mais fraco dessa tribo. Mas ela mostrou que definitivamente não entende nada de Survivor. Ela devia ter lutado pra se salvar, tentado ser relevante para a tribo e alinhavar um bom jogo social. Mas ela acabou sendo salva do voto em parte por isso. Enquanto a piloto de corrida foi se isolar do resto da tribo, Matt fez tudo o que um bom jogador de Survivor deve fazer em uma situação como essa do jogo. Puxou o saco de Philip, jurou pra todos os Veteranos que não estava com o Ídolo, se socializou com a galera... Mas de nada adiantou. O que definitivamente comprometeu a permanência de Matt foram exatamente os fatores os quais eu citei acima. Sim, acredito que em parte deve-se levar em consideração o que Cochran falou em seu confessionário. Mas como Mario Lanza disse em um dos seus comentários sobre All Stars, cada vez fica mais claro que é melhor o Survivor que passa despercebido. Aquele não irrita ninguém, mas que também não é tão legal com ninguém. Aquele não parece ser nada demais, nem bom, nem ruim. Nesse sentido acho que Brenda e Eric poderiam ter alguma chance de ganhar, se não fosse pela edição (?!?%?) que os dois vêm tendo. No final das contas, Matt acabou sendo eliminado pelo fato de formar um duo de votos com Michael, mas acredito que também a eliminação do barbudo teve a ver com isso tudo que eu citei acima. 
  Voltando a pergunta do primeiro parágrafo, tivemos um episódio bom. Mas acho que por ora o balanço da temporada é negativo. Não que ela venha sendo uma merda como RI, South Pacific e One World, por exemplo, mas também não empolga. Em parte acho que isso tem a ver com a falta de desenvolvimento de personagens. Tirando Shamar e Reynold (e Laura para muitos, não pra mim), não tivemos um personagem relevante e interessante. Sim, eles são pessoas bastante interessadas em jogar um bom jogo. Mas a primeira versão de FvsF conseguiu misturar isso de uma forma mais competente. Tivemos Tracy e Jaison. Eric e Natalie. Bons personagens junto com bons jogadores (embora eu também não ache a seleção de Fãs original um primor). E mesmo os Veteranos vem sofrendo com uma edição ruim. Não sabemos qual é a de Brenda e Eric, por exemplo. Sim, eu gosto de Philip, mas é um saco ver que ele tem concentrado boa parte da edição da temporada junto com Brandon. Foram três episódios da temporada gastos com aquela babaquice que vimos no episódio passado. Eu até gosto da temporada pois tem alguns bons momentos com  movimentos estratégicos interessantes (eliminação de Francesca, a eliminação de Matt nesse episódio me surpreendeu, achei que Julia seria a eliminada, nisso a edição conduziu bem o episódio). Mas seria legal se nós nos importássemos com os personagens. Amando ou odiando. E acho que com a seleção "aleatória" das tribos na twist, acho que teremos um Pagonging previsível dos Novatos. E mais: não vejo em Eric e Brenda margem de manobra (ao menos pelo que vemos nessa temporada) de mudarem alguma coisa. Corre-se o risco da temporada ter alguma emoção em termos estratégicos só no F6. Podemos ter mais uma temporada sem grandes mudanças até o Final, como Jerri levantou no programa AfterBuzz. Não sou um dos que acha que tudo está uma merda, mas com os Veteranos sendo ajudados com tudo (experiência, ajudas da produção), a coisa pode piorar. Tomara que a Fusão e alguma jogada maluca com os Ídolos venha a calar a minha boca mais uma vez. Ao menos o jogo estratégico de Survivor recomeçou.

Comentários aleatórios:

- O comentário sobre Julia de Corinne foi ótimo: "Julia é chata". Recado claro da edição para fãs que querem vê-la falando mais. 
- Gostei do comentário de Eric descrevendo Reynold como um vendedor de carros. Gostaria de ver mais confessionários dele. Tomara que agora, com menos gente, ele fale mais.
- Andrea deu uma de Shambo e sonhou que Malcolm estava com o Ídolo. Mas que lugar bizarro pra guardar Ídolos, cara... Na bandana? 

POWER RANKINGS:

  Novatos na merda, Veteranos no domínio.

