sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Arroz ou sanduíche?

- OOPS! Pode isso, Arnaldo? 

  A princípio posso dizer que o episódio dessa semana foi chato. Tivemos uma eliminação bastante previsível  com Katie e continuamos a ver a Tandang em frangalhos e pronta para se dinamitar num CT, porém, mais uma vez tivemos de aturar os vermelhos. Para os fãs da parte estratégica, é... Não foi lá um grande episódio. Mas eu gostei muito do episódio pois vimos um lado interessante do show que tem sido esquecido ao longo das temporadas: uma parte mais humana, um aspecto mais relacionado a parte social e de sobrevivência.
  Refiro-me aqui neste caso ao famigerado Desafio de Recompensa e suas consequências. Já feito em Guatemala (como alguém falou no orkut, acho que foi o Vitor Castro), o Desafio de rolar a bola começou disputado e gerou algumas das cenas mais hilárias nos últimos tempos em Survivor. Os malucos que gostam de fazer GIF's animadas e fazer blogs de fotos do show devem ter tido orgasmos múltiplos ao verem coisas do tipo: Lisa, até então uma fracote, prendendo Denise na lama, Carter sendo derrubado várias vezes por Pete... Aliás, eu poderia fazer um post de fotos só com a briga entre Denise e Lisa. Eu odeio UFC, acho meio estranho ver um bando de homens se agarrando, mas adoraria ver uma briga entre Denise e Lisa no gel. Só pra me fazer rir como eu ri ontem... Putz! Mas a coisa culmina com a cena que é a imagem do post, com Penner dando uma agarrada nas "bolas" de Skupin e Probst basicamente se divertindo num desafio como há muito tempo não acontecia. Sensacional! Um dos melhores desafios de qualquer coisa em Survivor. E talvez até o melhor com o improvável acordo: Penner propõe a Skupin e depois ao resto da tribo Tandang trocar a Recompensa por alguma coisa e Mike sugeriu trocar pelo resto de arroz. A Kalabaw aceita feliz a troca, porém na Tandang, alguns ficam satisfeitos, outros como Artis e Abi-Maria ficaram bastante irritados. Artis, inclusive, mais irritado ainda pelo fato de Skupin mais uma vez estragar a sua vida e principalmente seu aniversário. Pessoalmente eu achei a troca boa para a Tandang, mas fato é que a coisa anda tão ruim para Skupin que mesmo se ele trouxesse um churrasco, uma sobremesa e um café da manhã colonial para Artis, ainda assim este reclamaria de Skupin. "Que droga, ele poderia ter trazido mais chocolate belga, p#*$@!", diria Artis num confessionário se isso acontecesse.
  Enfim, até onde eu sei, não acho que isso nunca foi feito em Survivor, ou seja, negociar a Recompensa em um desafio (Sim, já tivemos negociações em desafios, mas isso é comum apenas nos individuais, pós-Fusão). Mas a produção teve bom senso de deixar com que o acordo fosse feito. Vimos então a discussão interessante dos dois lados: os amarelos reclamando (menos RC e Skupin, e Malcolm, que devia estar rindo desses malucos da Tandang) porque não foram a festa que a produção armou para Artis comemorar o seu aniversário e tampouco os vermelhos, pois perceberam o óbvio: recuperar o arroz perdido com peixe no mar seria muito difícil. A não ser que a Kalabaw tivesse Ozzy ou Richard Hatch para pegar peixes, seres humanos normais como Penner não tem condições de pescarem a ponto de suprir a falta de comida no acampamento. Criou-se então mais um conflito para que as relações entre as pessoas nas tribos ficassem inda mais conturbadas. Conflito esse que poderia ter sido um dos fatores para que acontecesse um possível blindside em Penner no final do episódio.
  A Kalabaw perdeu mais um Desafio e a edição quis deixar a dúvida: Jeff e Carter seguiriam na aliança com Penner ou eliminariam o aliado? Achei que a tensão para um possível blindside em Penner foi muito bem construída, pois quem assistiu o episódio viu que Penner teve o seu pior momento estratégico até agora desde o início, onde ele procurava o Ídolo sozinho e não conversava com ninguém. A escolha pelos sanduíches para ele foi péssima e arriscada, pois ele foi o grande responsável por fazer a tribo passar fome. Tudo bem que Carter é um chorão e mala (acho que foi o Cesternino que disse que ele era a nova Natalie de RI), mas fato é que Penner fez uma escolha que atraiu os holofotes negativamente para ele. Ou seja, mesmo que Katie mal se aguentasse em pé nos Desafios, ela tinha alguns argumentos lógicos para que Penner fosse eliminado. Ele é um retornante, o mesmo cara que deu a nossa comida pro inimigo... Sim, para Jeff e Carter (Jeff principalmente), isso seria um motivo a mais para manter Penner, pois se ele continuar cometendo erros estratégicos como esses ir para a Final com ele seria ótimo, mas também manter um cara com a experiência e a lábia que Penner tem é perigoso. De fato a edição conseguiu dessa vez conectar o que houve na Recompensa, a falta de comida, o fracasso de Penner como provedor e por fim, a tentativa de Katie desesperada, porém sensata para Jeff e Carter, para se manter no jogo. E a tensão aumentou mais ainda com aquela pergunta clássica que em geral rola em um CT quando tem um blindside: "Quem está preocupado em ser eliminado?". E todas as referências a blindside... Teve uma hora em que parecia que Probst queria dizer a Penner: "Você vai tomar um blind!". Eu duvido que mesmo por um microssegundo, nesse momento, todo mundo começou a achar que Penner seria eliminado. A tensão foi muito bem criada para um possível blindside. É óbvio que sobraria para Katie por razões óbvias: edição que a ignorou como uma jogadora relevante deixando seus confessionários para os dois últimos episódios, mal desempenho em desafios, etc. Mas confesso que por um momento achei que veríamos o melhor blindside desde Nicarágua.
  Em termos de dinâmica interna tribal, se a Kalabaw voltar ao CT, Denise deve rodar, pois é a única mulher restante e mesmo com toda a sua lábia, não acho que Jeff, por exemplo, se arriscaria a trair Penner e ir para a Fusão com a pior pessoa para ir a Final. Mas acho que a possível twist mostrada no "Next time on Survivor" é alguma coisa para salvar Denise, pois acho que a produção não vai se arriscar a perder uma de suas grandes estrelas da temporada. Talvez antecipem a Fusão, não sei... Mas acho que será alguma coisa para salvar a terapeuta sexual. O que não é mal, muito pelo contrário, eu se estivesse no lugar de Burnett e Probst faria a mesma coisa. Denise e Malcolm talvez sejam o par mais carismático do show dos últimos anos e tenho certeza: estarão numa temporada All-Stars. Minha torcida principal da temporada é Denise, ela é foda demais! Mas não dá pra negar que assim como a forma que a mistura das tribos foi feita para favorecer Denise e Malcolm, não duvido nada que essa possível twist será para favorecê-los também. Ou não.
  Por fim, não vimos nada de novo na Tandang. Mesmo Artis reclamando como um velho chato de Skupin. O que talvez podemos notar de novo na dinâmica da tribo amarela nesse episódio foi ver que de fato Artis está junto com Abi e Pete, numa das alianças mais nitroglicerínicas da história de Survivor. E também vimos RC falando que deixaria agora Abi começar a criar barracos e se desgastar naturalmente com o resto da tribo. Ainda não sei o que pensar disso. Confesso que me decepcionei com ela e ainda não estou satisfeito com o fato de ela se mostrar bastante apática e chorona nos últimos episódios. Mas pode ser que ela esteja esperando algum momento mais propício para fazer algum movimento... Vale lembrar que mesmo com Malcolm conversando com Pete no último episódio, ainda não temos um posicionamento claro do cabeludo. Apesar de Lisa parecer estar do lado de Pete, não vejo ela andando e/ou conversando com Abi, Pete e Artis. E RC ainda tem o voto certo de Skupin e possivelmente, se Malcolm ficar com ela, o voto de Denise. Pode ser, mas prefiro ainda manter a minha opinião de que RC ainda é uma decepção. E Skupin? Depois de um primeiro episódio de vencedor, nenhum confessionário nos últimos episódios e ainda por cima comendo mais arroz a ponto de deixar a tribo sem arroz? Sério, cara? Com certeza não aprendeu com a sua última experiência. Não é a toa que a tribo te odeia. Com isso tenho quase certeza que o retornante de Australian não vence. Quem diria...