13 - Michael Snow  
O gay de Corinne está em sério risco. É visível que ele é um bom jogador, ele está sem números e isolado numa tribo contra jogadores veteranos. Por tudo que eu falei acima sobre Matt, Michael deve ser a bola da vez para o próximo episódio.
12 - Eddie Fox
Acredito que a Fusão será com 12 pessoas. Nesse cenário Eddie corre sério risco, pois ele é alpha male e está sem números. 
11 - Reynold Toepfer
A mesma coisa que eu falei acima para Eddie vale para Reynold, exceto pelo Ídolo. Eu não duvido que ele será eliminado com o Ídolo no bolso logo no início da Fusão ou o mais provável, sem o amuleto, depois de Eddie.
10 - Sherri Biethman
Muito agressiva, demais para o seu próprio bem.
9 - Julia Landauer
Pra mim será a última Novata restante. Ela passa despercebida e vem fazendo um jogo UTR, o que lhe garantirá alguma sobrevida.
8 - "Onde Está em Caramoan" Brenda Lowe?
Além de ser uma candidata a bater o recorde de menos confessionários, ela poderia aproveitar a chance de ter três favoritos a sua disposição, juntar Eric a essa aliança e tentar alguma mudança. Mas além do fato dela com essa manobra ainda ficar sem números, não vejo nela força para conseguir isso.
7 - Eric Reichenbach
Vejo mais capacidade em Eric de conseguir se entender com os membros da aliança dominante da Bikal. Acho que ele tem mais jogo social que Brenda (embora ao mesmo tempo, seja menos estratégico que a retornante de Nicarágua). 
6 - Andrea Boekle
O jogo dela na Bikal pré-twist vinha sendo muito agressivo. Acho que ela pode se dar bem com a twist. Na edição desse episódio pareceu estar mais tranquila, menos paranóica. Mas não a vejo ainda indo para a Final.
5 - Corinne Kaplan
Vem fazendo um jogo muito bom e vem sendo ao lado de Philip o melhor personagem dos Veteranos. É de longe dos Veteranos a que mais evoluiu como jogadora junto com Cochran.
4 - Dawn Meehan 
Muita gente vem falando da invisibilidade de Brenda e Eric, mas desde os primeiros episódios Dawn vem andado sumida também. Mas uma coisa é certa: Ela está chorando mais que protagonista de novela mexicana.
3 - Philip Sheppard
O goat perfeito. Ninguém o leva a sério e todos sabem que ele perderá na Final contra qualquer um. O grande erro na estratégia de imitar Boston Rob em RI reside em dois fatos: 1- Ele não é Boston Rob e 2 - Ele não está jogando com os idiotas da Ometepe.
2 - Malcolm Freeberg 
O teaser do próximo episódio deu a entender que Malcolm pode se transformar num vilão. Eu tendo a não acreditar muito nisso, mas acho que Malcolm é um dos únicos caras que podem mudar o jogo a seu favor.
1 - John Cochran
Foi o cara que decidiu pela eliminação de Matt (de acordo com a edição). Vem jogando de forma impecável até agora. Como personagem, porém, continua o mesmo mala de sempre.

sexta-feira, 15 de março de 2013

O show de Brandon



  Eu pretendo ainda fazer um especial de três posts sobre o que considero que são os principais problemas atuais de Survivor: edição, elenco e Jeff Probst. Devido a esse episódio, acredito que este post será uma avant-première do que eu pretendo fazer nessa série. No hiato de Survivor, com mais tempo, pretendo fazê-los (se possível).
  De certa forma, como comentei na comunidade Previously on Survivor no facebook, esse episódio me lembrou um pouco o filme O Show de Truman, protagonizado por Jim Carrey. Recomendo fortemente a quem não viu assistir. É uma excelente crítica aos reality shows e a loucura gerada por eles em 1998, dois anos antes do primeiro Survivor e do boom gerado pelo mesmo, impulsionando a indústria dos realities nos EUA e no mundo. Sim, eu tenho um blog falando sobre um reality show e já vi alguns (hoje só consigo ver Survivor e The Amazing Race), mas reconheço que esse mundo é muito insano. Digo isso porque o que vimos nesse último episódio foi uma amostra disso em sua pior maneira. Foi deprimente e ridículo ver o que ocorreu em "Persona Non Grata" (ótimo título, aliás).
  Ultimamente, quem leu algumas de minhas postagens no orkut viu que eu escrevi "OUT JEFF PROBST". E não vou negar o que eu escrevi. Acho que o apresentador é um dos principais (NÃO O ÚNICO) problemas do show. De um pobre coitado que era zoado pelos Pagongs em um dos primeiros Conselhos Tribais em Borneo (que votaram no apresentador), hoje Probst é a figura de autoridade no show. Ele é seguro de si, afaga e incentiva os seus protegidos, detona aqueles os quais ele não gosta, atua como árbitro, juiz e a lei. Hoje ele é um dos produtores executivos e convenientemente (para os outros produtores executivos envolvidos e para a CBS) é o cara que está mais exposto as críticas. Hoje Probst é mais um jogador, um fator que acaba por vezes ajudando ou atrapalhando os planos dos Survivors nos últimos tempos. Eu tenho plena consciência de que reality shows são manipulados em um certo grau (com twists, desafios, etc. no caso de Survivor). Mas a manipulação feita por Probst vem sendo grosseira, a ponto de ser incômoda (ao menos pra mim).
  Sim, aqui muita gente irá botar a culpa (como vi em alguns lugares na internet) ingenuamente nos Hantz. É inegável que Russell Hantz marcou história no momento em começou a aparecer em tela em terras samoanas. Nas últimas temporadas, a família Hantz foi uma presença constante na TV americana. Viu-se Russell e Brandon (e Sean) em Survivor, Russell e Sean em um programa no History Channel, Willie (não sei o parentesco dele com o Russell, quem souber me ajude nos comentários) no Big Brother. E de certa forma os Hantz são o reflexo do que são os reality shows nos EUA, principalmente os que fazem mais sucesso. Jersey Shore, as Kardashians, dentre outros, mostram que o drama prevalece sobre qualquer outro aspecto que pode ser tratado num reality show. Survivor simplesmente embarcou nessa onda oportunamente e começou a usar e abusar dos Hantz como os seus Kardashians. Quando eu coloquei que a volta de Brandon era a quinta parte da saga iniciada por Russell em Survivor na Futurologia dessa temporada, eu imaginava que alguma coisa desse tipo fosse acontecer. 
  Recomendo fortemente que vocês leiam este artigo aqui, que fala da "morte" de Survivor nesse episódio. Discordo dele em alguns pontos (acho que essa morte já ocorreu na temporada 22, mas que já vinha se iniciando desde a temporada 19), mas concordo com a maior parte. Quem acompanhou Survivor South Pacific e o pós-temporada (eu só vi até a Reunion, o artigo nesse sentido faz uma síntese muito boa do que aconteceu) viu o quanto Brandon era instável. Por sorte, naquela temporada, Coach acabou sendo uma figura paterna efetiva, ao qual Brandon respeitou ao longo do show. Porém com as dificuldades que Brandon passou (divórcio, brigas com a família, etc.) e o que ele apresentou em South Pacific, era lógico assumir que era um risco colocá-lo no show. E nesse sentido, foi uma irresponsabilidade dos produtores terem colocado no show. Pois o que vimos poderia ter sido muito pior. O que me pareceu ao ver o episódio é que naquele MOMENTO em que o episódio foi passado foi que Brandon estava sofrendo um transtorno bipolar. As variações de humor que foram mostradas ao longo da temporada foram mais ressaltadas nesse episódio. E nesse sentido, Philip acabou funcionando como uma figura paterna negativa para Brandon. Ao contrário de Coach, que era uma figura paterna ao qual ele respeitava e admirava, Philip foi uma figura paterna ao qual ele tinha que enfrentar e derrotar. E aqui eu digo que na minha opinião, Philip não faz nada demais. Sim, eu entendo que a maior parte da audiência brasileira (e parte da americana) o odeie, mas o fato de Philip dar apelidos para as pessoas e até de se gabar por ter ganho o desafio não justifica a reação insana de Brandon. Ao longo de 900 temporadas, sempre tivemos personagens que eram vistos como irritantes. Mas se, por exemplo, RC jogasse o arroz e o feijão da tribo fora e ameaçasse violentar Abi-Maria, não aprovaríamos essa atitude, com razão. A mesma coisa vale aqui. Por mais que você odeie o Philip (e entendo perfeitamente o fato que gosto não se discute), NADA justifica o que Brandon fez.
  Ao mesmo tempo que foi uma irresponsabilidade dos produtores colocar Brandon nessa temporada, reconheço (tristemente) que eles conseguiram exatamente o que eles queriam. E nesse sentido esse é o aspecto mais deprimente desse episódio. Tudo foi armado para isso. A escolha de Philip como o novo Coach na minha opinião foi intencional para provocar essa reação em Brandon. E aqui chego em Jeff Probst. A forma como ele lidou com isso foi oportunista e deprimente. Ele transformou aquele conflito em um talk-show, semelhante ao que ele apresentava que foi cancelado, ou até em uma analogia mais exata, em um Conselho Tribal. De fato, o episódio serviu como material para um Conselho Tribal encenado e protagonizado por um Brandon insano e um Probst constrangedor. A maneira como ele massageou as costas de Brandon durante a briga foi vergonhosa. Survivor como um jogo e um experimento social, como deveria ser, deu lugar a um show de quinta categoria. Eu me senti incomodado vendo aquilo tudo e imagino como os outros participantes da tribo dos Veteranos devem ter se sentido. E voltando a como de certa forma Probst influencia negativamente no jogo, ele prejudicou os Veteranos e favoreceu os Novatos ao permitirem ver o que estava acontecendo. Agora eles tem uma ideia de como estão dispostas as alianças, o que num jogo social é uma grande ajuda. Aqui até acredito que pode não ter sido intencional, mas é prova de incompetência do produtor executivo Jeff Probst de como lidar com a situação. Neste caso não vejo vítimas, apenas culpados. Todos tem responsabilidade, desde Brandon e os Hantz que ganham mais atenção, como eles queriam, passando por Probst, que também tem mais atenção mesmo que negativa, até a audiência, pois é inegável que eles não selecionariam Brandon para essa temporada se não houvesse público para comentar sobre o assunto.
  Espero que finalmente a temporada comece. Tivemos um bom episódio passado (o quarto), mas inegavelmente a temporada ficou presa a esse evento e alguns personagens como Brenda, Eric e Corinne foram muito prejudicados em termos de edição devido a isso. Que Survivor volte a ser ao menos o que vimos em Philippines. Bons blindsides e boa estratégia sendo jogada e menos brigas artificiais e provocadas para inglês ver. Por fim, espero que o tema do próximo post volte a ser sobre o jogo de Survivor.