Comentários aleatórios:

- Por favor, GIF´s e/ou vídeos com a luta na lama de Lisa e Denise? Pra ficar melhor só faltava eles fazerem o desafio que fizeram em H vs V, com a galera se batendo com aquelas almofadas (acho que fizeram em Palau também). Sensacional.
- No Desafio de Imunidade, um show de Malcolm, dando um passeio no Carter. O que o primeiro tem de legal, o segundo tem de chato. Que mala esse Carter!
- Uma coisa interessante: Katie não foi para o Júri. Aí vai uma dúvida: teremos Final 2 ou 3? Porque em geral no F3 temos nove pessoas no Júri, com esse sendo formado a medida que sobram 12 jogadores no jogo. Já tivemos Júris com oito pessoas, mas em geral, ou são sete ou nove. E normalmente com nove no Júri, temos F3 e com sete temos F2. Será que o Júri dessa vez será formado a partir do nono colocado e teremos F2? Essa é uma dúvida importante, pois dependendo de quantas pessoas tivermos na Final, o jogo como um todo muda um bocado. Veremos nos próximos episódios.

  A coluna de The Amazing Race volta semana que vem. Me desculpem pela ausência.


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Twist, evacuação e até um blindside

DENISE ARRASA!

  Uma coisa com certeza que eu posso dizer sobre esse episódio é o seguinte: foi um dos mais movimentados dos últimos tempos. Vimos três grandes momentos do jogo em um só episódio. Não é todo dia que a gente vê uma twist, uma evacuação e um blindside em um mesmo episódio. Mas fiquei um com um sentimento indefinido: não amei, nem odiei o capítulo 5 da temporada. Sim, foi movimentado, mas não necessariamente satisfeito com a movimentação.
  Vimos inicialmente a Matsing reduzida a dois e destroçada. Malcolm e Denise imaginaram que talvez fosse rolar uma twist e resolveram se movimentar atrás do Ídolo, que foi achado pelo cabeludo. É difícil dizer que impacto isso terá no jogo a longo prazo, mas acho que qualquer um dos dois faria bom uso do Ídolo. Acho que Malcolm não precisará usá-lo até a Fusão, pois mesmo se a imbatível Tandang for para o CT, não acho que ele corra risco de eliminação. Porém a medida que o jogo for correndo, vai depender de como eles vão lidar com as amarras que eles criarão com as outras tribos. Acredito que eles tentarão jogar juntos a partir daí, mas eles terão que manobrar muito bem os obstáculos que começaram a aparecer no momento em que eles pegaram as bandanas amarela e vermelha.
  Depois veio a twist, com a Matsing sendo desfeita e Malcolm indo para uma tribo (Kalabaw) e Denise indo para os amarelos. Aí vem a minha crítica. Por que não misturar TOTALMENTE as tribos? A minha expectativa era ver as duas tribos, Kalabaw e Tandang no CT, balançadas. Com todo mundo misturado em duas tribos criaria-se uma maior complexidade em termos de alianças. Por exemplo, em Survivor Gabon (TUDO BEM, PODEM LER, SPOILERS LEVES), foi feito o seguinte: foi respondido um questionário pelas duas tribos para que as mesmas definissem os seus integrantes em ordem de importância. Daí, os integrantes que no final das contas fossem selecionados como os mais importantes fariam uma seleção de jogadores de forma alternada, ou seja: um da tribo Fang, outro da Kota. Melhor ainda, as escolhas poderiam ser alternadas, com o melhor da tribo 1 escolhendo alguém e esse alguém escolhendo outra pessoa de outra tribo. Como seria legal vermos uma tribo com Abi-Maria, Denise e Penner, por exemplo.  Isso faria com as pessoas tivessem múltiplas opções de aliança, criando um caos ainda maior principalmente na Fusão, mas ainda nos CT`s de cada tribo misturada. Enfim, achei que isso não muda em nada a dinâmica que já estamos vendo ser formada. Tudo bem, a Tandang, que parece que será a tribo majoritária na Fusão tem mais espaço para mudanças, mas se a produção pode fazer melhor, por que não? O que me leva a seguinte conclusão: a mudança serviu para beneficiar Malcolm e Denise, pois as duas tribos estão tão concentradas em suas políticas internas que não podem dispensar um voto fácil. É legal para nós que torcemos para a dupla restante da Matsing, mas será legal para a temporada como um todo? Mas acho que a produção pode estar sendo salva por um elenco que pode ser o melhor do show em algum tempo. Será que teremos uma Fusão imprevisível e cheia de reviravoltas ou mais um Pagoging chato e mala? Veremos.