Comentários aleatórios:

- O Desafio dos cocos na cesta foi repetido de Micronésia é bom. Destaque para Philip que definitivamente tem se destacado com seu desempenho nas provas. Quem diria que o mais velho da tribo seria a grande potência dos Veteranos nos Desafios?
- Sim, eu coloquei "GO FIGHT" no orkut. Eu falei besteira e me arrependo disso. Vi o que aconteceu e mudei de ideia. Acontece. Precisei ver o episódio e me dar conta de quão esse momento foi nocivo e ruim. O discurso desse texto é completamente oposto a GO FIGHT e eu não tenho problema com brigas em Survivor, desde que tenham uma história verdadeira envolvida. E aqui neste caso achei que foi um negócio vergonhosamente armado.
- Falarei mais de estratégia dos Fãs desse episódio nos Power Rankings. Mas como o foco do episódio foi a briga, senti que o texto sobre o que aconteceu deveria ser diferente.
- Achei interessante o que Abi-Maria postou em seu twitter ontem (recomendo o papo dela com Jerri e um pessoal para este vídeo aqui também falando sobre o episódio, com defesa de quem gostou e odiou o episódio, os Hantz, etc.) dizendo o seguinte: "Eu não sei porquê as pessoas implicam com Philip. Quando Boston Rob jogou um jogo semelhante, ele foi um herói. Que diabos?".
- Meu problema com Jeff Probst é o fato dele ser o produtor executivo e ter acumulado tanto poder ao longo dos anos. Sempre gostei dele como host e de fato ele é um dos melhores. Mas a influência dele como produtor é muito negativa. Alguém precisa tirá-lo dessa posição de poder absoluto.

POWER RANKINGS:

  Finalmente teremos a twist! Espero que ela dê uma movimentada nas coisas e que alguns personagens invisíveis apareçam, nem que seja para eu falar mal (né, Brenda?).