  A Tandang continua mais ou menos na mesma. Continuamos vendo Pete dominando os amarelos, inclusive chamando Malcolm para a aliança. RC continua choramingando, reclamando que sofreu bullying e bláblá. Isolada e sem agir, de fato, ela vai ficar em uma posição muito frágil. E... bom, tivemos Malcolm se integrando com a tribo nova e feliz de comer alguma coisa. Além disso, não há nada de interessante para se falar da Tandang. Ah sim, eles ganharam a Imunidade e não foram para o CT.
  Entre os vermelhos, porém, os dias foram movimentados como nunca. Pra começo de conversa, tivemos a evacuação de Dana. É sempre triste ver gente deixando o jogo por motivos de saúde, ainda mais do jeito que a calopsita fêmea foi embora. Além da evacuação, porém, o jogo perdeu muito. Numa tribo com 6 pessoas, era óbvio que Denise fosse ir com os homens para ganhar os desafios e também pelo fato de que ninguém quer encarar uma pedra roxa. Tem uma coisa óbvia aí: os homens estão em maior número, três contra dois. Se Denise fosse com Dawson e Katie, teríamos um empate 3-3, com uma nova votação. Duvido que alguém dos dois lados se arriscaria a deixar a sua vida no jogo nas mãos da sorte. Se Dana estivesse lá, porém, acho que o Desafio de Imunidade seria mais equilibrado e mesmo com uma derrota dos vermelhos, a decisão de Denise seria muito mais difícil e dramática. Acho até que ela iria com as mulheres, mas ela teria uma maior liberdade de decisão, sem o fantasma da pedra roxa. Mas teríamos um episódio mais decisivo e impactante. O depoimento da morta-viva Katie diz tudo sobre isso, quando ela reclama que além de perder alguém querido, a saída de Dana é péssima para ela em relação ao futuro do jogo.
  Tivemos uma Imunidade disputada, com a Kalabaw perdendo e indo ao CT. Achei que seria Katie a eliminada, pois ela teve só um confessionário (até onde me lembre). Nesse episódio ela falou bastante. Porém acho que a vontade de Penner/Jeff pesou. Pelo lado de Penner, Dawson foi muito mal no Desafio. E aí vimos o show de erros de Dawson: provocar de forma idiota Jeff (que parecia estar inclinado a votar em Katie), sem usar essa informação de forma correta e útil e dar respostas no CT do tipo: "Minha função é ser a alegria do acampamento.". Sério? E porque não utilizar de forma correta e inteligente a informação sobre Kent? Por exemplo, puxar ele de lado e contar sobre isso e montar uma aliança com ele? Ou jogar logo a merda no ventilador, contar pra todos que ele é um jogador de beisebol famoso? Confrontá-lo diante do resto da tribo? Putz, eu apostava tanto nela. Achei que os poucos confessionários que ela deu foram bastante racionais. Minha tese para isso é o chamado dia ruim. Sabe aquele dia que a gente acorda e só faz besteira? Acho foi isso que aconteceu com Sarah Dawson. Junto com, obviamente, a ausência da rocha que pelo jeito segurava as mulheres, Dana (Sobre Sarah Dawson, leiam o último tópico dos comentários aleatórios). 
  Levantei a bola que na semana passada os vermelhos me pareciam mais estáveis em termos de alianças. E vimos isso entre os homens. Carter (só de escrever o nome dele já tenho sono), Jeff e Penner tem cara de ser uma aliança de Final 3, que vai longe no jogo ou rodará junta, inquebrável. O episódio os prejudicou em parte, pois eles acabaram sendo os vilões que eliminaram Sarah Dawson. Mas em parte, Jeff/Penner estão sem graça agora por dois fatores: 1- Pelo lado de Jeff, ele virou um lugar-tenente de Penner, o segundo da aliança. E isso é muito mal pra ele e é justamente o que a audiência em geral não quer: novatos seguindo os retornantes (embora eu acredite que no caso de Jeff, ele tenha algum plano por trás disso). 2- Pelo lado do Penner, tem um pouco a ver pelo fato de como esse formato de 2 ou 3 retornantes (valeu, Lauren) é péssimo para Survivor. É ruim para os novatos, que são eclipsados pelos retornantes tanto em termos de edição quanto em termos de jogo e é ruim para os retornantes, que acabam ficando numa zona de conforto. Se eles não fizerem nenhuma besteira, estão bem. Enfim, não há desafio. Por isso eu defendo a tese de que se eles quiserem voltar com Boston Rob, Russell Hantz, Parvati, Amanda, Ozzy e outros, que seja. Mas numa temporada All-Stars, onde aí sim, eles não estarão numa zona de conforto. Mas acho que na Fusão, com três Ídolos em jogo e dependendo do que acontecer, podemos ver os lados que gostamos em Penner e Jeff.