14 - Sherri Biethman
Se as coisas tivessem seguido o fluxo normal nesse episódio, acho que Sherri teria grandes chances de ser a eliminada ao invés de Brandon. Ela foi muito mal na Recompensa, se deu mal na disputa pelo Ídolo e me pareceu ter perdido de vez o controle que tinha sobre a aliança, que agora só pensa no físico e me parece estar dominada de vez por Michael e Matt. Com a twist vindo por aí, me parece que ela será a principal prejudicada pelo fato de não ser uma grande atleta e não conseguir disfarçar o fato de ser uma boa estrategista com Favoritos na tribo. Precisa dar a sorte de sobreviver até a Fusão para ter alguma chance.
13 - Julia Landauer
Difícil saber alguma coisa dela, porque ela não fala. Me parece que o episódio em que ela será eliminada será o que ela terá voz. Numa temporada em que as mulheres mais uma vez estão se dando mal em relação as eliminações, não me parece que ela tenha muito futuro.
12 - Eddie Fox
Ainda sem relevância, aparentemente será um dos que se dará bem com uma twist. Mas será eliminado assim que pintar a Fusão.
11 - Reynold Toepfer
Mais uma vez achou um Ídolo! Pelo menos nesse jogo ele é bom. Concordei totalmente com Sherri quando ela falou depois do desafio que eles perderam de novo, mesmo eliminando Laura e mantendo a força física. Como jogador de Survivor ele é péssimo. Mais um que durará até a Fusão e será eliminado a partir daí. A única coisa que eu achei engraçada no chilique de Brandon foram as reações de ator canastrão de Reynold, com muitas caras e bocas. E além de tudo é uma mala.
10 - Matt Bischoff
Juntamente com Michael, são os Novatos que estão na posição mais segura nessa tribo. Assim como todos os Fãs (exceto Shamar) a edição está focando muito o jogador e pouco o personagem. Se sair num próximo CT, não fará falta.
9 - Michael Snow
Gosto dele, mas ele pode acabar se ferrando com a twist. Ao contrário de Matt, que me parece ser um cara que se mistura mais facilmente, me parece que ele deixa muito na cara o fato de ser um fã de Survivor. Ao lado de Sherri, é um dos meus favoritos dessa tribo dos Novatos.
8 - Philip Sheppard
Na minha opinião o mais prejudicado pela briga e pela twist. Ficou evidente que Philip é o líder da aliança e da tribo dos Veteranos. Em qualquer cenário de mistura, estará em risco. Precisa vencer os Desafios para se manter.
7 - Corinne Kaplan
Em termos de twist, acho ela uma incógnita. Vai depender com quem ela irá ficar na mistura. O jogo dela nessa temporada me parece mais comedido. Mas até que ponto? Será que ela irá conseguir se controlar? Difícil dizer. Ponho ela e Philip nas posições mais baixas porque o preview do próximo episódio se foca mais neles e nesse conflito.
6 - Andrea Boekle
Ela foi a pessoa que provocou a briga. Sim, Brandon não tinha de dar aquele chilique, mas a maneira como Andrea deu uma de leva-e-traz nesse episódio foi péssima. Acho que ela viu a merda que fez quando começou a chorar durante o espetáculo protagonizado por Brandon e Probst. Comprovou o quão péssima jogadora ela é. E de longe, ao lado de Brandon, segue sendo a pessoa mais insuportável dessa temporada.
5 - "Purple" Brenda Lowe
Pode se dar bem com a twist a là Parvati em Micro, embora ao contrário dessa, não tenha um grande jogo social. Tomara que ao menos apareça mais para eu que eu fale mal dela.
4 - Eric Reichenbach
Outro beneficiado com a twist. Diante dos alpha males que estão em evidência nessa temporada (Philip, Reynold, Eddie), com as pessoas certas, pode ir longe, como em Micro.
3 - Dawn Meehan
Em tese poderia ser ameaçada pela twist. Mas acho que pelo fato de ser uma pessoa querida, simpática e confiável, vai durar bastante. 
2 - Malcolm Freeberg
Me baseando pelo que eu vi dos episódios anteriores e pelo bom jogador que é, vai durar bastante também. Ao contrário de Eric, tem um jogo social melhor que o outrora Fã de Micronésia. Ele tem a confiança de todos na tribo dos Veteranos e vale lembrar: ainda tem o Ídolo em mãos. Não acho que essa seja a edição de vencedor, porém.
1 - John Cochran
Ainda sem razão para tirá-lo do topo. Vem sendo o narrador da temporada, tem os confessionários mais sensatos, enfim, ele tem edição de vencedor. Vai vencer? Não sei, mas por ora ainda é o favorito (com o perdão do trocadilho).

sábado, 9 de março de 2013

Lealdade vs Força Física


Tata é o cara!