Comentários aleatórios:

- Tradução do que está escrito lá na imagem de abertura do post: "Terapeutas sexuais devem atuar bem".
- Algumas coisas sobre Abi-Maria:
1- Yau-Man no podcast do Cesternino na semana passada falou que conheceu Abi pessoalmente. Dá pra imaginar um encontro desse véio com a brasileira? Seria engraçado, com certeza.
2- Fato é que Abi é encarada como uma maluca nos EUA. Ninguém a vê como uma jogadora séria, e nos dois podcasts americanos que eu ouço (Cesternino e The Tribe), ela está sendo colocada na turma de Alicia e NaOnka. Embora a edição manipule (na TV eles já manipularam eleição presidencial, por que não um reality show?), não dá pra achar que eles tiraram essa edição do nada. Ela se encaixa nesse esteriótipo. Enfim, eu não sou fã da Abi e acho que não tenho que torcer por ela só porque ela é brasileira. Vou torcer por ela se render uma personagem interessante. Porém insisto: gosto do fator imprevisibilidade que ela traz ao show. 
3- NÃO É SPOILER, mas... Acho que pra mim Abi está tendo uma edição de desistente. Senão vejamos: ela está sentando em quase todos os desafios, inclusive levando uma chamada de Probst essa semana e ademais o fato dela ter xingado Dawson na Recompensa. E a edição está colocando-a como NaOnka em Nicarágua, ou seja, a maluca que não se importa com ninguém. Parece que estão preparando o terreno, explicando como ela futuramente desistirá do jogo. Não me surpreenderia de ver a brasileira abandonando.
- Comentei isso na comunidade... Skupin está bem bland, infelizmente, após um episódio 1 de vencedor. Acho que em parte ele não se encaixa mais nessa nova era do show, em que a comida vem fácil e que não precisa mais se matar para ir atrás do que enche a barriga... Em Australian, o show era focado em sobrevivência. Hoje o show mostra um jogo de estratégia. E combina com a sua estratégia inicial de ir com a tribo. É chato, porque gostei muito dele no primeiro episódio. Mas espero vê-lo mais, num CT da Tandang ou na Fusão.
- Desafios muito bons, tanto o de Imunidade, quanto o de Recompensa. O de Imunidade é um padrão, com a divisão clássica entre uma parte física e outra mais mental. Mas o de Recompensa, com direito a um confronto direto entre as pessoas? Não me lembro de ver um desafio como esse desde H vs V (se eu estiver errado aqui, por favor me corrijam). Os desafios dessa temporada estão muito bons, tanto em termos de formato quanto em termos de disputa.
- UPDATE! Ouvi o podcast do Cesternino com a entrevista de saída de Dawson e Dana. Em geral, quando uma pessoa vai mal no show, a entrevista confirma o quão ruim essa pessoa é. Mas essa foi muito boa. Resumindo: Sarah disse que a aliança das mulheres foi formada. Porém com o abandono de Dana, ela não conseguiu puxar Denise e Katie para a aliança, pois elas ficaram com medo das famigeradas pedras roxas.  Ou seja, já estava definido que ela sairia. Vendo que estava numa situação ruim, ela provocou Jeff Kent em relação as piadas com beisebol e fez aquele comentário ridículo no CT, para, segundo ela, sair por cima e com um momento memorável do show. Em relação a Kent, aliás, ela disse que falava com ele todo dia de como ela sabia sobre o segredo dele, mas não falou com ninguém, pois queria usar isso apenas a seu favor. Aí vai um parêntese: talvez ela devesse ter usado isso de alguma outra maneira, contando para Penner, Denise e Katie, para que eles mudassem de opinião sobre Jeff. Mas eu gostei bastante da entrevista, fez alguns comentários bastante interessantes sobre a tribo e para mim ficou claro que a evacuação de Dana prejudicou-a muito. Quem quiser ouvir a entrevista, ouça aqui. Ou seja, não tirei do nada que Sarah Dawson era boa. Até a edição antes do episódio, mesmo com 2 confessionários a mostrou bem.

TAR 21 - Episódio 3

  Enquanto Survivor tem uma temporada com um começo promissor, o TAR... Mais um episódio fraco, em que a produção errou ao separar as duplas em dois grupos na parte do trem, não estimulando as rivalidades que deveriam começar a ser estimuladas no U-Turn duplo. Resultado: a galera da frente não usou. Não tivemos a criação de um conflito necessário entre as duplas que perdurarão no jogo. A minha torcida, Natalie/Nadiya deu azar com o taxista e ficou para trás. Pelo menos não precisaram usar o Express Pass. Mas o final do episódio já valeu pela temporada inteira, onde vimos a sensacional disputa entre as loiras e Gary/Will. Após um show de incompetência do cara que dirigia o riquixá das meninas, Gary/Will sobreviveram mais uma vez (Gary/Will ainda deram mole e escolheram a dupla errada para retornar), embora as duas duplas sejam horrorosas. Fora Rob/Kelley gastando um U-Turn à toa retornando Gary/Will que estavam bem atrás... Enfim, um show de incompetência de todos os lados. Incompetência na seleção do cast, na elaboração de algumas provas e das equipes ruins e com pouco carisma. Vou acompanhar ainda porque pode melhorar, mas esse início tá bem desanimador.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Quando...

Homenagem a inovação mais bizarra do show esse ano: as hashtags! (Imagem retirada do site Funny 115, de Mario Lanza)


  E lá se foi Russell Swan e a Matsing continuou com a sua série de derrotas. Definitivamente não foi um grande episódio, principalmente em termos de CT, onde a edição tentou nos enganar com uma possível saída de Malcolm/Denise. Com três pessoas, a coisa em termos de votação fica bastante limitada e anti-climática, ainda mais na fase tribal. Mas vendo as outras tribos, principalmente na Tandang, a coisa pode ficar bastante interessante com uma switch ou com uma ida dessas tribos ao CT. Por ora, Philippines é a temporada do quando... Quando houver uma switch, quando a Matsing perder, quando Abi-Maria e RC começarem a se estapear de fato... Enfim, ainda é uma temporada de expectativas se considerarmos que só uma tribo está jogando de fato.
  Começando pelos azuis, após um desafio dramático, a Matsing perdeu por um vaso. Imediatamente após a derrota, Swan surtou e jogou o vaso no chão, desabafou com Deus, chamou Jeff Probst de Senhor (fato que o apresentador deve ter amado)... Enfim, Swan teve o que chamamos popularmente de ataque de pelanca. Não teve jeito... A Matsing voltou ao CT e eliminou o retornante.
  Algumas coisas dessa parte do episódio de ontem devem ser destacadas. Como Swan foi tão incompetente para não achar o Ídolo? Foi a finalização trágica do ex-líder da tribo roxa de Samoa. Foi interessante ver como de certa forma Denise conseguiu manipular Russell a ponto de fazê-lo acreditar que ele seria o cara que decidiria quem ficaria no jogo e não o alvo da maioria da tribo. Mais interessante durante o CT foi a resposta da pergunta: "Por que Denise deve ser eliminada?". Ambos Malcolm e Swan responderam que Denise era muito esperta e que saberia como manipular um Júri na Final. Esse depoimento é uma prova como a produção quer elevar Denise a condição de favorita, além da edição heróica que ela e Malcolm vêm recebendo. De certa forma, Denise foi a grande protagonista desse episódio, com Malcolm sendo uma espécie de assistente mais jovem. Se a terapeuta quisesse eliminar Malcolm ela poderia. Isso me leva a grande pergunta em relação a Denise: ela fez certo ao manter Malcolm? Podemos fazer a mesma pergunta em relação a Malcolm com Angie na semana passada. Me parece o caso da relação do conto do sapo e do escorpião que fiz com a parceria Jeff/Penner na semana passada. Acho que para os dois em termos de futuro e principalmente em termos de final, ambos são uma ameaça um para o outro. Eles podem dividir votos e principalmente em tempos de Final 3, onde obrigatoriamente um terceiro candidato de agora obrigatoriamente uma das outras tribos terá que entrar nesse bolo, isso pode ser bastante ruim para ambos. Continuo achando que eles estão cometendo um erro, de pensar apenas na fase tribal, quando é de se esperar que haverá uma twist ou alguma mudança no cenário e que Survivor é como o Campeonato Brasileiro. O jogo tem 39 dias e muita coisa pode e ainda vai acontecer. Não dá pra pensar que eles precisam se manter unidos como uma tribo, pois isso vai acabar, de um modo ou outro. Até mesmo se a tribo for exterminada, num desafio de fazer fogueira, hoje Malcolm é uma ameaça maior que Swan para Denise e vice-versa. 
  Se o drama chato da Matsing continuou, gostei do episódio pois vimos mais coisas na Tandang e principalmente na Kalabaw. Na tribo amarela, vimos mais um capítulo da guerra entre RC e Abi-Maria, em que a brasileira foi manipulada a acreditar que foi forçada a ler a pista do Ídolo para todo mundo. Segundo Abi-Maria, RC colocou a pista na vista de todo mundo para que a brasileira fosse obrigada a ler a pista na frente de todo mundo. Descobrimos que a coisa foi toda armada por Peter, que no maior estilo Boston Rob versão Marquesas quer manter todo mundo sob seu controle e que a briga entre Abi-Maria e RC é beneficial para ele. O alvo maior de Pete é RC, que aos poucos vai ficando numa situação muito ruim. E o pior é que a morena não faz nada para reagir. Em seu confessionário ela faz queixa de Abi mas não faz nada para consertar a situação... Deixa que Abi continue falando dela e não faz nada para provar a sua inocência ou não tenta procurar uma outra aliança dentro da tribo, já que Abi é maluca e instável e já se mostrou uma péssima companheira de aliança. Depois de um bom primeiro episódio, RC só vai caindo de conceito a cada episódio, se isolando com Skupin. Vimos mais de Lisa que continua reagindo e usou o discurso de Michael no episódio 1, dizendo que vai com o fluxo, que parece apontar a favor de Pete e Abi. Das tribos vencedoras, a Tandang me parece ter uma configuração mais interessante e imprevisível. Será que a galera vai seguir com o ardiloso Pete e a instável Abi? Ou vai ir de forma segura com Mike e RC? Mesmo parecendo ser bem racional, Pete me parece arrogante demais para o meu gosto. Não sei se o jogo social dele será forte o suficiente para conquistar um Júri. Eu adoraria ir com Pete e Abi, pois os dois me parecem ser bombas-relógio prontas para explodir. É claro que nisso reside um risco, que se baseia no fato de que  os dois podem te ferrar durante o processo e eliminá-lo antes da Final. Artis ou Lisa, numa Final porém, vão estar bem colocados ao lado desses dois.
  Na Kalabaw, vimos uma coisa interessante acontecendo. No meu post de Futurologia, apostei numa dinâmica One World (homens x mulheres) na Tandang. Mas estamos vendo isso na tribo vermelha. Após a aliança definida entre Penner e Jeff, vimos o viajandão Carter entrar no barco dos homens. Espertamente, uma das figuras dessa tribo na qual venho apostando desde do episódio 1, Sarah Dawson pontuou bem ao observar a demora dos homens na praia sozinhos. As mulheres então, resolveram se juntar. Vendo a temporada e observando um pouco o que vem acontecendo e fato de até agora os vermelhos não terem ido ao CT, faz sentido essa divisão. Penner conseguiu espertamente recuperar o terreno que havia perdido no início atrás do Ídolo e eu acho que mesmo com Jeff e Carter, o Puto do Motim tem boas chances de vencer nesse Final 3. Ao contrário da Tandang, vejo essas alianças mais estáveis nessa tribo. As mulheres da Kalabaw (especialmente Dana e Sarah) me parecem ter uma personalidade mais forte do que as instáveis Abi e Lisa e a perdida RC. Os homens da Kalabaw são bem mais confiáveis em um jogo a longo prazo do que o arrogante Peter, o homem feito de vidro Skupin e o invisível Artis. Isso será importante para o futuro dos vermelhos no jogo. 
  Aí vai a dúvida que reside o futuro do jogo e da temporada: quando será a twist? Teremos uma? Podemos ter uma Fusão antecipada com 13 pessoas? Se rolar a twist, continuaremos com 3 tribos e iremos para duas? É complicado fazer previsões num cenário com tantas alternativas (ainda mais com uma provável evacuação anunciada para semana que vem), mas uma certeza eu tenho: quando o drama da Matsing acabar, a temporada só terá a ganhar.