  Há alguns meses atrás, mais especificamente no ano passado, fiz um post falando sobre o episódio em que Sarah Dawson foi eliminada. Havia acontecido bastante coisa naquele capítulo, mas definitivamente não gostei do episódio (leiam aqui o post em questão). Dessa vez, agora em Caramoan, tivemos um episódio parecido. Tivemos uma evacuação, a recompensa no acampamento dos Veteranos (nos próximos parágrafos falarei dela com mais detalhe porque vale a pena), mais uma derrota dos Novatos e a eliminação de uma das participantes mais populares do show. Aqui, neste caso, gostei do episódio. Não foi excelente em termos de edição, mas foi bem melhor do que vimos nos dois últimos.
  Começando pelos Novatos, a situação aparentemente parecia que iria continuar a mesma. Com mais uma eventual derrota da tribo de calouros em uma Imunidade, a coisa ia ficar entre Reynold e Eddie. Os Novatos acabaram perdendo primeiro a Recompensa, com Shamar comemorando de forma ridícula uma vitória que não aconteceu e Philip contra-atacando de uma forma mais ridícula ainda. Ainda assim, mesmo com Shamar chantageando os colegas de aliança a darem arroz para ele para que o fuzileiro naval não desistisse e todos reclamando dele pelas costas, a situação parecia que não iria mudar. Quando de repente, o imponderável aconteceu. Alguns grãos de areia tiraram o gigante Shamar do jogo. O peso morto da tribo acabou finalmente saindo. Falando especificamente de Shamar, sim, acho que ele desempenhou bem o papel de fator de instabilidade na tribo. Mas não consegui me importar com ele (a ponto de gostar ou odiar) e definitivamente não sei o porquê (pode ter sido a edição, pode ter sido o fato de já termos equivalentes a ele nas últimas temporadas em que há uma repetição desse esteriótipo em caras como Philip e Artis, por exemplo, pode ser alguma outra coisa, ou uma junção de tudo isso). 
  A saída de Shamar foi péssima para duas pessoas: Laura, que acabou sendo a eliminada e Sherri, que visivelmente perdeu o poder de decisão que ela tinha na aliança. Shamar era importante para Laura, pois enquanto o fuzileiro era o mala da tribo e atraía toda a atenção para ele, ninguém notava a sua falta de habilidade nos Desafios. E para Sherri ele era importante pois além dele ser o Philip dela, ou seja, um dos caras que ela levaria para o F3 e que não ganharia votos, Shamar era mais um voto. E de certa forma, acredito que Matt e Michael não bateriam de frente contra a dona de franquia pois dentro dessa aliança de seis, eles estavam na minoria, com apenas dois votos (assumindo que Julia estivesse com Sherri e Laura, o que não dá pra saber graças a bendita edição). Laura inclusive admitiu na entrevista com Cesternino que de fato a saída de Shamar foi péssima para ela devido aos motivos que eu falei. Com Shamar fora, acabaram ocorrendo a série de eventos que resultaram na saída de Laura, que me deixou um bocado surpreso, confesso, logo que acabei de ver o episódio. Achei que a aliança seguiria com o plano e botaria um dos caras fortões pra fora. Porém, nesse aspecto, a edição foi competente e deu várias pistas claras ao longo do episódio, com confessionários indicando isso, especialmente um de Michael depois da Recompensa reclamando que não aguentava mais perder. 
 Sobre Laura, confesso que fiquei impressionado com a adoração messiânica que ela vem tendo da audiência brasileira e americana. Não vi absolutamente nada demais dela. Achei que ela teve alguns bons confessionários, enganou Reynold e Eddie de forma desnecessária no CT anterior e só (se alguém me der uma boa justificativa nos comentários eu a colocarei no início do meu próximo post, antes do texto. E quem acompanha este blog sabe que na grande esmagadora maioria das vezes, o que é prometido é cumprido!). Eu falei no meu Power Rankings da semana passada que ela me lembrava um pouco Eliza pelo jeito meio neurótico. Infelizmente ela teve pouco tempo para que eu mudasse a minha opinião sobre ela. Mas ela acabou sendo prejudicada pela série de derrotas do time e do que eu falei acima em relação a Shamar.
  Em relação ao dilema que foi o tema do episódio, tenho a seguinte opinião: Survivor é um jogo individual. Não falo especificamente apenas a partir da Fusão, mas desde o momento em que as pessoas chegam ao local de jogo. Sim, na primeira parte do jogo há a divisão em tribos e esses grupos de pessoas são forçados a conviver e competir por privilégios dentro da competição. Mas a essência de Survivor é o jogo individual. Por mais que uma pessoa seja  incompetente e afunde o sua tribo nos Desafios, a não ser que esta pessoa tenha uma auto-estima muito baixa ou queira desistir, não há como esta pedir pra sair. Ela vai querer se manter porque esta é a essência do jogo. E nesse sentido o nome Survivor é genial, pois ele resume o jogo. Dito isto, por mais que as pessoas percam nos desafios, acredito que elas devem pensar no que é melhor para elas do que para o time, pois no final das contas, só um pode ganhar o jogo. É claro que seria melhor que uma tribo com jogadores mais fortes é o ideal para não ir ao Conselho Tribal a cada três dias. Mas como Sherri disse perfeitamente no CT dos Novatos neste episódio, mesmo com Reynold e Eddie e sem Shamar, a tribo continua perdendo. Vitórias em Desafios dependem muito mais do que a combinação de caras fortes no mesmo time. Há uma junção de fatores, assim como no futebol, por exemplo, que levam tribos a serem vencedores. Se eu fosse um jogador de Survivor, eu pensaria sempre em mim, pois o jogo estimula isso. Como diria Sandrão, desde que não seja eu, por mim tudo bem. Por fim, acho que a decisão tomada pelos Novatos será ainda pior se acontecer uma mistura de tribos, pois não dá pra garantir que Reynold e Eddie se manterão fiéis aos companheiros de tribo, embora eu acredite que seria pior se os mesmos se aliassem aos Veteranos. No duelo proposto nesse episódio, na minha cabeça, Lealdade a minha aliança ganha sempre.