Comentários aleatórios:

- A imagem que eu peguei do Funny 115 para a abertura do post é uma ótima sacada zoando essa coisa ridícula de ficar botando hashtags no episódio... O Herb Garden tem relação com uma entrada da versão 2.0 da lista de Mario Lanza (clique aqui para ver a entrada, SPOILERS leves de Survivor Gabon). Um momento curto, mas muito engraçado.
- Aonde foi parar Mike Skupin? Depois de um fortíssimo primeiro episódio, ele sumiu.
- Ótima edição do desafio de Imunidade. A sacada de mostrar aquele aquele vaso da Kalabaw rolando lentamente até cair foi muito boa. O desafio em si foi bastante emocionante e bem sacado. Infelizmente tivemos que aturar mais uma ida da Matsing no CT.
- No podcast do Cesternino nessa semana duas coisas foram interessantes de serem notadas: 1- Como Swan está profundamente abalado com essa eliminação (Foi hilario ver como Cesternino falou com ele todo jeitoso: "Isso é só um game show!") e 2 - A tara bizarra de Yau-Man em relação a Abi-Maria. O velho aqui no Brasil ia surtar.
- Sim, é bem provável que Abi esteja sendo vítima da produção... Como muitos já foram antes dela. O show se baseia em esteriótipos, como os representados por Naonka e Philip, ou Alicia... Já tivemos comentários de como as latinas usam a sedução como arma em Fiji (E quem falou isso foi a latina Lisi). Abi é só mais uma dessa lista. Eu ainda quero fazer um post sobre como os negros são retratados em Survivor e esteriotipados muitas vezes. Como também são esteriotipados os latinos e latinas, infelizmente. Vide Cook Islands, onde tivemos a polêmica e infeliz divisão racial.

TAR 21 - Episódio 2

  O elenco dessa temporada ainda está muito fraco. Todos ainda estão muito amiguinhos, não há nenhuma rivalidade, não vejo ninguém que me interesse a não ser a bizarra e hilária dupla Sri Lanka. "COME ON! WHAT ARE YOU DOING???". É muito engraçado vê-las como elas podem ser simpáticas e ao mesmo tempo quase se matarem uma a outra nas tarefas. Mas exceto Natalie/Nadiya, nem Gary/Will, dupla na qual tinha esperança, me animou. O Bloqueio surpreendeu pela dificuldade e o Desvio bem legal de se ver. O mais curioso foi ver que a dupla vencedora da etapa foi a única que escolheu montar o stand de peixe no mercado ao invés de carregar gelo, como a maior parte das duplas fez. Foi ótimo ver as minhas favoritas da temporada ganhando a leg e o Express Pass. Deu pena de Amy/Daniel, que foram eliminados por causa de um taxista incompetente. A produção pelo menos percebeu que o clima está muito amigável e já botará Double U-Turn para apimentar as coisas. Tomara que dê resultado.   

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Eu Voltei!


 Em geral não ligo muito pra nomes dos episódios de Survivor. Pra mim importante é o episódio. Mas acho que poucas vezes o espírito de um episódio foi tão bem sintetizado num título como esse: "This Isn't a We Game", ou em bom português, "Este Não é Um Jogo de Nós". Acho que dá pra dizer que de certa forma, podemos ver a volta de um jogo mais individual em Survivor. Como disse o Edu aí na comunidade, acabou a Família Coach, a Família Rob, a Família Kim, ou seja, pessoas jogando por um líder, pelo menos nessa temporada. Nesse episódio vimos as pessoas em alianças, mas seguindo os seus próprios interesses.
  Tenho de dizer que apesar de não ter sido um episódio perfeito, foi o que eu mais gostei da temporada até agora. Vimos um pouco mais de Tandang e Kalabaw, Carter e Artis falando (sim!), entendemos um pouco melhor a dinâmica das outras tribos além da fracassada Matsing. Sim, tivemos falhas, como os outros integrantes da Kalabaw sem ser Jeff e Penner muito mal mostrados. Mas tivemos um bom raio-x da Tandang, no qual agora é possível tecer um comentário mais embasado sobre a situação da tribo amarela. Há outros aspectos da edição que ainda acho que são falhos, mas isso fica para o meu post especial sobre a edição (Aguardem, porque esse vai sair mesmo!!!). No geral, dentro da proposta de edição mais voltada pra estratégia, foi um bom episódio.
  Começando pela tribo derrotada, a Matsing segue o seu calvário. Perdeu mais uma vez de forma dramática, por pouco. Porém, foram muito prejudicados pelos desempenhos de Angie e Russell, ambos indo muito mal na parte submersa do desafio. Malcolm e Denise formaram um time de dois e mantiveram o time azul na disputa até o fim. Logo após o Desafio, começou a disputa entre Angie e Russell. Enquanto Angie se valeu de sua beleza e o jogo de sedução para cima de Malcolm, Russell... bem... Russell não fez nada de relevante. Mais uma vez de forma inexplicável não procurou o Ídolo. E bem ou mal, você espera muito mais de um cara como Russell, que é forte e experiente no jogo, do que de uma menina de 20 anos, por mais forte e peituda que seja. Os discursos de Malcolm e Denise indicavam uma saída de Swan. Porém, veio o Conselho Tribal e acho que a partir daí a coisa mudou. Primeiro com a fala de Malcolm, de coração partido (foi essa a expressão usada por ele) pelas derrotas e que Angie e Swan foram muito mal na prova. Depois veio o momento fatal, onde a experiência de Swan como Survivor e de vida fez a diferença. Angie se defendeu dizendo que deu o máximo e que Russell havia desistido no meio do desafio. Swan retrucou dizendo que foi uma decisão estratégica e disse que tinha muito mais a oferecer em todos os aspectos. Aí Angie incorreu num erro fatal, perfeitamente normal para uma menina como ela, ao insistir no argumento de como ela era mais valiosa para a tribo, porém ressaltando erradamente a idade e que Swan não tinha a mesma força de vontade da loira. Daí veio a fala que salvou Russell: "Eu estive a ponto de morrer por esse jogo, garota!". A sequência é perfeita para mostrar isso, pois vemos Angie dizendo que se sacrificaria pelo jogo também e Denise e Malcolm com uma cara incrédula, duvidando da loira. Russell fez um grande movimento aqui e isso deve ser ressaltado. Mas ele se salvou em parte pelos seus próprios méritos ao fazer o seu melhor movimento no jogo, mas se aproveitou de um momento de fraqueza de Malcolm e Denise, que só pensaram na parte tribal do jogo. Foi visível que eles tomaram a decisão afetados pela série de derrotas da Matsing. Contrariando o tema central do episódio, Malcolm e Denise pensaram no time, e isso pode ser fatal para eles mais a frente por dois motivos: 1- Russell é um retornante e é um cara que os ameaça muito mais num Final 3 do que a inexperiente Angie (embora não seja lá grande coisa como jogador) e 2- Ele tem a pista do Ídolo. Se ele ainda quiser usar isso, pode ser uma ameaça para eles pois Swan pode mudar de aliança se quiser com uma poderosa ferramenta de negociação. Tudo bem que Swan não é nem um gênio (muito longe disso, aliás), mas acho que é um risco que não se deve correr nesse jogo. Porém ainda acho que a Matsing perderá o próximo desafio e aí Russell deve rodar, de forma merecida, pois tirando esse CT, vem fazendo um jogo péssimo. Mas Malcolm e Denise fizeram uma aposta que pode vir a cobrar o seu preço no futuro.
  A saída de Angie é uma pena. Eu não dava nada por ela, mas aqueles peitos, a tirada dos cookies e alguns depoimentos me deram a impressão de que ela era muito mais que um rosto bonito. Porém, é um bom nome para voltar num Second Chances. Acho que ela com alguma experiência de vida e de jogo, pode ir bem numa próxima vez.




  Acho que a salvação da Matsing se dá pelo seguinte fato: em Survivor All-Stars, a outra temporada com três tribos, a twist ocorreu no quinto episódio. Se perderem mais um desafio, a Matsing ainda terá duas pessoas sobrando. Ou teremos uma Fusão com 13, se não rolar a twist e a Matsing perder de novo no episódio 5. Acho difícil ter uma Fusão com 12, pois duvido que teremos um eventual CT com uma pessoa basicamente dando tchau pro Probst. De qualquer maneira, até lá uma twist ou Fusão, a Matsing vai bem fraca e isso evidencia ainda mais o erro estratégico de Malcolm/Denise.
  A grande protagonista desse episódio foi a Tandang. A briga entre RC e Abi-Maria ganhou ares ainda mais dramáticos, onde as duas discutiram na praia. Para Abi, aquilo foi a gota d'água e ela rompeu de vez com RC. Mas além disso, ela começou a procurar o Ídolo com Pete, que se revelou ser mais relevante do que mostrado nos dois primeiros episódios. E após pensar um bocado, achou. Uma boa jogada estratégica da brasileira, pois num Final 3 com RC ela correria sério risco. Acho que com Pete ela tem boas chances de ganhar, embora aqui neste caso a vitória da brasileira em cima do americano não fosse favas contadas. Falta um terceiro elemento, e aí a coisa pega. Lisa? Artis? Difícil, pois acho que são dois que podem ganhar votos de simpatia numa Final. Porém, não acho que Abi tomou essa decisão de forma estratégica e pensada. Ela tomou porque surtou com a companheira de tribo e pronto. Aí vem uma constatação pessoal: não gosto de Abi-Maria como PERSONAGEM NO JOGO. Não me simpatizei com ela em momento nenhum e acho que dificilmente vou me simpatizar. Mas ela traz um elemento que é importante em Survivor: a imprevisibilidade. Algumas das grandes temporadas do show possuem esse elemento presente de forma muito intensa, mesmo que seja representado por só uma pessoa, um grupo ou alguma situação de jogo (chuvas intensas, twists, falta de comida, etc.). Ela pode detonar uma aliança em questão de segundos, como ela fez nesse episódio. Não é nem um gênio, nem nada (assim como Swan, está muito longe disso), mas pode gerar instabilidades que tornam o jogo imprevisível. Daí vem a parte do erro e a minha decepção com RC, que em nenhum momento se esforçou para consertar isso. Se contentou em ficar irritada com Abi e reclamar com Skupin, quando em nenhum momento foi procurar o Ídolo sozinha ou fez uma contenção de danos com o pessoal. Ela está errando ao se isolar com Skupin e vice-versa.
  Quem de fato eu gostei foi Pete. Primeiro ao aparecer como um jogador. Depois ao fazer uma aliança secreta com Lisa, uma excluída em potencial da tribo. Ela finalmente parou de chorar e começou a jogar. Ótimo. A ideia dele é eliminar Skupin para tomar o poder na tribo. Depois vemos um confessionário com Artis (falando num confessionário, finalmente) insatisfeito com Skupin. Acho bem provável que ele queira estar fazendo isso mais pra aparecer e derrubar um retornante logo de cara, mas como ele não teve tanto airtime como Abi para avaliá-lo, vou dar o benefício da dúvida para ele. Independentemente de suas intenções, foi legal ver pessoas jogando com as suas próprias agendas nessa tribo. O que me deixa mais curioso para vê-los no CT. E Skupin, minha torcida, precisa tomar cuidado e mais do que nunca, entender essa tribo para que ele não seja o eliminado. Se isolar junto com RC pode ser o ato que o derrubará no jogo.
  Na Kalabaw, vimos a dupla Jeff/Penner tomar o protagonismo de forma total. Penner contou a Jeff que tinha achado o Ídolo e propôs uma aliança com o ex-jogador de baseball. Jeff, que já estava totalmente voltado a ideia de eliminar Penner, resolveu reconsiderar. Ponto para Penner, que passou a de fato começar a jogar com os outros. Mas achei interessante o fato de Jeff mudar de posição pensando em seus próprios interesses. A frase título do episódio foi proferida por ele. Aliás, não entendo esse ódio da comunidade por ele... Mas enfim, ou gosto de Jeff.  Uma coisa que eu gostei dele foi a reação ao descobrir que Penner já tinha o Ídolo. Ele podia chiar, reclamar o quão fdp Jonathan é por pegar um Ídolo (né seu Colby? Ou seu Rupert?). Ao invés disso, ele reconheceu a boa jogada de Penner e seu próprio erro. Ele não é um alpha male arrogante e idiota. A aliança entre Jeff e Penner me lembra a clássica história do escorpião e do sapo (breve resumo pra quem não conhece aqui), onde pode-se dizer que Penner é o escorpião e Jeff é o sapo. Isso fica bem claro na cena em que ele mostra que foi um aperto de mão com quatro dedos, ou seja, não foi um aperto de mão 100% verdadeiro. É uma relação de confiança, que vai até certo ponto. Como ouvi no podcast do Cesternino nessa semana, Penner surpreendeu ao se aliar com a pessoa mais inusitada, ou seja, o alpha male da tribo, ao invés de dar uma de Russell Hantz, se aliando com as mulheres mais burras e indefesas da Kalabaw. Acho uma aliança arriscada, mas que pode dar certo, se Penner conseguir controlar Jeff, o que é uma missão hercúlea. Por outro lado, se Penner conseguir, pode até ter um bom adversário ao milhão pois Kent é um jogador de baseball famoso e por conseguinte, um bom adversário ao prêmio.
  Mas gostaria de ver mais Kalabaw. Pouco vemos dos outros quatro integrantes da tribo. Apenas quando todos se deram conta que Penner já tinha o Ídolo porque a alça do pote de arroz havia sumido, Carter abriu a boca para dizer que a alça poderia ser o Ídolo e que o veterano devia ser eliminado. Desde a entrevista pré-jogo com Dalton Ross, Carter sempre me deu a impressão de estar eternamente doidão. Mas Sarah Dawson, Dana e Katie continuam ignoradas pela edição. Ainda acredito em Sarah pois gostei dela no primeiro episódio, mas as outras duas não me passam nada de interessante. A Kalabaw ainda precisa ser mais detalhada pela edição.
  Enfim, gostei do episódio por achar que ele mostrou bem melhor a dinâmica das tribos, mas ainda há muito o que melhorar. Acho que essa temporada tem potencial para ser boa, mas precisamos ver as outras tribos em perigo, indo a um CT. Vou torcer pela Matsing, mas acho pouco provável que eles ganhem esse desafio. Acho que teremos de esperar até um episódio 5 ou 6 para vermos alguma mudança no jogo.