  Por isso acho que Sherri foi a grande derrotada desse episódio e Michael (principalmente) e Matt definitivamente ganham força. Ficou visível que Sherri foi contrária a essa decisão pelas declarações que ela deu no Conselho Tribal, principalmente aquela que ela falou que a tribo continuava ganhando mesmo com Reynold e Eddie. É mais fácil esta dupla conseguir puxar Reynold/Eddie para o seu lado do que Sherri e Julia. Aqui reside a falha na estratégia de Sherri. Ela deveria ter conseguido integrar os dois excluídos da tribo, mesmo com Shamar enchendo o saco de todos. E a estratégia dela acaba se virando contra a própria dona de franquia, pois ao mesmo tempo que Shamar desviava a atenção delas e era um voto a disposição, ele acabou fazendo com que ela fosse uma das vilãs junto com ele por associação. Agora Sherri vai precisar fazer um controle de danos e incluir a todos na tribo, mesmo que eles voltem para o Conselho Tribal. Pois aparentemente Michael e Matt estão fazendo isso com mais competência que ela. Disse principalmente em relação a Michael no início do parágrafo, pois ele foi o cara decisivo para a eliminação de Laura. Acho que se Michael não tivesse decidido a favor do barbudo este acabaria ficando isolado, reclamando da loira corcunda e um dos dois membros da aliança dos Cool Kids on The Block seria o eliminado. E acho que a edição desse episódio fez questão de enfatizar isso, pois Michael foi o grande protagonista dos Novatos nesse capítulo (com mais tempo de tela, confessionários, etc.), em detrimento de Sherri.
  Escrevi um caminhão de texto sobre os Novatos e mais uma vez temos pouco a dizer sobre os Veteranos, a não ser fato de Philip e Andrea serem os líderes da tribo (o primeiro o líder nos desafios e no acampamento e a segunda uma líder estratégica, pelo o que a edição vem mostrando) e todos felizes e contentes com a série de vitórias dos Veteranos, mesmo com algumas disputas internas mostradas nos capítulos anteriores (Andrea vs Corinne, Philip vs Brandon). É inegável que a produção vem preparando o terreno para a briga que veremos no episódio seguinte entre The Specialist e o The Conqueror (o que daria uma ótimo tema para uma luta de MMA, aliás). Esse é um velho truque da produção, em que eles mostram uma tribo feliz, tranquila, sem grandes conflitos até a grande briga... A bonança antes da tempestade. O fato da produção estar concentrando muito airtime em Philip (com muitas pessoas não gostando, com razão, embora eu me divirta muito com cada aparição do Specialist na tela) não me surpreende, pois a edição de Survivor vem fazendo o que vemos desde a temporada 19, no que eu chamo de fator Russell Hantz, onde eles põem um personagem que tenha um maior valor de entretenimento em destaque e as reações das pessoas ao redor dele. É interessante ver que Philip está tentando construir um espírito de tribo unida, mas como RC disse em sua entrevista ao Survivor Oz essa semana sobre o episódio, seria mais esperto ele fazer isso afastado dos outros membros de sua aliança. Ele ficaria bem com todos sem preocupar ninguém. Agora a aliança Stealth For Us perdeu o seu propósito, como a inimiga mortal de Abi-Maria observou bem nesse podcast.
  Mas tudo isso ficou em segundo plano quando os Veteranos ganharam a Recompensa e Tata virou o meu Favorito desta tribo. O baixinho botou pra quebrar: fez comida pra galera, arrumou o acampamento e ainda se deu bem com a mulherada. Não todo dia que você ganha beijos de três mulheres ao mesmo tempo. Ele parecia um cafetão filipino! Mas a escolhida dele foi Brenda. O clima definitivamente esquentou entre eles. Os dois dançaram e deram um abraço demorado. Só faltou um beijo! Bela escolha, aliás, Brenda é sem dúvida a mais bonita da tribo dos Veteranos. Só achei que esse momento acabou sendo muito corrido e com pouco destaque no episódio, mas ainda assim foi bastante divertido.
  O As long no orkut reclamou que achou o episódio muito lento. Eu gostei pelo fato do episódio de fato ter sido mais lento em relação aos anteriores e principalmente ter mostrado um pouco mais dos Novatos. Mas ainda acho que a edição está muito corrida. E o número excessivo de participantes (15 ainda no dia 10) acaba influindo nisso. A quantidade de coisas que aconteceram no episódio obrigaram a produção a caprichar um pouco mais na edição. Mas acho que essa temporada vai decolar de vez com uma mistura de tribos e principalmente com a Fusão. A união vista nestes episódios entre os Veteranos é falsa e frágil e acho que esses conflitos serão o ponto de partida para as maiores emoções da temporada.