Comentários aleatórios:

- SPOILERS DE UMA TEMPORADA ANTERIOR (Não vou botar o nome, pois eu acho que todos que viram vão sacar que temporada eu vou falar. Mas quem não viu pode acabar tendo a sua experiência estragada. Então pessoal, se você não entendeu qual temporada estamos falando, NÃO LEIAM O TRECHO EM BRANCO DEPOIS DO TRAÇO) - De fato a Matsing está tendo uma edição Ulong. A equipe derrotada o tempo todo, o pessoal frustrado, Malcolm e Denise sendo Bobby Jon e Stephenie da vez... Só faltou Angie (olha aí, uma Angie em Palau também, que coincidência) berrando que a Ulong não vai voltar ao CT. O ótimo desafio de Imunidade teve uma versão semelhante em Palau também. A parte em que Skupin sangra me lembrou Bobby Jon em um desafio, pulando e caindo em algum lugar e tomando uma porrada no peito, sangrando pelo time. Até o cenário do Desafio me lembrou um pouco Palau também. Mas não acho que teremos uma Stephenie, ou seja, uma sobrevivente da tribo junto com os outros 12 restantes do jogo.
- E Skupin mais uma vez sangrando? A Eu ouvi uma piada no podcast do Cesternino que é ótima: será que ele sobrevive até o Conselho Tribal da Tandang. E a edição deve estar se amarrando, vide a piadinha de Pete no primeiro episódio, a série de contusões, todo mundo tratando ele como uma porcelana na tribo e Artis puto com ele porque ele quebrou o óculos. "Ele não botou o óculos do jeito que eu falei, por isso ele quebrou!". Esse é um dos melhores subplots da temporada. Aguardando os próximos capítulos.
- Temos de elogiar a produção quando ela merece. A sacada de botar o Ídolo como alça do pote de arroz foi muito boa. Gera um conflito imediato e força com que a pessoa com o Ídolo se revele. Ao mesmo tempo que não está num lugar óbvio. Boa iniciativa.

Comentário sobre o TAR 21:

  Confesso que estava mais empolgado para a estreia do TAR. Depois do sensacional TAR 20, o nível de expectativa estava lá em cima. Gostei apenas do casal Monstertrucks velho. Acho que a dupla Gary/Will tem potencial, mas não me empolgou. A vitória do casal de divorciados foi justa porque não dá pra ser bonzinho principalmente numa disputa de primeiro lugar numa leg, e ainda mais numa etapa que vale 1 milhão de dólares, de acordo com a nova twist do TAR, onde a dupla que vencer a primeira e a última etapa ganham 2 milhões de dólares. Os eliminados (um casal mais velho) fizeram por merecer a eliminação, pois se enrolaram na hora de localizar o lugar com o ábaco e mesmo na praça demoraram um tempo para acharem a pista. Gostei das provas. Duplo Bloqueio com o ping-pong e comer as trompas de Falópio foi legal. Mas o que mais complicou a vida da galera foi o maldito ábaco. Quase todo mundo se enrolou pra achar a mulher com o ábaco. Enfim, não gostei muito do episódio, mas tenho fé que pode melhorar.