Comentários aleatórios:

- Desafios usados em Cook Islands e Micronésia foram bons e bem disputados, com Philip mais uma vez sendo o destaque, principalmente na Imunidade. Apesar de Reynold ter ganho de Malcolm no primeiro desafio, nos últimos Phil tem levado a melhor sobre o Bradley Cooper da tribo dos Novatos. Gostei da volta da Recompensa, em grande estilo, com Tata.
- Sobre Tata, é engraçado reparar que como antigamente um cara como esse era amado e respeitado pelos Survivors. Mas agora com retornantes sabichões ele virou um alívio cômico. Na tribo dos Novatos a reação a ele seria outra. Por isso acho que por mais divertida que a presença dele tenha sido, seria mais interessante a aparição dele em uma temporada só com calouros.

POWER RANKINGS:

A situação dos Novatos está complicada. A desvantagem de três membros em relação aos Veteranos é grande. Por ora eles ocuparão as posições mais inferiores do ranking, mas vamos ver como a coisa vai evoluir principalmente com uma mistura de tribos.

15 - Brandon Hantz
Mais uma vez o ponho na última colocação. Me parece que pelo piti que deu no "Next time on... Survivor", agora a coisa ficará feia de vez para o lado do sobrinho de Russell. Mas será que os Veteranos serão tão radicais ao ponto de possivelmente abrir mão de uma Imunidade só para eliminá-lo como Brandon propôs fazer, a là Manono em One World? Veremos.
14 - Eddie Fox
Ainda ponho ele em último dos Novatos pois está na aliança minoritária e não é Reynold. Mas com a mistura de tribos pode se dar bem.
13 - Reynold Toepfer
Ótimo atleta, péssimo jogador de Survivor. Achei ridículo ele reclamar com Matt sobre a possibilidade do barbudo o estar enganando. Como assim? Se alguém te oferece uma possibilidade de salvação, você aceita e agradece o alguém até o CT. É o típico alpha male vaidoso que não sabe lidar com o fato de ser um excluído. Apesar de não ter sido totalmente errado, usar o Ídolo foi desnecessário, ainda mais em uma votação unânime, o que demonstra definitivamente que ele é um alienado da tribo e faz questão de ser.
12 - Julia Landauer
Me parece estar no fundo da aliança majoritária, mas é difícil dizer qualquer coisa mais apurada que isso com a edição que vem tendo.
11 - Sherri Biethman
Me parece que a vitória de um dos Fãs é improvável nesse momento. Com uma eventual twist e a perda de Shamar e Laura, ela corre grande risco de sair mais cedo que eu pensava. Precisa de um fantástico controle de danos e muita sorte para voltar ao jogo.
10 - Matt Bischoff
Me parece ter o melhor jogo social dessa tribo. Ele se entende bem com todo mundo. Me parece ser um dos caras que vai durar mais tempo dos Novatos.
9 - Michael Snow
O grande protagonista desse episódio. Gosto dele como jogador, assim como Sherri. Mas como os seus colegas de tribo, terá que fazer um grande esforço para ter chances reais de ganhar esse jogo.
8 - Corinne Kaplan
Apareceu mais se abraçando com Malcolm em fotos (que vi na comunidade Survivor Downloads postadas por Lauren) do que no episódio em si. 
7 - "Purple" Brenda Lowe
A mais nova namorada de Tata:


  É um dos casais mais lindos que eu vi na história de Survivor. Parabéns aos dois!

6 - Eric "The Silent One" Reichenbach
Ganhou um apelido maneiro.
5 - Andrea Boekle
De longe a participante mais mala dessa temporada. É inacreditável o fato dela realmente acreditar que ela é uma jogadora foda. Os confessionários dela são mais e mais arrogantes. A produção vem investindo nela como a grande vilã da temporada e nisso eles tem sido competentes.
4 - Dawn Meehan
A melhor expressão facial da temporada:




3 - Philip Sheppard
Mesmo com os apelidos e as maluquices, Philip vem jogando um jogo de FINALISTA. O fato dele estar se expondo sendo o líder da tribo faz com que as pessoas o queiram levar para a final de novo. Mas será que chegará dessa vez?  
2 - Malcolm Freeberg
Mais uma referência nerd, dessa vez a Senhor dos Aneis (Tata, o Gollum filipino). Definitivamente Malcolm é muito mais nerd e legal que Cochran.
1 - John Cochran
Continua com os confessionários mais racionais, continua sendo o narrador. A edição de Cochran é de vencedor. Se ele vai vencer de fato é outra história. Mas ainda não há como tirar o cara da liderança.